QUIZ 12: PORTUGUÊS 7° ANO
01
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda.
A invenção do futebol
Ricardo Silvestrin
Antes, muito antes do futebol,
inventaram a bola.
Podia ser uma cebola
ou qualquer coisa que rola.
A diversão
era passar a bola de mão em mão.
Mas sempre tinha
um mão-furada,
que era motivo
de gozação.
Até que um dia
o mão-furada
dos mãos-furadas
bolou de devolver
a bola com o pé.
Foi uma surpresa,
uma sensação
a invenção do primeiro boleiro.
Mais tarde,
os que não abriram mão
de jogar com a mão
viraram goleiros.
Disponível em: http://escolinhadahora.blogspot.com.br/2013 /06/atividades-de-leitura-e-interpretacao.htm. Acesso em: 12 abr. 2016.
Nos versos “Mas sempre tinha”/“um mão- furada,”, o que significa a expressão “mão- furada”?
02
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda.
Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala — e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo olhando para mim:
— Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
Disponível em: http://poetadrummond.blogspot.com.br /2019/08/poesia-de-carlos-drummond.html. Acesso em: 13 abr. 2016.
Infere-se do poema que o eu lírico é
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 03 e 04.
Ontem alegria, hoje solidão
Naqueles tempos a vida passava devagar, era um sossego, tudo era tranquilo, tínhamos a alegria, aliás, alegria era comum. Levantávamos cedo para encher água na cabeceira, depois íamos lavar as roupas e tomar banho no rio.
O carro não vinha até aqui, ficava na parada Zé Castor. Para ir até Bragança ou tinha que andar muito ou ir a pano (canoa) atravessando as maresias.
Notícias eram distantes de nós, a não ser as do povoado: uma mulher que paria, uma moça que fugia. Os anos passavam devagar e nós aproveitávamos o luar, as brincadeiras de roda, lembranças do bombaqueiro, sapatinho branco, brincadeirinha do anel, tudo girava em torno da alegria.
A comida era farta, muito peixe, caranguejo, ostra, siri. Podíamos escolher do tamanho desejado. A vida corria livre, sem barulhos, a não ser os músicos do Sereno, que nos faziam correr, pulando numa grande dança.
A maré enchia, a maré vazava e nós sempre tomando banho de rio, às vezes ouvíamos um ralho, um cipó que teimava em nos marcar.
Como era simples viver sem correrias, ouvindo os pássaros, os gritos da matinta-pereira. Os grandes morcegos rasga-mortalha faziam-nos tremer de medo nas noites escuras.
Em Nova Olinda era assim. Hoje, com a chegada do ônibus, as coisas não são as mesmas, a energia elétrica transformou as pessoas, nem se brinca mais, todos assistem à televisão, é uma correria de motos, e os meninos estão cada vez mais malcriados. A alegria deu lugar à solidão. Somos ainda uma comunidade pequena; no entanto, existem tantas mudanças que parece que o tempo é outro. Não se conversa mais, todos estão ocupados demais em suas casas. Da minha porta, sentada, fico pensando: por que tantas mudanças? Isso era para ser exclusividade dos camaleões. Sem netos para alegrar os meus dias, sinto-me cada vez mais só, solitária com as minhas lembranças.
ROSÁRIO, Roseane Pinheiro do. Ontem alegria, hoje solidão. Almanaque Na Ponta do Lápis nº 11- Agosto de 2009, São Paulo: Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.Texto produzido em 2004 pela aluna da 5ª série da E. M. André Alves, Augusto Corrêa –PA
03
No trecho “O carro não vinha até aqui, ficava na parada Zé Castor.”, o termo “aqui” indica
05
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda.
A fome e a cor da fome
Carolina Maria de Jesus
“Que efeito surpreendente faz a comida no nosso organismo! Eu que antes de comer via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que comi tudo se normalizou aos meus olhos.
… A comida no estômago é como o combustível nas máquinas. Passei a trabalhar mais depressa. O meu corpo deixou de pesar. Comecei a andar mais depressa. Eu tinha impressão que eu deslizava no espaço. Comecei a sorrir como se estivesse presenciando um lindo espetáculo. E haverá espetáculo mais lindo do que ter o que comer? Parece que eu estava comendo pela primeira vez na minha vida.” (JESUS, 2007, p.45-46).
Disponível em: http://homoliteratus.com/quarto-de -despejo-a-escrita-como-valvula-de-escape/. Acesso em: 12 abr.2016.
