QUIZ 13: PORTUGUÊS 8° ANO
01
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda.
Amor em letras
Aryane Silva
Enquanto passava um café agora, não sei porque, lembrei de uma atendente da livraria Saraiva do Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro. Recordo do rosto dela como se estivesse na minha frente nesse exato momento: morena, magra, cabelos curtos, estilo Halle Berry. Entrei na loja, no final do expediente, estava acompanhada da minha amiga Kátia (se não me engano e sei que ela não vai lembrar), já esperando grosseria ou má vontade da menina, já que era final de dia e a livraria estava cheia.
Tomei um belo tapa na cara e vivi uma das experiências mais encantadoras da minha vida. Além de nos atender com aquele sorriso no rosto (não o plástico e sim o natural), a mulher sacava tudo de livros. T U D O! Eu me senti um grãozinho de areia perto dela. Sabia os autores, do que cada livro falava, que outro livro o mesmo autor escreveu, em que ano, se foi premiado ou não. Eu fiquei perplexa com a sabedoria dela, mesmo eu já tendo lido uns 200 títulos pela vida (acho que chega a isso). [...]
Disponível em: https://amoremletras.wordpress.com/2014/0 3/15/memoria-literaria. Acesso em: 08 maio 2017.
No trecho “ Além de nos atender com aquele sorriso no rosto (não o plástico e sim o natural), a mulher sacava tudo de livros”, ao utilizar a expressão “não o plástico”, o autor quis
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 02 e 03.
Que Deus te abençoe, meu filho
Tenho a concepção ideológica de não dar esmola. Seja por não ajudar a solucionar o problema, seja por condicioná-lo à comodidade, válido para jovem, adulto, até mesmo artista cênico; mesmo porque qualquer um que aprende habilidades manuais com tamanha destreza em tão pouco tempo merece ser chamado de artista. O problema sempre será mais profundo que essa ponta que aparece nos semáforos. Mas outro dia furtei-me de meus princípios. Deve ser porque não resisto a um velhinho. Olhar idoso, voz idosa, com mão estendida, cortam meu coração em pedaços que mágico nenhum consegue juntar. Tentei ignorar, passei como se não fosse comigo aquela voz rouca daquela senhora sentada no meio da rua. Seu cobertor só cobria as pernas até a altura das coxas. Sua mão estendida, mesmo frente à minha indiferença, soou mais alto que qualquer palavra. Parei. Voltei. Das moedas que tinha no bolso nenhuma restou comigo. Ao entregar, percebo algo que tocou-me ainda mais. Além de idosa pedinte, o que já é um desespero para qualquer olhar otimista para o mundo, percebo que também é cega. Seu olhar reto no horizonte, agradecendo pela mísera doação feita, comprovou minha suspeita.
[...]
Disponível em: https:// cronicassimples.wordpress.com/2010 06/07/que-deus-te-abencoe-meu-filho. Acesso em: 02 maio 2017.
02
No trecho “Mas outro dia furtei-me de meus princípios. ”, a palavra “furtei-me” significa
04
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2017). Leia os textos e, a seguir, responda.
Texto I
Corte de árvores
Estão acabando com as árvores grandes de Goiânia e não estão replantando como deveriam. Sou goianiense, portanto, me preocupo com o que estão fazendo com nossas árvores. Acho que aqueles que estão no comando de alguns órgãos públicos não têm o mínimo de comprometimento com a cidade. Lamentável não podermos fazer nada contra tanta ignorância.
Rodrigo Reis
Setor Sul
Texto II
Quantas árvores serão mortas em Goiânia como justificativa o fato de serem exóticas? Nossos antepassados não são originários desta região nem por isso perdemos o direito de vivermos aqui. Um estrangeiro, após alguns anos, adquire o direito de naturalizar-se brasileiro. Por que as árvores não têm o mesmo direito? Essas árvores foram trazidas e plantadas por alguém, não escolheram viver aqui. Se pudessem teriam escolhido um lugar onde a sociedade respeita a vida, independentemente de serem árvores ou pessoa, exóticas ou nativas.
