QUIZ 20: PORTUGUÊS 9° Ano
01
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Emagrecer melhora saúde, mas não melhora humor, indica estudo [...] A pesquisa observou 1,9 mil pacientes britânicos acima do peso com mais de 50 anos, aconselhados a perder peso por questões de saúde. O estudo [...] afirma que pessoas que perderam mais de 5% de peso ficaram mais saudáveis, porém mais propensas a sentir mau humor.
A equipe da Universidade College London (UCL) afirmou que quem estiver tentando perder peso deve procurar o apoio de amigos e profissionais de saúde, caso sinta necessidade. [...] As 278 pessoas que emagreceram também registraram queda na pressão e no nível de lipídios. Mas também tiveram uma probabilidade 50% maior de se sentir tristes, em comparação com aqueles que mantiveram o mesmo peso.
Para os cientistas, isso poderia ser explicado pelas dificuldades de se manter uma dieta, como, por exemplo, resistir a beliscar e evitar encontros com amigos que envolvam refeições. “Não queremos desestimular as pessoas a tentar perder peso, porque isso traz enormes benefícios de saúde. Mas as pessoas não devem ter a expectativa de que emagrecer vai imediatamente melhorar todos os aspectos de suas vidas”, afirmou a doutora Sarah Jackson, que coordenou a pesquisa. [...]
Disponível em: http://migre.me/kZQMG. Acesso em: 12 ago. 2014. Fragmento.
No trecho “... isso traz enormes benefícios de saúde...” (3° parágrafo), o termo em destaque refere-se a
02
(SAEGO). Leia o texto abaixo.
Serra da Capivara
Uma geografia incrível no Piauí
O maior conjunto de pinturas rupestres já concentrados no mundo está espalhado pelos 129 140 hectares do Parque Nacional da Serra da Capivara. Ele possui uma área de quase 1 300 Km e está localizado no interior do estado do Piauí, a 530 Km da capital, Teresina. Por sua riqueza, em 1991 foi considerado patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO. Dos mais de oitocentos sítios arqueológicos, aproximadamente 120 estão abertos à visitação. A arqueóloga Niède Guidon, que dirige o parque, sustenta ter encontrado indícios do povoamento humano remetendo há até 100 mil anos. Esse é o cenário de uma pesquisa em plena caatinga, que conta um pouco da origem do homem.
Nele está um dos lugares mais maravilhosos do Brasil. Além da grande importância ecológica, há também a arqueológica, revelando um país remoto e pouco conhecido. Os vestígios da presença do homem pré-histórico foram o principal motivo para a criação do Parque Nacional da Serra da Capivara.
Dentro do parque existem várias opções de passeios, que guardam muitas surpresas. Entre elas está o Boqueirão da Pedra Furada, onde são encontrados 1 200 conjuntos de pinturas rupestres, retratando o cotidiano remoto do homem, como cenas de caçadas, rituais ou algum tipo de dança e até representação de animais extintos, como o veado-galheiro, e da capivara. Essa última está representada com seu filhote em uma pintura que virou o símbolo da região. [...]
Geografia. Jun. 2010 – n. 31 – Ed. Escala Educacional. p 32/33. Fragmento.
De acordo com esse texto, o símbolo da região é uma pintura representando
03
(SAEPI). Leia o texto abaixo.
Como surgiu o chiclete?
Essa é uma pergunta que ainda alimenta os curiosos de plantão... Se você sair por aí pesquisando sobre o tema, encontrará diferentes versões.
Mas uma coisa é certa: muito antes do chiclete ser inventado, os seres humanos já mascavam gomas vegetais.
O Guia dos Curiosos conta assim esta história: “Em 1993, [...] o pesquisador sueco Bangt Nordqvist publicou um artigo científi co no qual afirmava que a goma de mascar havia surgido muito antes. Ele encontrou no sul de seu país três pedaços de resina de bétula mascados por dentes humanos perto de ossadas da época da Idade da Pedra. Nordqvist afirma que o produto contém zilitol, um desinfetante usado para limpeza dentária, que ajudava os homens primitivos a manter a arcada protegida.”
Alguns historiadores dizem que essa foi uma descoberta dos índios da Guatemala, que mascavam uma resina extraída de uma árvore chamada chicle para estimular a produção de saliva durante suas longas caminhadas. Os maias, do sul do México, também conheciam a goma de chicle, que, ao que tudo indica, usavam para refrescar o hálito. A goma era extraída de uma árvore nativa do Yucatan e de outras partes do sul do México e do noroeste da Guatemala, Sapodilla ou Manilkara zapota L. O hábito estava longe de ser uma novidade quando os espanhóis chegaram por lá em 1518.