No trecho “‘Que efeito surpreendente faz a comida no nosso organismo!’”, o ponto de exclamação foi usado para
06
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda
Disponível em: http://centraldastiras.blogspot.com.br /search?up Dated-max=2011-02-05T13:48:00-03:00&max= 12&by-date=false>. Acesso em: 19 abr. 2016.
Ao associar as linguagens verbal e não verbal, percebe-se que a mulher diante das falas do homem ficou
07
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda.
Pneu furado
Luis Fernando Veríssimo
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha. Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo "Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
─ Você tem macaco? ─ perguntou o homem.
─ Não ─ respondeu a moça.
─ Tudo bem, eu tenho ─ disse o homem.
─ Você tem estepe?
─ Não - disse a moça.
─ Vamos usar o meu ─ disse o homem. E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro.
─ Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
─ É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar. Coisa estranha. É uma compulsão. Sei lá.
Disponível em: http://keylapinheiro.blogspot.com.br/ 2011/04 cronicas-de-humor_10.html. Acesso em: 14 abr. 2016.
O humor desse texto está no fato de o homem
08
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda.
A Cabra e o Asno
Esopo
Uma cabra e um asno viviam na mesma casa. A cabra ficou com ciúme porque o asno recebia mais ração do que ela. Ela lhe disse:
─ Que inferno é a sua vida! Quando não está no moinho, está carregando um fardo! Quer um conselho: quer descansar? Faça como se tivesse uma tontura e caia num buraco.
─ O asno achou que era um bom conselho, caiu de propósito e quebrou os ossos. Seu dono foi atrás de um médico para socorrê-lo.
─ Se lhe der um chá de pulmão de cabra, ele ficará bom.
A cabra foi sacrificada e o asno ficou curado.
Moral: quem maquina contra os outros, termina fazendo o mal a si próprio!
Disponível http://sidoakas.blogspot.com.br/2011/05/cabra-easno.html. Acesso em: 11 abr. 2016.
Qual é o trecho que apresenta o desfecho da história?
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 09 e 10.
Múmia é encontrada na Mongólia
Lucas Alencar
O que seria apenas mais um achado arqueológico tornou-se um grande enigma histórico: uma múmia encontrada nesta semana na Mongólia calçava um par de tênis muito parecido com o que usamos hoje.
A múmia foi encontrada no topo das Montanhas Altai, na Mongólia, a mais de 2.800 metros. Acredita-se que a pessoa mumificada era de etnia turca e, provavelmente, uma mulher, já que não foi enterrada com um arco, objeto comumente encontrado nos túmulos masculinos.
Pastores da região foram os responsáveis por identificar o local em que estaria armazenada a múmia de mais de 1.500 anos, que está sendo estudada pelo Museu Khovd, na Mongólia. Surpreendentemente, os pesquisadores do museu não fizeram nenhuma referência aos tênis encontrados na múmia.
A falta de comentários sobre o assunto rendeu as mais cabulosas teorias da conspiração na internet. Há até quem diga que o uso do par de tênis seja uma prova de que alguém viajou no tempo, foi morto e mumificado com as roupas que estava usando.
Um relatório elaborado pelo Ministério da Arqueologia da Mongólia comenta o assunto, mas de maneira vaga, apesar de propor uma explicação plausível: "A múmia encontrada mostra que as pessoas daquela época tinham bastante habilidade com ferramentas. Esta pessoa mumificada não era da elite, então acreditamos que essas habilidades ferramenteiras eram bastante desenvolvidas em todos os círculos da sociedade"
Disponível em: http://revistagalileu.gl2016/04/mumia-e- encontrada-na-mongolia-usando-um-par-de-tenis.html. ACesso em: 14 abr. 2016.
09
No trecho “A falta de comentários sobre o assunto rendeu as mais cabulosas teorias da conspiração na internet.”, o autor ao utilizar a palavra “cabulosas” pretendeu ser
12
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2016). (OURO BRANCO-MG). Leia o texto abaixo.
O Diário de Anne Frank
Domingo, 14 de junho de 1942
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.
Pouco depois das sete horas, fui ver papai e mamãe e, depois, fui à sala abrir meus presentes, e você foi o primeiro que vi, talvez um dos meus melhores presentes. [...] De papai e mamãe ganhei uma blusa azul, um jogo, uma garrafa de suco de uva [...] e uma carta da vó, que chegou na hora certa, mas, claro, isso foi só uma coincidência. [...]
Disponível em: http://www.starnews2001.com.br/anne-frank/diary.htm. Acesso em: 10 jan. 2012. Fragmento.
De acordo com esse texto, a menina acordou cedo porque
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