domingo, 4 de outubro de 2020

Quiz 04: PORT. - 2ª Série (Ens. Médio)

Quiz 04: PORTUGUÊS - 2ª Série - Ensino Médio
Quiz 04: PORTUGUÊS - 2ª Série - Ensino Médio

01
(SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

Clarice Lispector

    "Então, escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não-palavra — a entrelinha — morde a isca, alguma coisa se escreveu."

Revista Na Ponta do Lápis, Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro, nº 23, dezembro de 2013, p. 3.

Nesse contexto, a palavra isca sugere

A
B
C
D
E

    Alternativa "A".

(Créditos da resolução: ??.)


    Leia o texto abaixo e, a seguir, responda aos itens 2 e 3.

CAZUZA "MOSTRA SUA CARA": PRIMEIRA EXPOSIÇÃO DO MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA A HOMENAGEAR UM POETA-CANTOR.

"Eu vejo o futuro repetir o passado /Eu vejo um museu de grandes novidades/ O tempo não para".

Escrito por Gil Neto

Sex, 06 de Dezembro de 2013 15:21

    Chego cedo. Sol forte brilhando tudo. Antes de entrar no Museu, a exposição antecipa-se. Há desconhecidos mostrando suas caras nos muros. Tenho sentimento fluido de que cada um deles carrega algo de crítica e amor nascido do homenageado.

    Logo de cara, música ao fundo como se estivesse na fila de um show já iniciado. Deparo-me com uma galeria de rostos e ideias: retratos gigantes, do tipo 3x4, dependurados, feito banners estampando mais tantos anônimos rostos. Cada um traz impresso na face um fragmento poético do artista. Uma floresta de versos a pulsar na emoção leitora.

    Somos fisgados por letras gigantes, vermelhíssimas. Salpicam nos olhos buscadores e formam o nome do homenageado: CAZUZA. Leio rápido no espalhado assimétrico das letras como objetos únicos.

    Algo me tinge de melodia a emoção e a expectativa. Ouço sons, palavras libertas voando aos meus ouvidos como se cantassem todas as irreverências acalantadas nos poemas do compositor. Sigo o corredor de espelhos ("Mergulho na mente do poeta") com trechos de músicas do artista projetados em leds, com efeitos que formam ambiente sensorial e emocional.

    Entro no espaço que nos conta pelas páginas de um álbum ilustrado dançando no escuro e na nossa imaginação todas as influências recebidas por Cazuza no seu fazer literário. Estarreço-me de encanto em saber que chegou a ler 112 vezes o Água Viva, de Clarice. Isso é mais que leitura. É revestir-se de toda emoção e sentimento perpassado pelas linhas e entrelinhas da escritora tão amada como se quisesse ser o próprio dizer vivo de Lispector.

    Depois a sala ― Cazuza, Juventude e Rock'n roll‖. Nela entramos em contato com depoimentos de personalidades e amigos de Cazuza que falam sobre questões relacionadas à juventude: a rebeldia, a transgressão e a universalização do comportamento inconformado dos jovens.

    Logo mais um corredor, das "Palavras flutuantes", com cartazes parecidos com os das manifestações de rua, com palavras-chaves das canções de Cazuza.

    Respiro toda uma atmosfera transformadora de que a música é capaz de criar. Este feito é de Cazuza. Seu lirismo é rocha na MPB. O rock ganha nova tradição. Seu dizer faz algo novo nascer na nossa música popular. O poeta nos concede seu vislumbre de uma nova lógica social almejada, querida, forjada em versos e palavras e música.

    Cazuza e suas palavras compõem o cenário de sua época a impulsionar o tempo. Busca amor sem saber ao certo onde encontrá-lo, sabendo-o ser necessário eficaz. Rebelde e contestador, Cazuza encarnou a figura do jovem de sua época: vivia de forma intensa e queria mudar o mundo. Entretanto, soube como poucos transformar sentimentos e paixões em poesia. Seus versos fortes e sua personalidade irreverente marcaram a história da música brasileira e vêm influenciando gerações até hoje, vinte e três anos após sua morte.

