Quiz 18: PORTUGUÊS - 3ª Série (Ens. Médio)
02
(SEAPE). Leia o texto abaixo.
Incrível, espantoso, magnífico, assustador
Na verdade, o sonho de consumo de todo escritor [...] em início de carreira era um computador. Mas na época essas máquinas mágicas custavam as mãos, os olhos e a alma. Sendo assim, a máquina elétrica já significa um grande progresso. Ela, a incrível, espantosa, magnífica, assustadora Praxis 20 veio no meu aniversário. Ou no Natal. Não lembro bem. [...]
Antigos hábitos custam a desaparecer. Eu continuava escrevendo nos cadernões e só depois que a versão definitiva do texto estava pronta eu a digitava. O computador era apenas para “passar a limpo”. Mas quem diz que existem versões definitivas neste mundo? Quem escreve sabe disso. Mesmo depois de publicado um livro, o autor continuará revendo seu texto, cortando aqui, aumentando ali, mudando obsessivamente cada detalhe. Foi assim que os antigos contos datilografados também migraram para o “vasto” disco rígido do LC II. Foi assim que os pobres cadernos foram abandonados e os novos textos começaram a ser escritos diretamente no computador. [...]
Então veio a internet e o hiperespaço. E com eles o e-mail, os sítios de busca e os de relacionamento, as revistas e os jornais e os dicionários e as enciclopédias on-line, as livrarias e os sebos virtuais, os podcasts e os broadcasts, os jogos para infinitos jogadores. E a vasta e tumultuada rede de blogues. Sim, a incrível, espantosa, magnífica, assustadora, blogsfera.
OLIVEIRA, Nelson de. Blablablogue. São Paulo: Terracota, 2009. Fragmento.
A expressão “... custavam as mãos, os olhos e a alma.” (1° parágrafo) tem o sentido de
04
(SAEPE). Leia o texto abaixo.
A geração “Eu”
O iPod pode formar crianças sem interesse pelo mundo Os tocadores de música digital vêm causando danos aos usuários – e não se fala aqui de problemas auditivos. Os jovens andam tão entretidos com suas músicas que deixam de interagir com os demais. É comum ver adolescentes fazendo os deveres no supermercado, com os pais e mesmo entre amigos, com os fones nos ouvidos. [...]
A psicóloga americana Jean Twenge deu até um nome para os jovens entre 18 e 36 anos, mais individualistas que as gerações anteriores: a Generation Me (Geração Eu), título de seu livro. Para os mais novos, nascidos entre 1991 e 1999, infl uenciados pelas inovações tecnológicas, ela propõe outra denominação: a iGeneration.
Pode-se fazer algo? Sim. Os pais devem incentivar as atividades coletivas e limitar o tempo passado com fones de ouvido – duas horas de egoísmo é um bom limite.
Revista da Semana. 14 jan. 2008, p. 21. Fragmento.
O Texto defende a ideia de que
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(SADEAM). Leia o texto abaixo.
Direito às ciclovias
Quem vivencia as cidades brasileiras – vivendo no sentido intenso da palavra, sem se acomodar apenas com a sua vidinha pessoal – conhece a importância das bicicletas como modalidade de transporte urbano, tanto do ponto de vista da sustentabilidade ambiental quanto diante da precariedade dos transportes coletivos [...].
Pois bem, a bicicleta foi inventada em 1790 (de madeira e impulsionada com os pés, embora quatro séculos antes desse feito Leonardo da Vinci já a tivesse desenhado com pedais e correntes). Em 1898, veio ao Brasil apenas para consumo e diversão dos riquíssimos barões do café, e apenas em 1948 começou a ser fabricada no país e se tornou popular. A magrela ou bike, como é carinhosamente chamada por muitos apaixonados em nosso país – e largamente utilizada como meio eficiente de locomoção especialmente na China e Holanda – pode ser uma excelente ferramenta de mobilidade e acessibilidade eficaz e agregadora. Daí a importância de implementar os projetos de circulação (ciclovias, ciclofaixas, circulação partilhada), de sinalização (vertical, horizontal, semafórica), de estacionamento (bicicletários, paraciclos), de campanhas educativas (para ciclistas, usuários de outros veículos e pedestres), da definição da área de abrangência (com a definição de limites extremos – interesse, necessidade, limite físico) e integração com outros meios de transporte equipados para tal. Além de alternativas viáveis como linhas de crédito para população de baixa renda na aquisição de bicicletas e equipamentos de proteção pessoal.
HELENA, Heloísa. Correio Braziliense. 30 jul. 2011. Fragmento.
O trecho “... largamente utilizada como meio eficiente de locomoção especialmente na China e Holanda...” (2° parágrafo) é uma estratégia argumentativa baseada
06
(AREAL). Leia o texto abaixo.
Capítulo I
Milkau cavalgava molemente o cansado cavalo que alugara para ir do Queimado à cidade do Porto do Cachoeiro, no Espírito Santo.
