QUIZ 03: PORTUGUÊS 7° ANO
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2014). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questões 01, 02 e 03.
No silêncio...
No dia 11 de dezembro de 2003, recebi de presente da minha prima um gatinho branco. Assim que o vi, percebi que um dos olhos azuis dele era mais escuro que o outro e deduzi na mesma hora: este olho vai ficar verde! Batizei-o de Mingau.
Eu estava encantada com ele, apesar de achá-lo meio metido. Ele não dava a menor atenção quando nós o chamávamos. Minha irmã começou a desconfiar: “Esse gato é surdo.” Eu brigava com ela sempre que ela dizia aquilo, detestava cogitar que fosse verdade.
Depois de duas semanas, porém, enquanto eu arrumava o guarda-roupa, minha irmã deixou cair várias caixas de sapatos, o que provocou um barulho enorme; Mingau dormindo estava, dormindo ficou.
Minha irmã e eu olhamos espantadas, qualquer outro gato teria acordado amedrontado. “Meu Deus, ele é surdo mesmo”, disse ela. Eu me senti angustiada e resolvi tirar a prova. Fui para a cozinha, liguei o liquidificador, a batedeira e o secador de cabelos, todos juntos, e levei Mingau para perto dos aparelhos: nada. Estava confirmado: meu gato era surdo.
Senti vontade de chorar. Mingau vive no silêncio, pensei. Não tem a menor noção do que sejam os sons que nos rodeiam. É mais vulnerável aos perigos da rua do que os outros que escutam, e agora, o que fazer?
Quando meus pais souberam, redobraram os cuidados e os mimos com Mingau.
Eu passei a fazer pesquisas na Internet sobre a surdez do meu gato. Descobri que gatos brancos de olhos azuis, independentemente da raça, têm tendência à deficiência auditiva. É uma falha genética. Também descobri que, em alguns casos de gatos brancos com um olho azul e o outro de outra cor, a surdez era parcial, presente apenas no ouvido que fica do mesmo lado do olho azul, mas, no caso do meu gato, a surdez foi total.
Quando ele se tornou um jovem gatinho, a preocupação com a integridade dele aumentou. Ele já estava indo para a rua, namorar. Nós imaginávamos mil coisas quando ele saía. Mingau sempre subia na goiabeira que tinha aqui em casa e, de lá, passava para cima da casa e não sabia mais descer. Aí começava o escândalo noturno. Ele berrava bem alto, sem a menor noção da altura do miado que dava. Isso até nós aparecermos com uma escada e retirá-lo do telhado.
Seleções Reader’sDigest Brasil. Grajaú, RJ, out. 2010, p. 153-154.
01
Na frase: “Meu Deus, ele é surdo mesmo”, a expressão sublinhada indica
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2014). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questões 05 e 06.
Apple: menino de 13 anos desenvolve aplicativo
Em Brasília, um estudante de apenas 13 anos desenvolve programas para a Apple, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Além disso, Rafael Costa, aluno da sétima série, dá palestras em universidades e ensina o que sabe para pessoas mais velhas do que ele.
O palestrante, que é um dos mais jovens desenvolvedores de aplicativos da Apple,quando chega num auditório o silêncio se instala. Com óculos de grau e aparelho nos dentes, o estudante aborda assuntos sobre tecnologia, linguagem de programação de computadores e até a respeito de estratégias de marketing.
No colégio Leonardo da Vinci, onde estuda, Rafael é chamado de gênio, em tom de brincadeira, por professores e colegas. No total, apresentou nove produtos aprovados pela multinacional. Depois disso, ministra palestras em Brasília - em locais como Banco do Brasil e faculdades - para contar sua experiência.
Entre as criações do menino, está o SweetTweet, o primeiro projeto do brasiliense aceito pela empresa. Ele permite inserir informações com mais rapidez na rede social Twitter. Além disso, quando a internet perde o sinal, o aplicativo possibilita que o texto escrito seja armazenado e entre na web assim que o funcionamento for retomado - tudo automaticamente. O SweetTweet está na segunda versão. Nela, é possível também sincronizar várias redes, como Facebook, Twitter e Tumblr.