    Fico imaginando o que andará pela cabeça e coração de tantos visitantes adolescentes que aqui circulam. Sinto-os mais que visitantes. Embarcam na viagem pela obra e vida do artista. Saem do eixo cotidiano, envolvem-se e se emocionam. Como eu. Que julgo ter um coração sem idades.

    Percebo que a face política de Cazuza ganha espaço fecundo na exposição.

    Perpassa durante a visita toda a geração do artista que vivenciou o período da ditadura e participou intensamente do processo de abertura política do país. Por esse viés político a exposição conecta, por certo, o compositor com a juventude do agora.

    Podemos curtir a sala "Poesia e Música" dedicada à intensa relação entre poesia e canção. Por meio de recursos da computação gráfica, pílulas de conteúdo contextualizam esse "casamento" e também mostram como Cazuza traz o cenário político brasileiro para as composições.

    Na sala "O Tempo não para", através de animações vislumbramos um paralelo entre seis momentos da vida de Cazuza e da história brasileira: os grandes marcos da trajetória política e social do país. Há espaços interativos: na sala "Cante com Cazuza" há pedestal, microfone, telão e som. Quem se aventurar escolhe entre "Ideologia" e "Exagerado" e canta com Cazuza, num descontraído e íntimo karaokê.

    Os banheiros ganham status de "Altar". Recebem luzes e projeções dos shows e da irreverência do artista. Do lado de fora vivemos um momento quase íntimo: os óculos escuros, escova de dentes, par de tênis, um manuscrito em papel amassado e outros objetos pessoais.

    Ainda há a sala "A arte de escrever canções", pedagogicamente muito interessante. Nela há estações individuais com monitores touchscreen que desvendam a estrutura poética das músicas, mostram o que são versos e refrões e como as rimas e assonâncias são construídas por Cazuza. Podemos ouvi-lo cantando a música analisada.

    Na sala "Cazuza por Cazuza", composta por grandes livros cenográficos, são projetadas palavras-chave. E por meio de um sensor em cada livro, podemos escolher uma delas e ouvir o que Cazuza nos diz sobre o tema. É ali que os olhos da gente se encantam com fotos gigantes e expressivas do artista cobrindo o ambiente.

    Percebo que a exposição não é totalmente biográfica.

    Há um intento sutil e importante que é a maneira com que Cazuza faz poesia em música. Saio cantando alguns dos versos impregnados de viver e relembranças da vida que vai e de Cazuza. Reconheço-me nos seus versos ainda ecoando na boca do mundo. Sinto-me como ele por alguns instantes: romântico e despudorado.

Disponível em: http://www.escrevendoofuturo .org.br/index.php?option=com_ content&view=article&id=1517:gilneto&catid =4:blog-do-gil&Itemid=41. Acesso em 04 de abril de 2014.

02
(SEDUC-GO).

No trecho "Estarreço-me de encanto em saber que chegou a ler 112 vezes o Água Viva, de Clarice." (5º parágrafo) o termo sublinhado indica que o autor ficou

A
B
C
D
E

    Alternativa "C".

(Créditos da resolução: ??.)


03
(SEDUC-GO).

Pode-se afirmar que a exposição sobre Cazuza descrita pelo autor causou-lhe

A
B
C
D
E

    Alternativa "A".

(Créditos da resolução: ??.)


04
(SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

Disponível em: https://www.google.com.br/search? q=tirinhas+do+mauricio+ricardo& espv=2&es_sm=93&tbm= isch&tbo=u&source =univ&sa=X&ei=_nxFU_faGaqT0QHB1oCABw&ved

Na expressão "é a mesma frase que sua mãe usa pra você não ir pra balada!" As palavras destacadas revelam um locutor que faz uso da linguagem

A
B
C
D
E

    Alternativa "B".

(Créditos da resolução: ??.)