Mas, seja qual for a versão, o chiclete não era comercializado na forma que vemos hoje. Foi somente no final do século 19 que um fotógrafo americano chamado Thomas Adams, junto com o um general mexicano exilado em Staten Island, Antonio Lopez de Santa Anna, resolveu fazer do chicle uma fonte de lucros. A primeira ideia que os dois tiveram foi usar a resina para misturar à borracha utilizada na fabricação de pneus e assim baratear muito os custos.
Resultado: frustração total. Suas experiências não deram nada certo!
Adams então teve a ideia que apresentou o chiclete ao mundo: já que o general costumava mascar a resina, por que não mascar algo com um sabor diferente? Resolveu então acrescentar o alcaçuz ao produto, produziu uma certa quantidade em formato de bolas, embrulhou-as em papéis coloridos e passou a vendê-las. [...]
Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/ alfa/historia-do-chiclete/index.php. Acesso em: 24 jun. 2011. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.
O assunto desse texto é
04
(SAEPI). Leia o texto abaixo.
O site americano TechCrunch, especializado em web, fez em agosto do ano passado uma constatação que, sempre que feita, ainda espanta a gringaiada: é preciso falar português para entender parte importante do universo online atual.
É na América Latina, constata o site, que a web mais cresce no planeta: a região já responde hoje por metade da população de internet da América do Norte e continua crescendo mais que a média mundial de usuários em outros continentes. O Brasil, nesse bolo, está na ponta, compondo 35% dos internautas latino-americanos.
Em sites de forte apelo global como Orkut, Facebook e Twitter, os falantes de português são um público numeroso. Mas falar português também está virando um atrativo de mercado: o acesso a sites e a compras latino-americanas, diz o TechCrunch, são majoritariamente em português. [...] O brasileiro adere fácil à tecnologia da conversação porque é comunicativo. [...] Segundo o Ibope, os internautas brasileiros entre 12 e 24 anos passam 27 horas mensais no computador, dos quais 57% visitam blogs e 46% usam programas de conversação.
Língua. Ano 5, n. 64, fev. 2011.
Nesse texto, a ideia defendida pelo site TechCrunch refere-se
05
(AVALIA-BH). Leia o texto abaixo.
Vó caiu na piscina
Noite na serra, a luz apagou. Entra o garoto.
– Pai, vó caiu na piscina.
– Tudo bem, fi lho.
O garoto insiste:
– Escutou o que eu falei, pai?
– Escutei, e daí? Tudo bem.
– Cê não vai lá? Ela tá lá... Tá escuro, pai... Vó tá com uma vela.
– Pois então? Tudo bem. Depois ela acende.
– Já tá acesa... Cê não acredita no que eu digo.
– Eduardo, você sabe que Dona Marieta caiu na piscina?
– Até você, Fátima? Não chega o Nelsinho vir com essa ladainha?
– Eduardo, está escuro que nem breu, sua mãe tropeçou, escorregou e foi parar dentro da piscina. Ouviu? [...] Não pode sair sozinha, está com a roupa encharcada, pesando muito.
Saiu correndo, nem esperou a vela, tropeçou, quase ia parar também dentro d’água.
– Mamãe, me desculpe! O menino não disse nada direito.
– Está bem, Eduardo! Nelsinho falou direito, você é que teve um acesso de calma, meu filho!
ANDRADE, Carlos Drummond de. Vó caiu na piscina. 10. ed. Rio de Janeiro: 2007, p.41-43. Fragmento.
Nesse texto, a avó ficou impossibilitada de sair sozinha da piscina porque
06
(SAEGO). Leia o texto abaixo.
Mila
Era pouco maior do que minha mão: por isso eu precisei das duas para segurá-la, 13 anos atrás. E, como eu não tinha muito jeito, encostei-a ao peito para que ela não caísse, simples apoio nessa primeira vez. Gostei desse calor e acredito que ela também. Dias depois, quando abriu os olhinhos, olhou-me fundamente: escolheu-me para dono. Pior: me aceitou.
Foram 13 anos de chamego e encanto. Dormimos muitas noites juntos, a patinha dela em cima do meu ombro. Tinha medo de vento. O que fazer contra o vento?
Amá-la – foi a resposta e também acredito que ela entendeu isso. Formamos, ela e eu, uma dupla dinâmica contra as ciladas que se armam. E também contra aqueles que não aceitam os que se amam. Quando meu pai morreu, ela se chegou, solidária, encostou sua cabeça em meus joelhos, não exigiu a minha festa, não queria disputar espaço, ser maior do que a minha tristeza.