Fernando Keny Gomes Campos
Nova Vila – Goiânia
Cartas publicadas na seção de Cartas dos leitores do Jornal O Popular.
As opiniões dos leitores em relação ao corte de árvores são
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, as questões 05 e 06.
Evolução das técnicas de treinamento levaram a maior longevidade de atletas
Citius, altius, fortius. A máxima de que conquistas no apogeu do esporte estão reservadas aos mais rápidos, mais altos e mais fortes sobrevive intacta ao tempo. À tríade se incluía outro fator, que ao longo dos anos ditou a tendência de façanhas competitivas: a juventude.
Ainda que não oficialmente, ela se impunha como decreto. Atletas com mais de 30 anos, na ampla maioria das modalidades do esporte, já eram considerados veteranos ou fora do páreo em grandes competições.
Nos últimos anos, contudo, o conceito mudou. Principalmente em razão da evolução da tecnologia e das técnicas de treinamento, dentro e fora do Brasil, o alto nível deixou de ser terra de homens e mulheres recém-saídos da adolescência –ou mesmo ainda na adolescência– para ver campeões com cada vez mais idade.
Os Jogos Olímpicos, principal evento do planeta, reforçam essa constatação. Em 30 anos, a idade média dos participantes saltou de 25 anos para um ápice de 26,97 nos Jogos do Rio, em agosto passado, de acordo com informações do COI (Comitê Olímpico Internacional).
[...]
"O desempenho físico do atleta diminui com a idade devido à perda de massa muscular. Nos últimos anos, houve uma mudança de cultura com a adoção de mais treinos de força, o que possibilita que atletas mais velhos mantenham massa muscular e força", afirma Irineu Loturco, diretor técnico do Núcleo de Alto Rendimento, centro de treinos e pesquisas baseado em São Paulo.
Loturco também cita o maior conhecimento em aspectos de treinamento como fator preponderante para alongar a expectativa de carreira dos atletas. "Antes havia excesso de treino, e hoje a intensidade assume um papel muito superior ao do volume. A regra é menos tempo e mais intensidade, e isso contribui para conservar o atleta."
"Os atletas no geral vão, em média, competir por mais tempo e atingir idades maiores de maneira competitiva."
Júlio Serrão, do laboratório de biomecânica da USP, endossa a tese. Mas acrescenta que os profissionais que hoje trabalham com equipes esportivas são mais qualificados do que no passado. "Conhecimento repercute na ponta, que é o alto rendimento. Hoje se consegue controlar muito mais os fatores de preparação. Antes o cara ia treinar e quem cuidava dele era Jesus", brinca Serrão.
Segundo o professor, a biomecânica foi a adição mais recente e transformadora para a longevidade dos competidores. O ramo teve boom de desenvolvimento na década passada, quando rompeu barreiras acadêmicas e chegou ao alto rendimento. Ele considera que os esportes mais afetados são natação, atletismo e futebol.
"Que a média de idade dos esportistas vai crescer, não tenho muita dúvida. Mas o quanto, a gente ainda não sabe dizer", complementa. As ciências do esporte também compreendem a parte psicológica. "Atualmente, o mais velho não é aquele fora da briga, mas sim o mais experiente e bem preparado."
"Sem a barreira física, atletas derrubaram crenças pré-estabelecidas, como a de que tem de se aposentar com tantos anos, e quebraram esse paradigma", afirma a psicóloga Sâmia Hallage.
Disponível em: http://temas.folha.uol.com.br/longevidade-no-esporte/ introducao/evolucao-das-tecnicas-de-treinamento-leva- a-maior-longevidade-de-atletasshtml?cmpid=menutopo. Acesso em: 09 maio 2017.
05
A opinião de Júlio Serrão (expressa no 9º parágrafo) em comparação à opinião de Irineu Loturco sobre o maior conhecimento em aspectos de treinamento como fator preponderante para alongar a expectativa de carreira dos atletas é
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 07 e 08.
Bonito e danoso coral-sol avança pelo litoral e vira motivo de preocupação
Bonito para contemplação em mergulhos, mas um vilão para o ambiente marinho. Assim pode ser definido o coral-sol, espécie nociva que vem ganhando cada vez mais espaço na costa brasileira e preocupa especialistas por sua rápida proliferação.