Leia o texto abaixo e, a seguir, responda aos itens 5, 6, 7 e 8.

Texto 1

A VIOLÊNCIA NÃO É UMA FANTASIA

Lya Luft

    A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas escolhas individuais.

    Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite, temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e treinados porteiros.

    As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de instituições e autoridades.

    Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos adolescentes que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos, em geral organizados na internet.

    É natural e bom que grupos de jovens queiram se distrair: passear pelos corredores, alegres e divertidos, ir ao cinema, tomar um lanche, fazer compras. Porém correr, saltar pelas escadas rolantes, eventualmente assumir posturas agressivas ou provocadoras e bradar palavras de ordem não é engraçado.

    Derrubar crianças ou outros jovens, empurrar velhas e grávidas, não medindo consequência de suas atitudes, não é brincadeira. Shoppings são lugares fechados, com grande número de pessoas, e, portanto, podem facilmente virar perigosos túneis de pânico.

    Juventude não é sinônimo de grossura e violência (nem de inocência e ingenuidade). Neste caso, os que perturbam são jovens mal-educados (a meninada endinheirada também não é sempre refinada…) ou revoltados.

    Culpa deles? Possivelmente da sociedade, que por um lado lhes aponta algumas vantagens materiais, por outro não lhes oferece boas escolas, com muito esporte também em fins de semana, nem locais públicos de prática esportiva com qualidade (esportistas famosas como as tenistas irmãs Williams, meninas pobres, começaram em quadras públicas americanas).

    Parece que ainda não se sabe como agir: alguns jornalistas ou psicólogos e antropólogos de plantão, e gente de direitos humanos às vezes tão úteis, acham interessante e natural o novo fenômeno, recorrendo ao jargão tão gasto de que "as elites" se assustam por nada, ou "as elites não querem que os pobres se divirtam", e "os adultos não entendem a juventude".

    Pior: falam em preconceito racial ou social, palavrório vazio e inadequado, que instiga rancores. As elites, meus caros, não estão nos nossos shoppings; estão em seus iates e aviões pelo mundo.

    No momento em que as manifestações violentas de junho estão aparentemente calmas (pois queimam-se ônibus e crianças, há permanentes protestos menores pelo Brasil), achar irrestritamente bonito ou engraçado um movimento juvenil é irresponsabilidade. E é bom lembrar que, com shoppings fechando ainda que por algumas horas, os empregados perdem bonificações, talvez o emprego.

    As autoridades (afinal, quem são os responsáveis?) às vezes parecem recear uma postura mais firme e o exercício de autoridade: como pode ocorrer na família e na escola, onde reinam confusão e liberalismo negativo. Queremos ser bonzinhos, para desamparo dessa meninada.

    Todos devem poder se divertir, conviver. Mas cuidado: exatamente por serem jovens, os jovens podem virar massa de manobra. Os aproveitadores de variadas ideologias, ou simplesmente os anarquistas, os violentos, estão sempre à espreita: já começam a se insinuar entre esses adolescentes ou a organizar grupos de apoio a eles — certamente sem serem por eles convidados.

    Bandeiras, faixas, punhos erguidos e cerrados e palavras de ordem não são divertimento, e nada têm a ver com juventude. Não precisamos de mais violência por aqui. É bom abrir os olhos e descobrir o que fazer enquanto é tempo.

Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo -setti/politica-cia/lya-luft-a- violencia-nao-e-uma-fantasia. Acessado em 09/04/2014.

05
(SEDUC-GO).

A tese defendida pela autora do texto é de que

A
B
C
D
E

    Alternativa "C".

(Créditos da resolução: ??.)


06
(SEDUC-GO).

O argumento que melhor defende a tese da autora do texto é de que:

A
B
C
D
E

    Alternativa "A".

(Créditos da resolução: ??.)


07
(SEDUC-GO).

No trecho "Porém correr, saltar pelas escadas rolantes, eventualmente assumir posturas agressivas...", o termo destacado estabelece uma relação de

A
B
C
D
E

    Alternativa "C".

