ENEM 2014 - CIÊNCIAS HUMANAS - 2ª APLICAÇÃO
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(ENEM 2014 - 2ª Aplicação).
Maria da Penha
Você não vai ter sossego na vida, seu moço
Se me der um tapa
Da dona “Maria da Penha”
Você não escapa
O bicho pegou, não tem mais a banca
De dar cesta básica, amor
Vacilou, tá na tranca
Respeito, afinal, é bom e eu gosto
[...]
Não vem que eu não sou
Mulher de ficar escutando esculacho
Aqui o buraco é mais embaixo
A nossa paixão já foi tarde
[...]
Se quer um conselho, não venha
Com essa arrogância ferrenha
Vai dar com a cara
Bem na mão da "Maria da Penha".
ALCIONE, De tudo o que eu gosto. Rio de Janeiro: Indie, Warner, 2007.
A letra da canção faz referência a uma iniciativa destinada a combater um tipo de desrespeito e exclusão social associado, principalmente, à(s)
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(ENEM 2014 - 2ª Aplicação).
Sempre teceremos panos de seda
E nem por isso vestiremos melhor
Seremos sempre pobres e nuas
E teremos sempre fome e sede
Nunca seremos capazes de ganhar tanto
Que possamos ter melhor comida.
CHRÉTIEN DE TROYES. Yvain ou le chevalier au lion (1177-1181). Apud MACEDO, J. R. A mulher na Idade Média. São Paulo: Contexto, 1992 (adaptado).
O tema do trabalho feminino vem sendo abordado pelos estudos históricos mais recentes. Algumas fontes são importantes para essa abordagem, tal como o poema apresentado, que alude à
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FIGURA 1
Princesa Alexandra. Disponível em: www.democraciafashion.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012.
FIGURA 2
Duquesa de Cambridge, Kate Middleton. Disponível em: http://tockandglamur .blogstpot.com. Acesso em 4 ago. 2012.
As figuras indicam mudanças no universo feminino, como a
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Quem acompanhasse os debates na Câmara dos Deputados em 1884 poderia ouvir a leitura de uma moção de fazendeiros do Rio de Janeiro: "Ninguém no Brasil sustenta a escravidão pela escravidão, mas não há um só brasileiro que não se oponha aos perigos da desorganização do atual sistema de trabalho". Livres os negros, as cidades seriam invadidas por "turbas ignaras", "gente refratária ao trabalho e ávida de ociosidade". A produção seria destruída e a segurança das famílias estaria ameaçada. Veio a Abolição, o Apocalipse ficou para depois e o Brasil melhorou (ou será que alguém duvida?). Passados dez anos do início do debate em torno das ações afirmativas e do recurso às cotas para facilitar o acesso dos negros às universidades públicas brasileiras, felizmente é possível conferir a consistência dos argumentos apresentados contra essa iniciativa. De saída, veio a advertência de que as cotas exacerbariam a questão racial. Essa ameaça vai completar 18 anos e não se registraram casos significativos de exacerbação.
GASPARI, E. As cotas e a urucubaca. Folha de S. Paulo, 3 jun. 2009.
O argumento elaborado pelo autor sugere que as censuras às cotas raciais são
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O próprio movimento operário não pode ser reduzido a um conflito de interesses econômicos ou a uma reação contra a proletarização. Ele é animado por uma imagem de "civilização" industrial, pela ideia de um processo das forças de produção para o bem de todos. O que é bem diferente da utopia igualitarista simples, pouco preocupada com as condições de crescimento.
TOURAINE, A. Os movimentos sociais. In: FORRACHI, M. M.; MARTINS, J. S. (Org.). Sociologia e sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1997.
Considerando a caracterização apresentada pelo texto, a busca pela igualdade pressupõe o(a)
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Ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, referindo-se ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtude.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1973.
Em Aristóteles, o conceito de virtude ética expressa a
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No sistema democrático de Schumpeter, os únicos participantes plenos são os membros de elites políticas em partidos e em instituições públicas. O papel dos cidadãos ordinários é não apenas altamente limitado, mas frequentemente retratado como uma intrusão indesejada no funcionamento tranquilo do processo "público" de tomada de decisões.