Os seus olhos de imigrante pasciam na doce redondeza do panorama. Nessa região, a terra exprime uma harmonia perfeita no conjunto das coisas: nem o rio é largo e monstruoso precipitando-se como espantosa torrente, nem a serra se compõe de grandes montanhas, dessas que enterram a cabeça nas nuvens e fascinam [...]. O Santa Maria é um pequeno filho das alturas, ligeiro em seu começo, depois embaraçado longo trecho por pedras que o encachoeiram, e das quais se livra num terrível esforço, mugindo de dor, para alcançar afinal sua velocidade ardente e alegre. Escapa-se então por entre uma floresta sem grandeza, insinua-se vivaz no seio de colinas torneadas e brandas, que parecem entregarem-se complacentes àquela risonha e úmida loucura... Elas por sua vez se alteiam graciosas, vestidas de uma relva curva que lhes desce pelos flancos, como túnica fulva, envolvendo-as numa carícia quente e infinita. A solidão formada pelo rio e pelos morros era naquele glorioso momento luminosa e calma. Sobre ela não pairava a menor angústia de terror.
Absorto na contemplação, Milkau deixava o cavalo tomar um passo indolente e descontraído [...]. Tudo era um abandono preguiçoso, um arrastar lânguido por entre a tranquilidade da paisagem. Os humildes ruídos da natureza contribuíam para uma voluptuosa sensação de silêncio. A aragem mansa, o sussurro do rio, as vozezinhas dos pequeninos insetos ainda tornavam mais sedativa e profunda a inquebrantável imobilidade das coisas.
ARANHA, Graça. Canaã. 4. ed. São Paulo: Ática, 2002. Fragmento.
No segundo parágrafo desse texto, qual o elemento da narrativa está em evidência?
07
(SAEPE). Leia o texto abaixo.
O choro do bebê
A primeira coisa que o bebê faz logo que nasce é chorar. Essa situação é deveras importante, na medida em que, graças ao primeiro choro, ocorre a transição da circulação fetoplacentária para a respiração independente.
O choro permite ao bebê inspirar o ar, expandir os pulmões e realizar as trocas gasosas que asseguram o eficaz funcionamento do seu organismo e a adaptação à vida extrauterina.
Nesse sentido, o choro é normal nos bebês ainda que seja, frequentemente, causa de ansiedade e desespero de muitos pais e famílias.
O bebê é incapaz de dizer o que precisa ou o que sente, recorrendo, dessa forma, a sinais corporais, como mexer os pés e as mãos energeticamente, virando constantemente a cabeça, entre outros.
No entanto, o choro é o melhor instrumento de comunicação que o bebê possui, permitindo-lhe chamar a atenção do meio que o envolve do modo mais rápido e eficaz.
Nas primeiras semanas, os pais sentem maior dificuldade em decodificar o choro do seu bebê, mas com o tempo e à medida em que vão interagindo com o filho, aprendem a reconhecer certas diferenças no choro e a agir de acordo com as necessidades do bebê.
Disponível em: http://saudeinfantilfeira.blogspot .com/2007/12/o-choro-do-beb.html. Acesso em: 25 mar. 2010. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
O objetivo comunicativo desse texto é
08
(SAEPI). Leia o texto a seguir
Carta
Meu caro poeta,
Por um lado foi bom que me tivesses pedido resposta urgente, senão eu jamais escreveria sobre o assunto desta, pois não possuo o dom discursivo e expositivo, vindo daí a dificuldade que sempre tive de escrever em prosa. A prosa não tem margens, nunca se sabe quando, como e onde parar. O poema, não; descreve uma parábola trancada pelo próprio impulso (ritmo); é que nem um grito. Todo poema é, para mim, uma interjeição ampliada; algo de instintivo, carregado de emoção.
[...] Como vês, para isso é preciso uma luta constante.
A minha está durando a vida inteira. O desfecho é sempre incerto. Sinto-me capaz de fazer um poema tão bom ou tão ruinzinho como aos 17 anos. Há na Bíblia uma passagem que não sei que sentido lhe darão os teólogos; é quando Jacob entra em luta com um anjo e lhe diz: “Eu não te largarei até que me abençoes”. Pois bem, haverá coisa melhor para indicar a luta do poeta com o poema? Não me perguntes, porém, a técnica dessa luta sagrada ou sacrílega. Cada poeta tem de descobrir, lutando, os seus próprios recursos. Só te digo que deves desconfiar dos truques da moda, que, quando muito, podem enganar o público e trazer-te uma efêmera popularidade.
QUINTANA, Mário. A carta. Disponível em: http://www.fabiorocha.com.br/mario.htm. Acesso em: 26 nov. 2009. Fragmento.
No Texto, qual é o trecho que confirma o foco narrativo em primeira pessoa?