Tendo-a ao meu lado, eu perdi o medo do mundo e do vento. E ela teve uma ninhada de nove filhotes, escolhi uma de suas filhinhas e nossa dupla ficou mais dupla porque passamos a ser três. E passeávamos pela Lagoa. [...] Era uma lady, uma rainha de Sabá numa liteira inundada de sol e transportada por súditos imaginários.
No sábado, olhando-me nos olhos, com seus olhinhos cor de mel, bonita como nunca, mais que amada de todas, deixou que eu a beijasse chorando. Talvez ela tenha compreendido. Bem maior do que minha mão, bem maior do que o meu peito, levei-a até o fim.
Eu me considerava um profissional decente. Até semana passada, houvesse o que houvesse, procurava cumprir o dever dentro de minhas limitações. Não foi possível chegar ao gabinete onde, quietinha, deitada a meus pés, esperava que eu acabasse a crônica para ficar com ela.
Até o último momento, olhou para mim, me escolhendo e me aceitando. Levei-a, em meus braços, apoiada em meu peito. Apertei-a com força, sabendo que ela seria maior do que a saudade.
CONY, Carlos Heitor. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. (Org.) As cem melhores crônicas do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 271-272. Fragmento.
No primeiro parágrafo desse texto, o narrador
07
(PAEBES). Leia o texto abaixo.
Bucolismo
Bucolismo é o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral, que descreve a qualidade ou o caráter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza, característica do Arcadismo. A base material do progresso consubstanciava-se nas cidades. Mudava o mundo, modernizavam-se as cidades e, consequentemente, redobravam os problemas dos conglomerados urbanos. A natureza acenava com a ordem nos prados e nos campos, os indivíduos resgatavam sentimentos corroídos pelo progresso. Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino. Eles tinham preferência pela vida nos campos, próxima à natureza.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bucolismo. Acesso em: 6 abr. 2014. Fragmento.
Nesse texto, uma relação de causa e efeito está em:
08
(SEAPE). Leia o texto abaixo.
O maior de todos os presentes
Era noite. [...] Como sempre acontece em noites de tempestade, a energia acabou. Eu, criança ainda, só poderia estar nervoso e muito assustado; o que me levava a perguntar a todo instante:
− Pai, quando a luz vai voltar?
− Em breve, meu filho − dizia meu pai [...].
Deixando-me sozinho por uns instantes, foi até o quarto e voltou de lá com algo na mão. Reconheci logo o pequeno objeto: era uma caixa de madeira escura que ele mantinha em sua escrivaninha. [...]
− O tempo passa rápido, não é, filho?
− ele perguntou.
− Passa, papai; que nem flecha, né?
− Pois é. Hoje você já está com dez anos e já é quase um homem, não é?
− Sim, papai.
− Pois, então, é hora de lhe passar esse presente.
Naquele momento, ele me entregou a caixa de madeira, [...] quando me fez jurar que eu jamais a abriria sem o seu consentimento. [...]
Vinte anos se passaram. A misteriosa caixa se manteve em meu poder. Sempre que eu passava por uma situação difícil [...], eu me recordava daquela noite de tempestade com papai. A doença de meu filho caçula foi o pior de todos os momentos. [...] Até que um dia, finalmente, meu filho recebeu alta do tratamento. Nesse dia meu pai, estando em nossa casa para nos felicitar pela melhora, me pediu:
− Filho, você ainda tem aquela caixa? Pode apanhá-la, por favor?
Corri até o segundo andar da casa e voltei como uma flecha para a sala. Ele me disse:
− Agora você já pode abrir.
Nervoso, eu atendi ao seu comando. Fiquei atordoado por alguns segundos. [...]
− Esse é o maior tesouro de um homem. E, hoje, vejo que esse homem está bem na minha frente!
Aquela velha caixa não possuía nenhuma pedra preciosa, nenhum objeto valioso. Na verdade, ela estava vazia. Mas através dela percebi que já havia ganhado o meu maior presente: o autocontrole de saber aguardar pelo momento certo; a paciência do saber esperar.
MATIAS, Fabiano de Oliveira dos Santos. Disponível em: http://www.letraseeartes.com.br /2011/01/tres-bons-exemplos- de-textos-narrativos.html. Acesso em: 24 nov. 2014. Fragmento.
O trecho desse texto que comprova a presença de um narrador-personagem é:
09
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Mercado do tempo
Natal já tá aí. O ano passou voando. É a vida, cada vez mais corrida. Vinte e quatro horas é pouco – precisava um dia maior para pôr tudo em dia.