HELD, D. Modelos de democracia. Belo Horizonte: Paideia, 1987.
O modelo de sistema democrático apresentado pelo texto pressupõe a
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As relações do Estado brasileiro com o movimento operário e sindical, bem como as políticas públicas voltadas para as questões sociais durante o primeiro governo da Era Vargas (1930-1945), são temas amplamente estudados pela academia brasileira em seus vários aspectos. São também os temas mais lembrados pela sociedade quando se pensa no legado varguista.
D'ARAUJO, M. C. E. Estado trabalhadora e políticas sociais. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. (Org.).O tempo do nacional-estatismo: do início ao apogeu do Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
Durante o governo de Getúlio Vargas, foram desenvolvidas ações de cunho social, dentre as quais se destaca a
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TEXTO I
Deputado (definição do século XVIII):
Substant. Aquele a quem se deu alguma comissão de jurisdição, ou conhecimento. Mandato da parte de alguma República, ou soberano. O que tem comissão do ministro próprio.
SILVA, A. M. Diccionario da lingua portugueza. Lisboa: Offcina de Simão Thaddeo Ferreira, 1789 (adaptado).
TEXTO II
Deputado (definição do século XXI):
[...]
4. Aquele que representa os interesses de outrem em reuniões e decisões oficiais.
5. Aquele que é eleito para legislar e representar os interesses dos cidadãos.
6. Aquele que é comissionado para tratar dos negócios alheios.
AULETE, C. Minidicionário contemporâneo da língua portuguesa. São Paulo: Lexilikon, 2010, (adaptado).
A mudança mais significativa no sentido da palavra "deputado", entre o século XVIII e os dias de hoje, dá-se pelo(a)
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Desde 2002, o instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem registrado certos bens imateriais como patrimônio cultural do país. Entre as manifestações que já ganharam esse status está o ofício das baianas do acarajé. Enfatize-se: o ofício das baianas, não a receita do aracajé. Quando uma baiana prepara o acarajé, há uma série de códigos imperceptíveis para quem olha de fora. A cor da roupa, a amarra dos panos e os adereços mudam de acordo com o santo e com a hierarquia dela no candomblé. O Iphan conta que, registrando o ofício, "esse e outros mundos ligados ao preparo do aracajé podem ser descortinados".
KAZ, R. A diferença entre o acarajé e o sanduíche de Bauru. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 13, out. 2006 (adaptado).
De acordo com o autor, o Iphan evidencia a necessidade de se protegerem certas manifestações históricas para que continuem existindo, destacando-se nesse caso a
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A justiça é a primeira virtude das instituições sociais, como a verdade o é dos sistemas de pensamento. Cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na justiça que nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo pode ignorar. Por essa razão, a justiça nega que a perda de liberdade de alguns se justifique por um bem maior partilhado por todos.
HAWLS, J. Uma teoria de justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (adaptado).
O filósofo afirma que a ideia de justiça atua como um importante fundamento da organização social e aponta como seu elemento de ação e funcionamento o
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Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer que não faça parte dela.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1978.
Segundo a Teoria da Formação do Estado, de John Locke, para viver em sociedade, cada cidadão deve
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A introdução da organização científica taylorista do trabalho e sua fusão com o fordismo acabaram por representar a forma mais avançada da racionalização capitalista do processo de trabalho ao longo de várias décadas do século XX.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo0, 2009 (adaptado).
O objetivo desse modelo de organização do trabalho é o alcance da eficiência máxima no processo produtivo industrial que, para tanto,
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TEXTO I
Abaporu. Dispónível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012.
TEXTO II
Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o Abaporu. eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário tupi-guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico.
Disponível em: www.tarsiladoamaral.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012 (adaptado).
O movimento originado da obra Abaporu pretendia se apropriar
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A mitologia comparada surge no século XVIII. Essa tendência influenciou o escritor cearense José de Alencar, que, inspirado pelo estilo da epopeia homérica de Ilíada, propõe em Iracema uma espécie de mito fundador do povo brasileiro. Assim como em Ilíada vincula a constituição do povo helênico à Guerra de Troia, deflagrada pelo romance proibido de Helena e Páris, Iracema vincula a formação do povo brasileiro aos conflitos entre índios e colonizadores, atravessados pelo amor proibido entre uma índia — Iracema — e o colonizador português Martim Soares Moreno.