(Créditos da resolução: ??.)


08
(SEDUC-GO).

Em qual das citações abaixo está expressa um fato?

A
B
C
D
E

    Alternativa "E".

(Créditos da resolução: ??.)


Leia o texto abaixo, releia o texto 1 e, a seguir, responda aos itens 9 e 10.

Texto 2

Ricardo Setti

    "É a onda preocupante do verão. São os "rolezinhos" — aglomerações, por vezes gigantes, de jovens que entram simultaneamente em algum shopping center.

    Jovens em geral mais pobres do que a frequência média dos shoppings, o que desperta pelo menos dois sentimentos: 1) o temor de arrastões, devido à triste tradição brasileira no setor; 2) o puro e simples preconceito, a odiosa suposição de que, por serem jovens e, em geral, de uma camada social de presença pouco habitual nos shoppings mais luxuosos, muitos deles não brancos, são automaticamente suspeitos de bandidagem.

    A preocupação já bateu no Palácio do Planalto. A presidente Dilma encomendou avaliações sobre os eventos, preocupada com a eventualidade de os baderneiros e vândalos black blocs resolverem se infiltrar nos "rolezinhos". A Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) está reunindo, hoje, em São Paulo, 45 representantes de shoppings paulistas para organizar algum tipo de ação do setor frente ao fenômeno.

    Conforme informou o site da VEJA, a entidade também deve promover reuniões emergenciais no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, onde estão marcados os próximos eventos do tipo.

    A reação de vários shoppings tem sido histérica, a ponto de obterem, na Justiça, liminares em mandado de segurança para proibirem aglomerações em suas dependências ou mesmo aplicar multas em quem participa dos atos.

    Por causa disso, novos "rolezinhos" foram convocados no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Brasília "em apoio" aos ocorridos em São Paulo e na Grande São Paulo. Das declarações de autoridades a respeito do tema, foi bastante sensata a do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira. Segundo ele, a Polícia Militar deve atuar com força somente caso ocorram tumultos nos eventos. "Não é função de a polícia fazer a segurança nos shoppings", disse o secretário. "O papel dela é preservar a ordem. Mas se houver tumulto, ela vai aplicar a força policial."

    É fundamental que, diante da sucessão de "rolezinhos" programados, as autoridades tenham em mente, de um lado, o sagrado direito de ir e vir dos cidadãos — e os shoppings, embora privados, são locais públicos, sendo ilegal vedar o acesso a eles com base na aparência das pessoas — e, de outro, a necessidade de manter a ordem diante da baderna. A linha que separa o exercício de um direito do abuso desse direito nem sempre é clara. Há, portanto, que haver bom senso e equilíbrio."

Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo -setti/politica-cia/os-tais-rolezinhos -em-shopping-centers-estaono-limite-tenue -entre-o-direito-sagrado-de-ir-e -vir-e-a-perturbacao-da-ordem-as- autoridades-nao-podem-se- precipitar-e-praticar- abusos-no-trato-da-ques/

09
(SEDUC-GO).

Os textos 1 e 2 falam sobre

A
B
C
D
E

    Alternativa "D".

(Créditos da resolução: ??.)


10
(SEDUC-GO).

As opiniões dos autores do texto 1 e do texto 2 em relação às aglomerações violentas (rolezinhos) dos jovens nos shoppings centers são

A
B
C
D
E

    Alternativa "E".

(Créditos da resolução: ??.)


11
(SEDUC-GO). Leia a tirinha para responder as questões 11 e 12.

Disponível em Acesso em: 12/01/2009.

Na tirinha, a expressão “de verdade” foi destacada em negrito para

A
B
C
D
E

    Alternativa "E".

(Créditos da resolução: ??.)


12
(SEDUC-GO).

O humor desse texto se deve ao fato de

A
B
C
D
E

    Alternativa "A".

(Créditos da resolução: ??.)






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