Quiz 09: PORTUGUÊS - 3ª Série (Ens. Médio)
01
(Seduc-GO). Leia o texto abaixo e, em seguida, responda.
Meditação
Para meditar,
o homus modernos ocidentalis
cruza as pernas
deixa as costas eretas
os braços relaxados
concentra a atenção num
ponto e assim imóvel
em pensamento e ação
liga a televisão.
Ulisses Tavares
A expressão homus modernos ocidentalis refere-se
02
Leia o texto a seguir e responda.
Todo ponto de vista é a vista de um ponto
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como as¬sume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da com¬preensão sempre uma interpretação.
Boff, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999.
A expressão “com os olhos que tem” (1° parágrafo), no texto, tem o sentido de
03
Leia o texto a seguir e responda.
A crise que explodiu de forma inédita nos presídios de São Paulo comprova a falência definitiva do sistema penitenciário fechado e exclusivamente punitivo, em que a ênfase é a disciplina, e não a recuperação do criminoso.
O problema é antigo e não é só nosso. Todos os seminários e discussões sobre o sistema penal condenam, há décadas, o que os especialistas descrevem como “ a prevalência da idéia de segurança sobre a idéia da recuperação”. E condenam, também, a ilusão de que a segurança da sociedade consiste em trancafiar todo e qualquer tipo de criminoso, e não apenas aqueles de alta periculosidade.
A afirmação acima foi tirada de uma conferência feita em 1980 por um dos grandes advogados de São Paulo, Manoel Pedro Pimentel (1922-91), que viveu de perto o problema por ter sido Secretário de Justiça e de Segurança.
Ele era bem explícito: “Acho que não há mais dúvida de que o sistema das prisões fechadas não tem condições de promover a reabilitação social de um indivíduo.” Uma das provas da falência é a taxa altíssima de reincidência. Estudos diferentes mostram que entre 40% a 60% dos criminosos acabam voltando para a prisão.
Marcelo Beraba, Folha de S. Paulo, 23 fevereiro 2001
É correto afirmar que no texto o autor, principalmente,
05
(IDEPB). Leia o texto abaixo.
A explosão dos computadores pessoais, as “infovias”, as grandes redes – a internet e a world wide web – atropelaram o mundo. Tornaram as leis antiquadas, reformularam a economia, reordenaram prioridades, redefiniram os locais de trabalho, desafiaram as constituições, mudaram o conceito de realidade e obrigaram as pessoas a ficar sentadas, durante longos períodos de tempo, diante de telas de computadores, enquanto o CD Rom trabalha. Não há dúvida de que vivemos a revolução da informática e diz o professor, Nicholas Negroponte, revoluções não são sutis.
Jornal do Brasil. 13 fev. 1996.
A tese defendida pelo autor desse texto é de que a revolução da informática
06
(APA – Crede-CE). Leia o texto e responda.
O primeiro dia do programa “Mais Médicos” foi marcado por faltas e desistências por parte dos médicos brasileiros. Em algumas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, nenhum dos profissionais selecionados compareceu às unidades de saúde a que foram alocados — entre os que faltaram, uma parte nem sequer justificou sua ausência. Segundo as secretarias de saúde, alguns profissionais chegaram a comunicar oficialmente sua desistência do programa federal.
Na capital carioca, o número de faltosos foi maior do que o de presentes. Eram esperados dezesseis profissionais, mas para o azar da população e descrédito do programa, só seis se apresentaram. Todos os que trabalharão na cidade são brasileiros e apenas um passa pelo curso de requalificação por ter se formado na Espanha — o que explica a ausência.
(http://veja.abril.com.br/noticia/saude/mais- medicos-comeca-com-faltas-e-desistencias)
A informação principal do texto é
07
(SPAECE). Leia o texto a seguir.
Os namorados
Um pião e uma bola estavam numa gaveta em meio a um monte de brinquedos.
Um dia o pião disse para a bola:
– Devíamos namorar, afinal, ficamos lado a lado na mesma gaveta.
Mas a bola, que era feita de marroquim, achava que era uma jovem dama muito refinada e nem se dignou a responder à proposta do pião.
No dia seguinte, o menino, a quem todos esses brinquedos pertenciam, pintou o pião de vermelho e branco e pregou uma tachinha de bronze no meio dele. Ficava maravilhoso ao rodar.
– Olhe para mim agora! – o pião disse para a bola. – O que você acha, não daríamos um belo casal? Você sabe pular e eu sei dançar! Como iríamos ser felizes juntos!