Apelidado de "sol" pelo formato e cores amarelas e laranja, esse coral pode ser comparado a uma "erva daninha" do mar, por suprimir outros corais e proporcionar perda em funções do ecossistema.
"É o típico exemplo de que as aparências enganam. É muito bonito, mas também muito malvado para o habitat marinho", diz Kelen Luciana Leite, chefe em Alcatrazes, no litoral norte de São Paulo, do núcleo de gestão integrada do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Por não ser nativo, explica, o coral-sol não faz integração com outros animais marinhos e causa uma das mais graves consequências, que é a quebra da cadeia alimentar.
Segundo Kelen, os corais estão na base dessa cadeia. Quando algo se altera, todo o ciclo é prejudicado. "O coral-sol se prolifera absurdamente mais rápido que os demais tipos e domina o sistema que serve de alimentação para várias espécies, incluindo peixes e tartarugas."
[...]
Ambientalistas tentam evitar que o mesmo aconteça com outras áreas, como o Arquipélago de Alcatrazes, em São Sebastião, conhecido por ser uma área preservada e onde já estão instaladas muitas colônias do coral invasor.
Para evitar avanço maior, expedições são realizadas para retirar as colônias. Segundo Kelen, as ações são difíceis e caras, mas importantes. Cada colônia forma outras cinco a cada três meses.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ 201705/1880264-bonito-e-danoso-coral-sol -avanca-pelo-litoral-e-vira-motivo-de -preocupacao.shtml>.Acesso em: 09 maio 2017.
07
Em qual dos trechos está expressa uma opinião?
09
(SEDUCE-GO - 4ª P.D - 2017). Leia os textos e, a seguir, responda.
Texto I
Autor: Ziraldo Alves Pinto Traz a história do Menino Marrom e do Menino Cor-de-Rosa, dois garotos que sem querer acabam discutindo questões como racismo e diferenças.
Disponível em: http://claudia.abril.com.br/sua-vida/ 20-dicas-de-livros-infanto-juvenis.. Acesso em: 08 maio 2017.
Texto II
O livro O menino marrom, escrito e ilustrado por Ziraldo, foi editado, pela primeira vez, no ano de 1986. A narrativa é construída a partir de vários temas, que se entrelaçam: as diferenças, os valores humanos, a amizade, o comportamento, a curiosidade, as questões raciais...
Na narrativa, tudo acontece a partir da história de dois meninos: o menino marrom (personagem protagonista) e o menino cor-de-rosa (personagem secundário).
A imagem do menino marrom é construída através da ilustração do autor e das características do personagem apresentadas no texto.
Explorando o uso metafórico da linguagem, Ziraldo descreve o menino marrom através de imagens formadas por semelhanças.
Era uma vez um menino marrom. Ele era um menino muito bonito. Sua pele era cor de chocolate. Chocolate puro, não aqueles misturados com leite.(...)
Os olhos dele eram muito vivos, grandes. As bolinhas dos olhos pareciam duas jabuticabas: pretinhas. Aliás, pretinhas não. Jabuticabas não são pretas. Para falar a verdade, tem muito pouca coisa realmente preta na natureza. Se você for examinar bem a jabuticaba, vai descobrir que ela é roxa-muito-preta.(...)
O menino marrom tinha os dentes claros, certinhos, certinhos. Pareciam as teclas de um piano.(...)
Quando o menino ria, era aquela luz no meio do seu rosto marrom.(...)
Quando o autor apresenta o menino cor-de-rosa, ocorrem questionamentos e reflexões a respeito das cores e dos tons da pele. Por curiosidade, questões raciais são levantadas, pelos próprios personagens.