Contra esses lugares-comuns, boa parte dos manuais prescreve doses regulares de priorização, planejamento, marketing, lembretes, listas e agendas, analógicos e digitais. Mas a ciência tem uma receita diferente: você não vai aprender a controlar seu tempo encarando um calendário. Antes, é necessário olhar para outros lugares. [...] É no dia a dia que se revela nossa habilidade de cumprir planos.
Não é algo que você nasce sabendo. A forma como você gasta e às vezes ganha tempo é influenciada por fatores culturais, geográficos e econômicos. Tudo isso resulta na sua orientação temporal, uma fórmula pessoal de encarar passado, presente e futuro. Mas uma coisa vale para todos nós: o tempo passa. Melhor aprender seu ritmo, antes que ele acabe ultrapassando você.
URBIM, Emiliano. Superinteressante. Dez. 2010. p. 64-65. Fragmento.
Nesse texto, no trecho “Mas a ciência tem uma receita diferente:...” (2° parágrafo), a palavra destacada estabelece relação de
11
(SAEGO). Leia o texto abaixo.
Uma vida melhor que a encomenda
[...] Domingo passado, comentei sobre o documentário Eu Maior, em que Rubem Alves também participou [...]. Entre outras coisas, ele contou que certa vez um garoto se aproximou dele para perguntar como havia planejado sua vida para chegar onde chegou, qual foi a fórmula do sucesso. Rubem Alves respondeu que chegou onde chegou porque tudo que havia planejado deu errado.
Planejar serve para colocar a pessoa em movimento. Se não houver um objetivo, um desejo qualquer, ela acabará esperando sentada que alguma grande oportunidade caia do céu, possivelmente por merecimento cósmico.
É preciso querer alguma coisa – já alcançar é facultativo, explico por quê.
Uma vez determinado o rumo a seguir, entra a melhor parte: abrir-se para os acidentes de percurso. Você que sonha em ser um Rubem Alves, é possível que já tenha começado a escrever num blog (parabéns, pôs-se em ação). No entanto, esses escritos podem conduzi-lo a um caminho que não estava nos planos. Dependendo do conteúdo, seus posts podem levá-lo a um convite para lecionar no interior, [...] a estagiar com um tio engenheiro, a fazer doce pra fora, a pegar a estrada com um amigo e acabar na Costa Rica, onde conhecerá a mulher da sua vida e com ela abrirá uma pousada, transformando-se num empresário do ramo da hotelaria.
Não é assim que as coisas acontecem, emendando uma circunstância na outra?
A vida está repleta de exemplos de arquiteta que virou estilista, [...] estudante de Letras que virou maquiadora, publicitário que virou chef de cozinha, professor que virou dono de pet shop, economista que virou fotógrafo. Tem até gente que almejava ser economista, virou economista, fez uma bela carreira como economista e morreu economista. A vida é surpreendente.
Ariano Suassuna largou a advocacia aos 27 anos, João Ubaldo também se formou em Direito, mas nem chegou a exercer o ofício, e Rubem Alves teve até restaurante. Tudo que dá errado pode dar muito certo. A vida joga os dados, dá as cartas, gira a roleta: a nós, cabe apenas continuar apostando.
MEDEIROS, Martha. Disponível em: http://cadeomeuabraco.blogspot.com.br/. Acesso em: 22 jul. 2014. Fragmento.
Nesse texto, a expressão “caia do céu” (2° paragráfo) foi usada para
12
(PAEBES). Leia os textos abaixo.
Texto 1
Felicito o sueco Nuno Cotter pelo belo artigo “Conversa de português” (Língua 40, fevereiro), em que mostra com bom humor e inteligência as diferenças idiomáticas entre Portugal e Brasil. Como engenheiro, trabalhei [...] em Moçambique e sofri com a variação do vocabulário: “encofrado para betão”, por exemplo, é forma para “concreto”.
Aldo Dórea Mattos, São Paulo (SP)
Texto 2
Na crônica “Conversa de português”, achei estranho ler palavras grafadas no português de Portugal, como “reacção”, “facto”, “saxónica” e “cómica”. Não estou a par das mudanças que o novo acordo provocou em Portugal, mas [...] “reacção” e “facto” agora se escrevem “reação” e “fato”. Se eu estiver certa, a revista ignora as novas normas ao publicar essa grafia. [...] Num momento em que nós [...] recorremos à revista Língua para entender as novas regras ortográficas, deparar com essas palavras é desconcertante.
Regina Giannetti Dias Pereira, por e-mail. Língua Portuguesa. n° 42. ano 3. Abr. 2009. p. 6. Fragmentos.
Esses textos apresentam opiniões
Muito obrigada, amigo. O seu blog tem sido uma ajuda e tanto para mim. Que o Senhor Jesus o abençoe e o guarde sempre.
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