QUIZ 15: PORTUGUÊS 7° ANO
01
(SEDUCE-GO - 6ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda.
Como é feito o chiclete?
Primeiro se faz uma mistura de vários tipos de borracha, que é chamada de goma base. Depois são incluídos resinas e óleos vegetais, que amaciam a massa, substâncias minerais, que encorpam a mistura, e açúcar, corantes, aromas e ácidos, que dão o sabor. Em seguida, essa massa é esticada, cortada e são acrescentados um xarope de açúcar e essências que formam a casquinha crocante do chiclete. Aí é só embrulhar.
CRISTHIANINI, Maria Carolina. Recreio, nº 516, p. 5. Abril Comunicações.
Qual é a finalidade desse texto?
02
(SEDUCE-GO - 6ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda.
Estragou a televisão
Luís Fernando Veríssimo
─ Iiiih...
─ E agora?
─ Vamos ter que conversar.
─ Vamos ter que o quê?
─ Conversar. É quando um fala com o outro.
─ Fala o quê?
─ Qualquer coisa. Bobagem.
─ Perder tempo com bobagem?
─ E a televisão, o que é?
─ Sim, mas aí é a bobagem dos outros. A gente só assiste. Um falar com o outro, assim, ao vivo... Sei não...
─ Vamos ter que improvisar nossa própria bobagem.
─ Então começa você.
─ Gostei do seu cabelo assim.
─ Ele está assim há meses, Eduardo. Você é que não tinha...
─ Geraldo.
─ Hein?
─ Geraldo. Meu nome não é Eduardo, é Geraldo.
─ Desde quando?
─ Desde o batismo.
─ Espera um pouquinho. O homem com quem eu casei se chamava Eduardo.
─ Eu me chamo Geraldo, Maria Ester.
─ Geraldo Maria Ester?!
─ Não, só Geraldo. Maria Ester é o seu nome.
─ Não é não.
─ Como, não é não?
─ Meu nome é Valdusa.
─ Você enlouqueceu, Maria Ester?
─ Pelo amor de Deus, Eduardo...
─ Geraldo.
─ Pelo amor de Deus, meu nome sempre foi Valdusa. Dusinha, você não se lembra?
─ Eu nunca conheci nenhuma Valdusa. Como é que eu posso estar casado com uma mulher que eu nunca... Espera. Valdusa. Não era a mulher do, do... Um de bigode...
─ Eduardo.
─ Eduardo!
─ Exatamente. Eduardo. Você.
─ Meu nome é Geraldo, Maria Ester.
─ Valdusa. E, pensando bem, que fim levou o seu bigode?
─ Eu nunca usei bigode!
─ Você é que está querendo me enlouquecer, Eduardo.
─ Calma. Vamos com calma.
─ Se isso for alguma brincadeira sua...
─ Um de nós está maluco. Isso é certo.
─ Vamos recapitular. Quando foi que casamos?
─ Foi no dia, no dia...
─ Arrá! Tá aí. Você sempre esqueceu o dia do nosso casamento... Prova de que você é o Eduardo e a maluca não sou eu.
─ E o bigode? Como é que você explica o bigode?
─ Fácil. Você raspou.
─ Eu nunca tive bigode, Maria Ester! ─ Valdusa!
─ Tá bom. Calma. Vamos tentar ser racionais. Digamos que o seu nome seja mesmo Valdusa. Você conhece alguma Maria Ester?
─ Deixa eu pensar. Maria Ester... Nós não tivemos uma vizinha chamada Maria Ester?
─ A única vizinha de que eu me lembro é a tal de Valdusa.
─ Maria Ester. Claro. Agora me lembrei. E o nome do marido dela era... Jesus!
─ O marido se chamava Jesus?
─ Não. O marido se chamava Geraldo.
─ Geraldo...
─ É.
─ Era eu. Ainda sou eu.
─ Parece...
─ Como foi que isso aconteceu?
─ As casas geminadas, lembra?
─ A rotina de todos os dias...
─ Marido chega em casa cansado, marido e mulher mal se olham...