DETIENNE, M. A invenção da mitologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998 (adaptado).
A comparação estabelecida entre a Ilíada e Iracema demonstra que essas obras
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Áreas em estabelecimento de atividades econômicas sempre se colocaram como grande chamariz. Foi assim no litoral nordestino, no início da colonização, com o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o fumo, as produções de alimentos e o comércio. O enriquecimento rápido exacerbou o espírito de aventura do homem moderno.
FARIA, S. C. A Colônia em movimento. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998 (adaptado).
O processo descrito no texto trouxe como efeito o(a)
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Em dezembro de 1945, começou uma greve de dois meses no principal porto da África Ocidental Francesa, Dacar. As autoridades só conseguiram levar os grevistas de volta ao trabalho com grandes aumentos de salário e, o que é ainda mais importante, pondo em prática todo o aparato de relações industriais usado na França — em resumo, agindo como se os grevistas fossem modernos operários industriais.
COOPER, F.; HOLT, T.; SCOTT, R. Além da escravidão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 (adaptado).
Durante o neocolonialismo, o trabalho forçado — que não se confunde com a escravidão — foi uma constante em diversas regiões do continente africano até o século XX. De acordo com o texto, sua superação deriva da
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Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam o que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes, selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e emprestaram significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro ao longo do século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem imcompleta: a experiência brasileira (1500 - 2000). São Paulo: Senac, 1999.
Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das
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Passada a festa da abolição, procuraram distanciar-se do passado de escravidão, negando-se a se comportar como antigos cativos. Em diversos engenhos do Nordeste, negaram-se a receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração. Quando decidiram ficar, isso não significou que concordassem em se submeter às mesmas condições de trabalho do regime anterior.
FRAGA, W.; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo: Moderna, 2009 (adaptado).
Segundo o texto, os primeiros anos após a abolição da escravidão no Brasil tiveram como característica o(a)
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Quando Deus confundiu as línguas na torre de Babel, ponderou Filo Hebreu que todos ficaram mudos e surdos, porque, ainda que todos falassem e todos ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel, houve setenta e duas línguas; na Babel do rio das Amazonas, já se conhecem mais de cento e cinquenta. E assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos e todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto trabalho serão necessários para que esses mudos falem e e esses surdos ouçam.
VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES, J. H. História viva. São Paulo: Global, 1985 (adaptado).
No decorrer da colonização portuguesa na América, as tentativas de resolução do problema apontado pelo padre Antônio Vieira resultaram na
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Veneza, emergindo obscuramente ao longo do início da Idade Média das águas às quais devia sua imunidade a ataques, era nominalmente submetida ao Império Bizantino, mas, na prática, era uma cidade-estado independente na altura do século X. Veneza era única na cristandade por ser uma comunidade comercial: "Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas", como um surpreso observador do século XI constatou. Comerciantes venezianos puderam negociar termos favoráveis para comerciar com Constantinopla, mas também se relacionaram com mercadores do Islã.
FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo e islã, de Maomé à Reforma. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.
A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média, dinamizadas por centros como Veneza, reflete o(a)
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TEXTO I
O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza não existiria. A Colônia se fragmentaria, como se fragmentou a parte espanhola da América. Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países distintos. (José Murilo de Carvalho).
TEXTO II
Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum segundo o qual foi D. João VI o responsável pela unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi construída ao longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da Coroa. A ideia de que era preciso fortalecer um Império com os territórios de Portugal e Brasil começou já no século XVIII. (Evaldo Cabral de Mello).
1808 – O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007 (adaptado).