09
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Enciclopédia: de antigamente
Antigamente, tínhamos o costume de ir às bibliotecas municipais ou das escolas e recorrer à enciclopédia para tirar dúvidas e fazer pesquisas de trabalhos escolares. Pode soar estranho ao leitor o advérbio “antigamente”, pois vários de nós cultivamos este hábito somente há algumas décadas. Acontece que a enciclopédia como plataforma de pesquisa já é considerada obsoleta na prática escolar e cotidiana da grande maioria dos jovens, que, além de nem conhecer aquelas enormes coleções de “livrões”, já adquiriu como suporte de pesquisa algo mais tecnológico: o smartphone.
A primeira enciclopédia surgiu em 1772 a partir da publicação de 33 volumes escritos por vários colaboradores e organizados pelos pensadores Diderot e D’Alembert. [...] Desta maneira, a enciclopédia tinha a pretensão de reunir todo o “conhecimento universal”, científico e empírico, baseado na razão, na técnica e na experimentação. E é justamente por manter este rótulo de “universal”, que, ao longo dos séculos, as enciclopédias tinham a necessidade de ser atualizadas e sofriam críticas por esses e outros motivos.
Com o advento da internet, a busca pelas enciclopédias diminuiu ao longo dos anos, visto que a agilidade e o rápido acesso se tornaram aliados fundamentais dos pesquisadores e dos jovens alunos [...]. Desse modo, é interessante notarmos a evolução das plataformas de pesquisas gerais disponíveis a pesquisadores [...] ao longo do tempo, as quais mudam o suporte de leitura (de papel a telas touch), o tamanho e a desenvoltura dos textos, mas a busca pelo conhecimento se mantém, seja no revolucionário século XVIII ou no ousado século XXI.
MEDEIROS, Karla O. Armani. Disponível em: http://www.odiarioonline.com.br/ noticia/42722/enciclopedia-de-antigamente. Acesso em: 1 out. 2015. Fragmento.
Nesse texto, há uma opinião no trecho:
10
(PAEBES). Leia o texto abaixo.
Piada
A menina foi visitar a avó no campo. A avó tinha uma criação enorme de aves, e a menina, que morava na cidade, ficou encantada. E de repente, passeando pela fazenda da avó, ela viu um pavão. Voltou correndo para casa e, toda alegre, avisou à vovó:
– Vovó! Vovó! Uma de suas galinhas está dando flor!
Para você morrer de rir. Belo Horizonte: Leitura, 2001, p. 13.
No trecho “Uma de suas galinhas está dando flor!”, o ponto de exclamação reforça a ideia de
11
(SAERJ). Leia o texto abaixo.
Estresse animal
Os animais estão cada vez mais sendo acometidos pelo estresse, que, segundo a veterinária Monisa Corraini, pode desencadear problemas gástricos ou até mesmo a agressividade. O sintoma costuma surgir em períodos grandes de fome ou sede, viagens longas, com a falta ou excesso de exercícios, solidão, mudanças na rotina, em ambientes conturbados, durante o banho e tosa, nas consultas veterinárias, participação em exposições ou competições.
Os bichinhos necessitam de dedicação e qualidade de vida para serem felizes.
Viva Saúde, edição especial de aniversário, n. 73, p. 79.
No trecho “Os bichinhos necessitam de dedicação e qualidade de vida para serem felizes.”, o uso do diminutivo na palavra destacada deve-se
12
(SPAECE). Leia os textos abaixo.
Texto 1
Pra Dizer Adeus
Você apareceu do nada
E você mexeu demais comigo
Não quero ser só mais um amigo
Você nunca me viu sozinho
E você nunca me ouviu chorar
Não dá pra imaginar quando
É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus
Pra dizer jamais
Às vezes fico assim pensando
Essa distância é tão ruim
Por que você não vem pra mim?
Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis chamar
Não dá pra imaginar quando
É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus
Pra dizer jamais
Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis...
Não dá pra imaginar quando
É cedo ou tarde demais
Pra dizer adeus
Pra dizer jamais
É cedo ou tarde demais...
Disponível em: http://letras.terra.com.br/titas/48994/. Acesso em: 27 out. 2010.
Texto 2
O lenço dela
Quando a primeira vez, da minha terra
Deixei as noites de amoroso encanto,
A minha doce amante suspirando
Volveu-me os olhos úmidos de pranto.
Um romance cantou de despedida,
Mas a saudade amortecia o canto!
Lágrimas enxugou nos olhos belos...
E deu-me o lenço que molhava o pranto.
Quantos anos contudo já passaram!
Não olvido porém amor tão santo!
Guardo ainda num cofre perfumado
O lenço dela que molhava o pranto...
Nunca mais a encontrei na minha vida,
Eu contudo, meu Deus, amava-a tanto!
Oh! quando eu morra estendam no meu rosto
O lenço que eu banhei também de pranto
AZEVEDO, Álvares. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/avz6.html#olenco. Acesso em: 18 maio 2012.
Um aspecto comum a esses dois textos refere-se
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