─ Um dia marido cansado erra de porta, mulher nem nota...
─ Há quanto tempo vocês se mudaram daqui?
─ Nós nunca nos mudamos. Você e o Eduardo é que se mudaram.
─ Eu e o Eduardo, não. A Maria Ester e o Eduardo.
─ É mesmo...
─ Será que eles já se deram conta?
─ Só se a televisão deles também quebrou.
Disponível em: https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/TV-estragou.html. Acesso em: 15 ago. 2016.
Na frase “– Geraldo Maria Ester?!”, qual o efeito de sentido dado pelos pontos de interrogação e de exclamação?
03
(SEDUCE-GO - 6ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda.
Querido diário,
Estava ansiosa para voltar de viagem. Não sei como fui esquecê-lo aqui. Quando estávamos de saída, bem que achei que estava faltando alguma coisa... Mas, quando comecei a enumerar mentalmente tudo o que deveria levar na viagem (você sabe como sou distraída!), minha mãe me apressou, porque tínhamos que buscar a Heloisa no trabalho. E, assim, sai correndo e você ficou. Ainda bem que você estava bem escondido no baú. Se o chato do meu irmão, que ficou te descobre... tô frita!
A viagem não foi ruim, mas teria sido melhor se a minha irmã, sempre egoísta, não tivesse escolhido a melhor cama do quarto do hotel.
Fomos à praia todos os dias e...
Droga! A campainha está tocando... Conto o resto depois.
Luisa
CEREJA, William Roberto. Português. Vol. 7. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 97.
No trecho “Se o chato do meu irmão, que ficou te descobre... tô frita!”, a expressão “tô frita” indica que Luisa estaria
(SEDUCE-GO - 6ª P.D - 2016). O texto e, a seguir, responda as questões 04, 05 e 06.
Amplexo
Marcelo Alencar
Mãe, me dá um amplexo?
A pergunta pega Cinira desprevenida. Antes que possa retrucar, ela nota o dicionário na mão do filho, que completa o pedido: - E um ósculo também.
Ainda surpresa, a mulher procura no livro a definição das duas estranhas palavras. E encontra. Mateus quer apenas um abraço e um beijo. Conversa vai, conversa vem, Cinira finalmente se dá conta de que o garoto, recém-apresentado às classes gramaticais nas aulas de Português, brinca com os sinônimos. "O que vai ser de mim quando esse tiquinho de gente cismar com parônimos, homônimos, heterônimos e pseudônimos?", pensa ela, misturando as estações. "Valha-me, Santo Antônimo!" E emenda: - Para com essa bobagem, menino!
─ Ah, mãe, o que é que tem? Você nunca chamou cachorro de cão? E casa de residência? E carro de automóvel?
─ É verdade, mas...
─ Mas a verdade é que Cinira não tem uma boa resposta.
− E meu nome é Mateus - continua o rapaz. ─ Só que você me chama de Matusquela.
− Ei, isso não vale. Matusquela é apelido carinhoso.
− Sei, sei. Tudo bem se eu usar nosocômio e cogitabundo em vez de hospital e pensativo?
E criptobrânquio no lugar de mutabílio?
─ Mutabílio? O que é que é isso?
─ O mesmo que derotremado, ora. Tá aqui no Aurélio.
Está mesmo. É um bichinho. Mas pouco importa. A mãe questiona a opção do menino por vocábulos incomuns.
Mateus sai-se com esta: ─ A professora disse que aprender palavras é como ganhar roupas e guardar numa gaveta. Quando a gente precisa delas, tira de lá e usa. Cada uma serve para uma ocasião, por mais esquisita que pareça. Igual à querê-querê roxa que você me deu no último aniversário. Lembra?
Como esquecer? Cinira nem se dá ao trabalho de consultar o dicionário. Sabe que a explicação para essa última provocação está no verbete camiseta.
Disponível em: http/novaescola.org.br/fundamental–1/ amplexo-634320.shtml. Acesso em: 20 ago. 2016.