– Isso é o que você acha – a bola retrucou – Você por acaso sabia que minha mãe e meu pai eram um par de chinelos marroquim, e que eu tenho cortiça dentro de mim?
– Mas eu sou de mogno – gabou-se o pião. – E ninguém menos que o próprio prefeito quem me fez, num torno que tem no porão. – E foi um grande prazer para ele.
– Como vou saber se o que está dizendo é verdade? – perguntou a bola.
– Que nunca mais me soltem se eu estiver mentindo! – o pião respondeu.
– Você sabe falar muito bem de si – admitiu a bola. – Mas terei de recusar o convite porque estou quase noiva de uma andorinha. Toda vez que pulo no ar, ele põe sua cabeça para fora do ninho e pergunta “você vai, você vai?”. Embora eu ainda não tenha dito que sim, já pensei nisso; e é praticamente o mesmo que estar noiva. Mas prometo que nunca o esquecerei.
ANDERSEN, Hans Christian. Os mais belos contos de Andersen. São Paulo: Moderna, 2008, p. 74. Fragmento.
Os personagens principais desse texto são o
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(SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.
Luciana
Ouvindo rumor na porta da frente e os passos conhecidos de tio Severino, Luciana entregou a Maria Julia as bonecas de pano, ergueu-se estouvada, saiu do corredor, entrou na sala, parou indecisa, esperando que a chamassem. Ninguém reparou nela. Papai e mamãe, no sofá, embebiam-se na palavra lenta e fanhosa de tio Severino, homem considerável, senhor da poltrona. Luciana adivinha a consideração: os donos da casa escutavam, moviam a cabeça e aprovavam: na cozinha, resmungando, arreliando-se, a criada preparava café. Às vezes na família repetia-se uma frase que tinha peso de lei.
— Foi tio Severino quem disse.
— Ah!
E não se acrescentava mais nada. Luciana quis aproximar-se das pessoas grandes, mas lembrou-se do que lhe tinha acontecido na véspera. Mergulhou numa longa meditação. Andara com mamãe pela cidade, percorrera diversas ruas, satisfeita. Num lugar feio e escorregadio, onde a água da chuva empoçava, resistira, acuara, exigindo que pusessem ali paralelepípedos. Agarrada por um braço, intimada a continuar o passeio, tivera um acesso de desespero, um choro convulso, e caíra no chão, sentara-se na lama, esperneando e berrando. Em casa, antes de tirar-lhe a camisa suja, mamãe lhe infligira três palmadas enérgicas. Por quê? Luciana passara o dia tentando reconciliar-se com o ser poderoso que lhe magoara as nádegas. Agora, na presença da visita, essa criatura forte não anunciava perigo.
RAMOS, Graciliano. Luciana In: Contos. 4ª serie literária.(Org. Maria Silvia Gonçalves). São Paulo: Nacional,1979. p.17-21. Fragmento.
O texto é narrado por
09
(Seduc-GO). Leia o texto abaixo e responda.
Mini conto
Dalton Trevisan
Os dois irmãos eram os piores inimigos. Bem me lembro no enterro da velhinha. Eles seguravam a alça do caixão – e não se olhavam. Pálidos, mas de fúria. Nem a cruz das almas comoveu os dois. Se odiavam tanto que a finadinha bulia sem parar entre as flores.
Disponível em: http://diedricheosmarlenes.blogspot.com.br /2008/01/oito-mini-contos-ou-grandes-poemas-de.html, acessado em 24/04/12
No trecho “Se odiavam tanto que a finadinha bulia sem parar entre as flores” a relação estabelecida pelo termo destacado é de
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(Seduc-GO). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
Estudo realizado este ano com 600 pessoas de gênero, idade, instrução, renda e região diferentes espelha o seguinte: 81% dos entrevistados responderam que podem viver com civilidade na cidade, outros 15% disseram que não é possível e 5% não responderam. "Quem ganha 10 salários mínimos percebe a civilidade de um jeito diferente de quem recebe até um salário mínimo mensalmente", observa o professor do Departamento de Ciência Política da UFPE, Marcos Lima. "É interessante que a maioria acredite na civilidade", diz. Civilidade, para a maioria dos entrevistados, é viver com mais segurança. "Combater a violência e a criminalidade" foi a resposta de 33% deles. É também ter oportunidade de trabalho (26%).