Em 2008, foi comemorando o bicentenário da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Nos textos, dois importantes historiadores brasileiros se posicionam diante de um dos possíveis legados desse episódio para a história do país. O legado discutido e um argumento que sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para o segundo estão associados, respectivamente, em:
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Em busca de matérias-primas e de mercados por causa da acelerada industrialização, os europeus retalharam entre si a África. Mais do que alegações econômicas, havia justificativas políticas, científicas, ideológicas e até filantrópicas. O rei belga Leopoldo II defendia o trabalho missionário e a civilização dos nativos do Congo, argumento desmascarado pelas atrocidades praticadas contra a população.
NASCIMENTO, C. Partilha da África: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 7, n. 75, dez. 2011 (adaptado).
A atuação dos países europeus contribui para que a África — entre 1880 e 1914 — se transformasse em uma espécie de grande "colcha de retalhos". Esse processo foi motivado pelo(a)
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Os holandeses desembarcaram em Pernambuco no ano de 1630, em nome da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos poucos ocupando a costa que ia da foz do Rio São Francisco ao Maranhão, no atual Nordeste Brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para erguer no Recife uma pequena Amsterdã.
NASCIMENTO. R. L. X. A toque de caixas. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n. 70, jul. 2011.
Do ponto de vista econômico, as razões que levaram os holandeses a invadirem o nordeste da Colônia decorriam do fato de que essa região
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Os movimentos sociais do século XXI, ações coletivas deliberadas que visam à transformação de valores e instituições da sociedade, manifestam-se na e pela internet. O mesmo pode ser dito do movimento ambiental, o movimento das mulheres, vários movimentos pelos direitos humanos, movimentos de identidade étnica, movimentos religiosos, movimentos nacionalistas e dos defensores/proponentes de uma lista infindável de projetos culturais e causas políticas.
CASTELLS, M. A galáxia da internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
De acordo com o texto, a população engajada em processos políticos pode utilizar a rede mundial de computadores como recurso para mobilização, pois a internet caracteriza-se por
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O enclave supõe a presença de “muros sociais” internos que separam e distanciam populações e grupos de um mesmo lugar. Tais muros revelam as grandes contradições e discrepâncias presentes nas cidades brasileiras. É aqui que o território merece ser considerado um movo elemento nas políticas públicas, enquanto um sujeito catalisador de potências no processo de refundação do social.
KOGA, D. Medidas de cidades: entre territórios de vida e territórios vividos. São Paulo: Cortez, 2003.
No contexto atual das múltiplas territorializações, apontadas no fragmento, a formação de enclaves fortificados no espaço urbano é resultado da
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A principal forma de relação entre o homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, é dada pela técnica — um conjunto de meios instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua vida, produz e, ao mesmo tempo, cria espaço.
SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2002 (adaptado).
A relação estabelecida no texto, associada a uma profunda degradação ambiental, é verificada na
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QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1995 (adaptado).
Nos quadrinhos, faz-se referência a um evento que correspondia a um dos grandes medos da população mundial no período da Guerra Fria. Durante esse período, a possibilidade de ocorrência desse evento era grande em função do(a)
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De modo geral, os logradouros de Fortaleza, até meados do século XIX, eram conhecidos por designações surgidas da tradição ou de funções e edificações que lhes caracterizavam. Assim, chamava-se Travessa da Municipalidade (atual Guilherme Rocha) por ladear o prédio da Intendência Municipal; S. Bernardo (hoje Pedro Pereira), por conta de igreja homônima; Rua do Cajueiro (atual Pedro Borges) por abrigar uma das mais antigas e populares árvores da capital. Já a Praça José de Alencar, na década de 1850, era popularmente designada por Praça do Patrocínio, pois em seu lado norte se encontrava uma igreja homônima.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: Imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 (adaptado)
Os atos de nomeação dos logradouros, analisados de uma perspectiva histórica, constituem
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(ENEM 2014 - 2ª Aplicação).
Na primeira década do século XX, reformar a cidade do Rio de Janeiro passou a ser o sinal mais evidente da modernização que se desejava promover no Brasil. O ponto culminante do esforço de modernização se deu na gestão do prefeito Pereira Passos, entre 1902 e 1906. "O Rio civilizava-se" era frase célebre à época e condensava o esforço para iluminar as vielas escuras e esburacadas, controlar as epidemias, destruir os cortiços e remover as camadas populares do centro da cidade.