04
No conto “Amplexo”, o texto é narrado pelo/a
(SEDUCE-GO - 6ª P.D - 2016). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 07, 08 e 09.
Hortelã
Paulo Netho
Todas as noites
Ela esperava a noite chegar
Trazendo o pai do trabalho.
Às vezes era o pai
Que trazia a noite
Num saquinho de balas de hortelã.
Ela gostava da noite
Porque a noite trazia
O suor do pai.
Ela gostava da noite
Porque, à noite, ela e o pai
Brincavam de dar nome às estrelas.
NETHO, Paulo. Poesia Futebol Clube e outros poemas. São Paulo: Formato, 2007, p. 22.
07
De acordo com o texto, a menina chamada de “ela” gostava da noite porque
09
Nos versos “Porque a noite trazia / O suor do pai.”, ao utilizar a expressão “suor do pai”, o autor quis mostrar que
10
(SEDUCE-GO - 6ª P.D - 2016). Leia os textos e, a seguir, responda.
Você acha que adquirir o hábito de ler livros é uma tarefa difícil?
Texto I
“Na realidade, em nosso país, sim. Por causa da falta de acesso à leitura. Livros ainda são caros para a grande maioria da população e, infelizmente, o hábito de ir a bibliotecas não faz parte da realidade de muitos brasileiros”.
(Kelly Komatsu, pesquisadora, 40 anos)
Texto II
“Acredito que é mais uma questão de disciplina e de esforço pessoal. Quando descobrimos que por meio da leitura podemos adquirir e ampliar nossos conhecimentos, viajar por mundos desconhecidos, e que ela só nos traz benefícios, com certeza não vamos querer parar de ler. Os estímulos nós já temos, seja na escola ou no meio em que vivemos, e nosso universo literário é amplo e riquíssimo, basta saber aproveitar.”
(Alessandra Avanso, pedagoga, 36 anos).
Tavares, Rosemeire Aparecida Alves. Vontade de saber português, 7º ano/ Rosemeire Aparecida Alves Tavares, Tatiane Brugnerotto Conselvan. 1. ed. São Paulo: FTD, 2012, p. 82.
As opiniões da pesquisadora e da pedagoga quanto ao hábito de ler livros são
(OBJETIVO). Leia o texto e responda as questões 11 e 12.
O HOMEM FAZ O CLIMA. E FAZ MAL
A interferência do homem no meio ambiente pode acelerar em milhares de anos os processos naturais de mudanças climáticas e trazer graves consequências à vida na Terra. O consumo desenfreado e a explosão demográfica têm sido fatores de forte influência entre as atividades humanas.
Em consequência, fenômenos como a elevação da taxa de emissão de gás carbônico (CO₂) na atmosfera podem atingir picos incontroláveis em poucas décadas, sem que a vida na Terra consiga se adaptar. Se nada for feito, daqui a um século poderemos viver num ambiente de catástrofe.
Se a temperatura não parar de subir, daqui a cerca de 100 anos poderemos ter grandes mudanças na ocorrência de fenômenos como tormentas e furacões. A elevação do nível dos oceanos, consequência do aquecimento global, pode levar o mar a invadir parte das grandes cidades litorâneas e se misturar com fontes de água potável, como os rios que nele deságuam, salinizando-as. Águas provenientes do derretimento dos picos das montanhas geladas poderão invadir vales e cidades em seu entorno. Espécies mais sensíveis correm o risco de extinção, causando desequilíbrio nos ecossistemas e nas cadeias alimentares.
O cenário de catástrofe está desenhado. Resta ao homem fazer alguma coisa para evitar a concretização dessas profecias.
(Karen Gimenez. O homem faz o clima. E faz mal. Superinteressante, São Paulo, set. 2008. Edição especial. As 30 maiores descobertas da ciência, p. 34. Adaptado.)
Vocabulário:
1. desenfreado – sem moderação, excessivo.
2. explosão demográfica – aumento elevado e repentino da população de seres humanos.
3. salinizar – tornar(-se) salino (que tem sal).
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A finalidade desse texto é
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