Melhorar a educação, saúde e saneamento são pleitos de outros 33%. "Incivilidade e crime estão atrelados, porque o criminoso geralmente não sabe o que é civilidade, tolerância e direitos básicos, pois muitas vezes nasceu à margem disso", justifica o coordenador de pós-graduação em Geografia da UFPE e organizador do estudo Geografias da Violência e do Medo, Alcindo de Sá. Na opinião de 49% dos entrevistados, a educação doméstica é que conduz à civilidade. Já a falta dela, o desemprego e a ausência de solidariedade são os principais estímulos para as incivilidades, como depredar o patrimônio público, degradar o meio ambiente e desrespeitar idosos e pessoas com deficiência. "A questão da falta de ajuda ao próximo tem a ver com o isolamento das pessoas, com a individualização", associa o pesquisador em Geografia Urbana do Departamento de Ciências Geográficas da UFPE, Jan Bittoun. Famílias e escola se comprometem nesse mesmo tabuleiro da civilidade. "Temos que formar cidadãos preocupados com causas sociais e não somente com interesses particulares. Crianças e jovens precisam aprender a gostar do lugar onde vivem e se sentirem responsáveis por ele", afirma a diretora pedagógica do Colégio Apoio. "Mas a escola não ensina tudo. A civilidade começa em família".
DIÁRIO DE PERNAMBUCO. O grande lance da civilidade. Recife, 10 mar. 2010.
Na frase “É interessante que a maioria acredita na civilidade”, o uso das aspas indica
11
(AREAL). Leia o texto abaixo.
O segredo da propaganda é a propaganda do segredo
Depois de tantos anos vendo televisão diariamente, chego a uma conclusão definitiva: é muito mais divertido e mais prático ver os anúncios. Enquanto as outras pessoas ficam aflitas tentando decorar os horários das novelas, das paradas de sucesso e dos chamados programas humorísticos, eu não tenho problema: ligo a televisão em qualquer canal e vejo os anúncios sem preocupação de horário. Vocês talvez achem que é loucura ver os mesmos anúncios diversas vezes, mas posso garantir que os anúncios variam muito mais que as piadas e as músicas que são servidas todos os dias. Pelo menos os anúncios são bem bolados, alguns até inteligentes. A técnica é chatear tanto até ficarem em nosso subconsciente – se é que alguém consegue ter subconsciente assistindo televisão.
Os refrigerantes, por exemplo: quase todos fazem as garrafas dançar na nossa frente e tocam uma musiquinha que chega a dar sede. Aí a gente não resiste: vai à geladeira e bebe um copo de água.
Mas bom mesmo é anúncio de sabonete: aparece cada moça bonita que vou te contar. [...] Por mais que a gente saiba que aquilo é anúncio de sabonete, fica sempre aquela dúvida se um dia eles não vão resolver dar o nome daquele chuveiro ou, quem sabe, o telefone da moça.
Geniais mesmo são as geladeiras que duram toda a vida. Mas muito mais geniais são os textos garantindo que cabe tudinho dentro delas, mas acho que não têm tanta certeza, pois fazem questão de botar uma moça bem bonita pra mostrar a geladeira. [...]
Reparem só: os programas de humor mostram o lado negativo das pessoas [...]. As novelas exploram seres anormais dentro de um mundo de misérias e lágrimas. Já os anúncios apresentam um mundo de otimismo, onde tudo é bom e saudável, não quebra, dura toda a vida e qualquer um pode adquirir quase de graça, pagando como puder, no endereço mais próximo da sua casa. O único detalhe que nos deixa um pouco frustrados é que a moça que dá os endereços fala tão preocupada em não errar que a gente não consegue decorar nenhum endereço.
ELIACHAR, Leon. Disponível em: http://www.releituras.com/leoneliachar_osegredo.asp. Acesso em: 13 dez. 2010. Fragmento.
No trecho “... tocam uma musiquinha...” (2° parágrafo), a palavra empregada no diminutivo sugere
12
(SADEAM). Leia os textos abaixo.
Texto 1
Depois dessa reportagem (“Como perder e (atenção!) manter o peso”, 17 de fevereiro), chego à conclusão de que não há fórmula secreta nem academia milagrosa. Tudo depende do esforço de cada pessoa que se propõe a perder peso, mas sempre acompanhada de algum profissional habilitado.
Valter Lemos Filho. Florianópolis, SC.
Texto 2
Não há fórmulas mágicas. Temos de consumir menos calorias do que gastamos e, para isso, aumentar a atividade física e comer em menor quantidade.
Gisele Maria Giovinazzo. Nutricionista. São José do Rio Preto, SP.Veja. 24 fev. 2010.
Nesses textos, os leitores apresentam opiniões
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