QUIZ 02: PORTUGUÊS 8° ANO
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2013). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questões 01, 02 e 03.
Os Invasores
Mário Quintana
Há muito que os marcianos invadiram o mundo: são os poetas e como não sabem nada de nada limitam-se a ter os olhos muito abertos e a disponibilidade de um marinheiro em terra... Eles não sabem nada nada - e só por isso é que descobrem tudo.
Os invasores/Mário Quintana. Coleção Literatura em minha casa. 8ª série. Poesia. Amores diversos, v.1,São Paulo, 2003.
01
Os poetas só descobrem tudo porque
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2013). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questões 06, 07 e 08.
Memórias de livros
João Ubaldo Ribeiro
Não sei bem dizer como aprendi a ler. A circulação entre os livros era livre (tinha que ser, pensando bem, porque eles estavam pela casa toda, inclusive na cozinha e no banheiro), de maneira que eu convivia com eles todas as horas do dia, a ponto de passar tempos enormes com um deles aberto no colo, fingindo que estava lendo e, na verdade, se não me trai a vã memória, de certa forma lendo, porque quando havia figuras, eu inventava as histórias que elas ilustravam e, ao olhar para as letras, tinha a sensação de que entendia nelas o que inventara. Segundo a crônica familiar, meu pai interpretava aquilo como uma grande sede de saber cruelmente insatisfeita e queria que eu aprendesse a ler já aos quatro anos, sendo demovido a muito custo, por uma pedagoga amiga nossa. Mas, depois que completei seis anos, ele não aguentou, fez um discurso dizendo que eu já conhecia todas as letras e agora era só uma questão de juntá-las e, além de tudo, ele não suportava mais ter um filho analfabeto. Em seguida, mandou que eu vestisse uma roupa de sair, foi comigo a uma livraria, comprou uma cartilha, uma tabuada e um caderno e me levou à casa de D. Gildete.
João Ubaldo Ribeiro. Um brasileiro em Berlim. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011
06
“Em seguida, mandou que eu vestisse uma roupa de sair, foi comigo a uma livraria, comprou uma cartilha, uma tabuada e um caderno e me levou à casa de D.Gildete”. Os acontecimentos narrados neste último período do texto desencadeiam que fato na narrativa?
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2013). Leia os textos abaixo e, a seguir, responda as questões 09 e 10.
Leitores comentam condenação da Comurg, pelo TRT de Goiás, a readmitir operário, dependente químico, demitido por justa causa.
Muito justa! O crack é uma questão de saúde pública. Não basta pegar o usuário e jogá-lo pra debaixo do tapete, descartá-lo, porque esse tapete já está um calombo, impossível não perceber o que está por debaixo dele. O crack desestrutura, desorganiza o dependente. Muitos dependentes vão atrás de tratamento, no entanto, não há locais pra acolhê-los, não há assistência. É muito caro um tratamento particular, muitos não têm condições financeiras para realizar o tratamento. Assim, a empresa precisa realizar um trabalho de apoio para acompanhar esse funcionário e tentar recuperá-lo.
M.M
O dependente não é uma pessoa normal, deve ser tratado, como os portadores de LER e outras doenças, o mundo evoluiu, temos que ver o ser humano com outros olhos, e não descartar como um lixo.
N.S
Todos apoiam, pois é um empregado de empresa pública, se fosse de empresa particular de algum que aqui comentou, a ideia seria bem diferente.
E.C
Cartas publicadas na seção de Cartas dos leitores do Jornal O Popular, em 18/10/2012.
09
O que deu origem às opiniões dos leitores foi o fato de
(SEDUCE-GO). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 11 e 12.
E vem o Sol
João Anzanello Carrascoza
Tinham acabado de se mudar para aquela cidade. Passaram o primeiro dia ajeitando tudo. Mas, no segundo dia, o homem foi trabalhar, a mulher quis conhecer a vizinha. O menino, para não ficar só num espaço que ainda não sentia seu, a acompanhou.
Entrou na casa atrás da mãe, sem esperança de ser feliz. Estava cheio de sombras, sem os companheiros. Mas logo o verde de seus olhos se refrescou com as coisas novas: a mulher suave, os quadros coloridos, o relógio cuco na parede. E, de repente, o susto de algo a se enovelar em sua perna: o gato. Reagiu, afastando-se. O bichano, contudo, se aproximou de novo, a maciez do pelo agradando. E a mão desceu numa carícia.
O menino experimentou de fininho uma alegria, como sopro de vento no rosto. Já se sentia menos solitário. Não vigorava mais nele, unicamente, a satisfação do passado. A nova companhia o avivava. E era apenas o começo. Porque seu olhar apanhou, como fruta na árvore, uma bola no canto da sala. Havia mais surpresas ali. Ouviu um som familiar: os pirilins do videogame. E, em seguida, uma voz que gargalhava. Reconhecia o momento da jogada emocionante. Vinha lá do fundo da casa o convite. O gato continuava afofando-se nas suas pernas. Mas elas queriam o corredor. E, na leveza de um pássaro, o menino se desprendeu da mãe. Ela não percebeu, nem a dona da casa. Só ele sabia que avançava, tanta a sua lentidão: assim é o imperceptível dos milagres.
Enfiou-se pelo corredor silencioso, farejando a descoberta. Deteve-se um instante. O ruído lúdico novamente atraiu o menino. A voz o chamava sem saber seu nome.
Então chegou à porta do quarto - e lá estava o outro menino, que logo se virou ao dar pela sua presença. Miraram-se, os olhos secos da diferença. Mas já se molhando por dentro, se amolecendo. O outro não lhe perguntou quem era nem de onde vinha. Disse apenas: quer brincar? Queria. O Sol renasceu nele. Há tanto tempo precisava desse novo amigo.
Disponível em: http://novaescola.org.br/lingua-portuguesa/ pratica-pedagogica/vem-sol-423512.shtml. Acesso em: 15 ago. 2016.
11
No trecho “Disse apenas: quer brincar? Queria. O Sol renasceu nele. Há tanto tempo precisava desse novo amigo.”, ao utilizar a expressão “O Sol renasceu nele.” o autor quis reforçar o quanto o menino ficou
Adorei esse quis é muito bom 😍
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