O Facepad, outra criação do gênio, aprimorou o programa Face Time, da Apple, que faz chamadas de vídeo entre portáteis, como o celular iPhone. O menino retirou a limitação que havia no programa original de originar chamadas exclusivamente para quem estava incluído em contatos de alguma rede social. "Com isso, o usuário não precisa adicionar a outra pessoa para conversar com ela. Pode simplesmente convidá-la para a chamada de vídeo", explica Rafael.
Disponível em http://noticias.band.uol.com.br/jornal daband/conteudo.asp?id=100000459623, acesso em 04/11/2013.
05
Qual a informação principal do texto?
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2014). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questões 07 e 08.
Porto Alegre, 28 de dezembro de 2002.
Amado filho Raul,
Há duas semanas você viajou para fazer o tão sonhado intercâmbio em Londres, e já sinto uma imensa saudade.
Como foi a viagem? Estranhou o clima e a alimentação dos britânicos? Você vai ficar aí dois anos, por isso trate de escrever mais, já que nem sempre será possível telefonar. O que você está achando da cidade e dos londrinos?
Seu pai e seus irmãos enviam fortes abraços, e Breno pede que você entre em contato com ele pela Internet. Na próxima semana, será o aniversário de sua irmã Ana, não se esqueça de telefonar.
Aqui em Porto Alegre, tem chovido bastante, e o calor continua intenso. Nas férias de janeiro, vamos pra Camboriú. Vai ser tudo tão estranho sem você!
Cuide-se bem, proteja-se do frio que é terrível nesta época e veja bem com quem vai andar.
Seu irmão pretende passar o mês de julho com você, se tudo correr bem. Se precisar de qualquer coisa, ligue para nós imediatamente. Responda logo e envie fotos.
Mil beijos,
Sônia
P.S. Sua namorada está morrendo de saudades! Agora, a grande notícia: ela passou no vestibular de Medicina!
07
Esse texto tem por finalidade
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2014). Leia os textos abaixo e, a seguir, responda as questões 09 e 10.
Texto I
“A internet conecta as pessoas de forma virtual, substituindo as relações pessoais presenciais. Com isso, pode isolar os indivíduos, envolvendo-os em uma interminável rede de possibilidades.”
Marina da Mata, antropóloga do Instituto Viver em Sociedade, em entrevista televisiva. In:Revista Na Ponta do lápis, ano VI, nº 14, julho/2010, p. 20.
Texto II
“É verdade que eu saio menos de casa, mas desde que eu passei a usar a internet, conheci mais gente, em várias redes sociais. Também fiquei mais ligado no que rola no mundo e me divirto muito sozinho, por exemplo, baixando as músicas de que eu gosto.”
Mauricio Escorel, 17 anos, estudante do Ensino Médio. In: : Revista Na Ponta do lápis, ano VI, nº 14, julho/2010, p. 21.
09
Em relação aos dois textos, percebe-se que eles são
11
(SARESP-2011). Leia o texto abaixo.
DOBRADURA: ÁRVORE DE NATAL
Com seis folhas de papel ofício ou seis de cartolina, você poderá construir lindas árvores de Natal, pequenas ou grandes.
1. Junte bem as folhas de papel ou de cartolina. Costure ou grampeie pelo meio, onde está pontilhado no modelo.
2. Dobre pela costura e desenhe a árvore. Recorte.
3. Abra cada gomo de papel para formar a árvore. Decore-a com bolinhas ou contas. Será um lindo enfeite para sua mesa de Natal.
(Gualba Pessanha. Plim Plim: dobraduras de papel. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1978.)
Segundo o texto, quem quiser fazer essa dobradura deverá
12
(SARESP-2011). Leia o texto abaixo.
Vamos acabar com esta folga
O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo.
De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali dentro.
Houve a surpresa inicial, motivada pela provocação e logo um turco, tão forte como o alemão, levantou-se de lá e perguntou:
– Isso é comigo?
– Pode ser com você também – respondeu o alemão.
Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos.
“Até que, lá do canto do café levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de picardia para perguntar, como os outros:”
– Isso é comigo?
O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e ... pimba! O alemão deu-lhe um empurrão com tanta força que quase desmonta o brasileiro.
Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame.
Termina aí que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros.
(Stanislaw Ponte Preta. O melhor da crônica brasileira)
Nesse texto, em que momento o conflito se instala?
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