OLIVEIRA, L. L. Sinais de modernidade na Era Vargas: vida literária, cinema e rádio. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. (Org.). O tempo do nacional-estatismo: do início ao apogeu do Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
O processo de modernização mencionado no texto trazia um paradoxo que se expressava no(a)
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Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências políticas no centro dirigente iam se definindo. Apareciam o germe os dois grandes partidos imperiais — o Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena classe média urbana, alguns padres e proprietários rurais de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
No texto, o autor compara a composição das forças políticas que atuaram no Segundo Reinado (1840 - 1889). Dois aspectos que caracterizam os partidos Conservador e Liberal estão indicados, respectivamente, em:
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(ENEM 2014 - 2ª Aplicação).
Canto dos lavradores de Goiás
Tem fazenda e fazenda
Sobe serra desce serra
Salta muita água corrente
Sem lavoura e sem ninguém
O dono mora ausente.
Lá só tem caçambeiro
Tira onda de valente
Isso é que é grande barreira
Que está em nossa frente
Tem muita gente sem terra
Tem muita terra sem gente.
MARTINS, J. S. Cativeiro da terra. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.
No canto registrado pela cultura popular, a característica do mundo rural brasileiro no século XX destacada é a
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(ENEM 2014 - 2ª Aplicação).
O uso intenso das águas subterrâneas sem planejamento tem causado sérios prejuízos à sociedade, ao usuário e ao meio ambiente. Em várias partes do mundo, percebe-se que a exploração de forma incorreta tem levado a perdas do próprio aquífero.
TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2009 (adaptado).
No texto, apontam-se dificuldades associadas ao uso de um importante recurso natural. Um problema derivado de sua utilização e uma respectiva causa para sua ocorrência são:
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Uma cidade que reduz emissões, eletrifica com energia solar seus estádios, mas deixa bairros sem saneamento básico, sem assistência médica e sem escola de qualidade nunca será sustentável. A mudança do regime de chuvas, que já ocorre por causa da mudança climática, faz com que inundações em áreas com esgoto e lixões a céu aberto propaguem doenças das quais o sistema de saúde cuidará apropriadamente.
ABRANCHES, S. A sustentabilidade é humana ecológica. Disponível em: www.ecopolítica.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).
Problematizando a noção de sustentabilidade, o argumento apresentado no texto sugere que o(a)
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(ENEM 2014 - 2ª Aplicação).
A voadeira, canoa de alumínio com motor de popa usada como meio de transporte fluvial pelos ribeirinhos da Amazônia, ganhou uma versão movida a energia solar em vez de combustível.
BRASIL, K. Voadeira movida a energia solar é opção para o transporte fluvial na Amazônia. Folha de S. Paulo, 12 maio 2012.
No texto está descrita uma situação de mudança na tecnologia do transporte fluvial na Amazônia. Configura-se como uma consequência ambiental derivada da mudança apresentada a redução
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Os desequilíbrios que se registram nas encostas ocorrem, na maioria das vezes, em função da participação do clima e de alguns aspectos das características das encostas que incluem a topografia, geologia, grau de intemperismo, solo e tipo de ocupação.
CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. Degradação ambiental. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Org.). Geomorfologia e meio ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
Os desequilíbrios resultantes da atuação humana junto às vertentes íngremes do relevo são fortemente ligados ao(à)
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(ENEM 2014 - 2ª Aplicação).
Uma maior disponibilidade de combustível fóssil, como acontece com as crescentes possibilidades brasileiras, é fonte de importantes perspectivas econômicas para o país. Ao mesmo tempo, porém, numa época de pressão mundial por alimentos e biocombustíveis, as reservas nacionais de água doce, o clima favorável e o domínio de tecnologias de ponta no setor conferem á matriz energética brasileira um papel-chave na mudança do paradigma energético-produto.
SODRÉ, M. Reinventando a educação: diversidade, descolonização e rede. Petrópolis: Vozes, 2012.
No texto, é ressaltada a importância da matriz energética brasileira enquanto referência de caráter mais sustentável. Essa importância é derivada da
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