As dúvidas dos personagens é que vão motivar as ações da narrativa e vão permitir que o menino marrom e o menino cor-de-rosa construam as suas próprias identidades. Eles se tornaram amigos inseparáveis, mas tentam compreender suas diferenças, apesar de nunca terem se preocupado, nem um pouquinho, com isto. Eles tinham estado juntos, praticamente desde o dia em que nasceram, brincando, conversando, inventando coisas, brigando, rolando na grama, dando socos um na cara do outro, fazendo as pazes, brigando de novo, passeando pela praça, jogando na escola, sempre juntos, sempre às gargalhadas, sempre inventando moda. E nunca tinham se preocupado com o fato de um ser de uma cor e o outro ser de outra. E agora eles queriam saber o que era branco e o que era preto e se isto fazia os dois diferentes.
Os amigos, espertos e curiosos, dentre outras coisas, decidem descobrir juntos o mistério das cores e acabam fazendo muitas outras descobertas, compreendendo questões como:.com as diferenças humanas, a valorização de identidade, a diversidade étnica-racial...
O final do livro mostra que a vida tem suas prioridades, suas necessidades. Os meninos cresceram e se separaram por conta das opções de vida que fizeram, mas a amizade persistiu.
Um é craque de basquete e o outro, de voleibol; um já está quase formado e o outro não estuda mais - ou os dois já se formaram, todos dois já são doutores - já nem posso precisar. Só sei que um desistiu de tocar a bateria e o outro fez um samba e gravou uma canção; um está tocando flauta e o outro, violão. Um deles já se casou - se casou eu não sei bem - e o outro perdeu a conta das namoradas que tem. (...) Um dos dois é muito alegre e o outro mais quietinho; um faz piadas com tudo e os dois riem juntos. Um é um cara ótimo e o outro, sem qualquer dúvida, é um sujeito muito bom.
Um já não é mais rosado e o outro está mais marrom. Mergulhe de corpo e alma nesta leitura. O livro O menino marrom, de Ziraldo, deixa espaços livres para que o leitor reflita, com leveza, assuntos polêmicos como: atitudes discriminatórias, intolerância racial, diversidade étnica, valores como a verdadeira amizade...
Disponível em: http://cristinasaliteraturainfantilejuvenil.blos. com.br/2014/09/o-menino-marrom-de-ziraldo.html. Acesso em: 08 maio 2017.
Em relação ao assunto, os textos I e II são
11
(SAEMS). Leia o texto abaixo e responda.
O segredo do baiacu
Entre as curiosas criaturas que habitam o fundo do mar, tenho uma curiosidade especial pelo baiacu. Em um minuto, o pequenino peixe está nadando tranquilamente e no outro… Puf! Enche-se de água, assumindo uma forma bem maior e arredondada – o que funciona como uma bela estratégia de proteção, já que dificulta que ele seja comido por predadores. Mas como será que isso acontece?
Para descobrir, os biólogos Renata Mari, do campus do Litoral Paulista da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, e Matheus Rotundo, da Universidade Santa Cecilia, estudaram duas espécies do peixe em São Vicente, São Paulo: o baiacu-de-espinho e o baiacu-pintado. Eles descreveram o sistema digestório dos animais para entender melhor sua já conhecida relação com o curioso mecanismo de defesa dos bichos.
“Nossas observações mostraram a existência de um tipo de bolsinha na região final do esôfago desses peixes, que pode ser enchida de água quando eles se sentem ameaçados, permitindo que aumentem de tamanho”, explica.
Apesar de famoso, esse não é o único mecanismo de defesa dos baiacus: algumas espécies possuem espinhos e até um veneno bem tóxico. “Geralmente, quanto menor é a espécie, mais veneno o baiacu tem, pois não consegue inflar tanto seu corpo e precisa se defender de outra forma”, conta Renata.
Mesmo sendo venenoso, o baiacu faz parte da alimentação humana e é, inclusive, uma iguaria muito requintada em algumas culturas. Para comê-lo, é preciso limpar muito bem o peixe e retirar todo o veneno. No entanto, Renata explica que, futuramente, pode ser que a substância não seja descartada. “Já existem estudos que avaliam o uso do veneno como analgésico e para controlar dependências químicas”, completa.
Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/o-segredo-do-baiacu/. Acesso em: 29 jul. 2014. Fragmento.
Esse texto apresenta uma opinião no trecho:
12
(Prova Brasil). Leia o texto abaixo e responda:
As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.
A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa” (3° parágrafo), é
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