QUIZ 3: PORTUGUÊS 3° ANO
01
(SAEPE). Leia o texto abaixo.
Filhos do Coração
De: Gabriela de Palhano e Rogério Lima
O sonho da empresária Ana Fabíola Gonçalves é ter uma família grande; entre o pequeno Yuri, de apenas 9 meses, e Ian, de 13 anos, cabe mais um irmão. Fabíola tenta adotar uma criança de 5 ou 6 anos. “É como se faltasse alguma coisa”, diz a mãe.
Nos abrigos, a espera também é longa – muitas vezes de dois ou três anos.
Enquanto isso, as crianças vivem uma infância sem família. Num dos abrigos que visitamos, um menino conta o que ele pede na hora de rezar: “Peço um pai, uma mãe, alguém cuidando da gente”.
Qual é a dificuldade para unir esses destinos? O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que a prioridade é que os filhos voltem para as famílias biológicas, mas não há prazos pra que isso ocorra; os processos judiciais podem levar anos. (...) Enquanto isso, a fila para a adoção é grande. (...)
O promotor Sávio Bittencourt diz que a sociedade precisa discutir, com urgência, o tempo que a Justiça leva para decidir que uma família é incapaz de cuidar dos fi lhos que abandonou. “(...) Quantas vezes são tentadas reintegrações frustradas, em que a criança volta pra passar final de semana com seus pais biológicos e sofre violências, insultos? Aí ela volta para o abrigo mais uma vez, num novo abandono.
Essas situações vão se repetindo porque nós queremos que o vínculo biológico seja respeitado, enquanto o que importa, na verdade, é a afetividade da família”, defende o promotor. (...)
O juiz Francisco Oliveira Neto (..) diz que o ideal é diminuir a permanência das crianças nos abrigos; mas, para ele, mais importante do que fixar prazos é tentar todos os recursos para reaproximar pais e filhos...
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Esse texto trata da
02
(SAEPE). Leia o texto abaixo.
“Fiquei chocada ao ler que foi achado na Capital mais um meio para veicular anúncios: o cesto do lixo. Mas fiquei muito mais chocada mesmo foi quando li num painel do metrô: Anuncie no Metrô.
Tinha vivido na ilusão de que as estações e trens do metrô seriam salvos da invasão de anúncios. Durante algum tempo me alegrei com a ilha de tranqüilidade das paredes do metrô, no meio do mar de propaganda que é a Capital. O sonho se desfez.
Vivemos na sociedade de consumo, onde o ser humano é unicamente visto como consumidor. Uma sociedade onde ele é perseguido pela propaganda, através da TV, rádio, revistas, abrigos de ônibus, cartazes e outdoors em toda parte e qualquer canto.
Uma sociedade que lhe tira todo sossego e paz, ao ouvir, ver e ler ininterruptamente: coma, vista, use, calce, tome, beba, procure, adquira isso e aquilo.”
Folha de S. Paulo, 14 jan. 1985. A palavra do leitor. (Adapt.)
No trecho “... no meio do mar de propaganda que é a Capital.”, a expressão destacada indica que as propagandas
03
(SABE). Leia os textos abaixo.
BILHETE DE PASSAGEM RODOVIÁRIO
DIREITOS DOS PASSAGEIROS – VÁLIDO PARA LINHAS INTERESTADUAIS
(Decreto Federal n. 2521/98)
● Receber os comprovantes dos volumes transportados nos bagageiros.
● Ser indenizado por extravio ou dano da bagagem transportada no bagageiro.
● Receber a diferença no preço da passagem, quando a viagem se faça, total ou parcialmente, em veículos de características inferiores às daquele contratado.
● Transportar, gratuitamente e no colo, crianças de até 5 (cinco) anos de idade.
Pode-se inferir desse texto que crianças menores de cinco anos
04
(SABE). Leia o texto abaixo.
Festa Junina
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades que ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que essa festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seria em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, essa festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal). Naquela época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da Península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/musicacultura /historia_festa_junina.htm. Acesso em: 10 dez. 2009.
Segundo esse texto, os historiadores acreditam que a festa junina é uma herança
05
(SABE). Leia o texto abaixo.
Alma carioca com influência norte-americana, é assim que podemos definir essa manifestação artístico-musical, que se solidificou no nosso país no final dos anos cinquenta.
Com sua maneira peculiar de “cantar falando”, traço marcante herdado do jazz americano, [...] encantou o Brasil com o seu jeito novo de tocar.
Hoje, ela é um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos mundialmente, particularmente eternizada por ícones como João Gilberto, Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes e Luiz Bonfá.
MAIA; Karina; DANTAS, Miguel. Disponível em: http://www.revistafoco-rn.com/mosaico_consulta.php?id=3. Acesso em: 1 jun. 2011.
Esse texto refere-se
06
(SABE). Leia os textos abaixo.
Disponível em: www.oslevadodabreca.com. Acesso em: 29 ago. 2009.
Texto 2
CUIDADOS COM A CATAPORA
Clima seco e dias mais quentes. Receita propícia à propagação de vários vírus, inclusive o da catapora, que tem tirado o sossego de muitas crianças na região Sul de Minas. O médico pediatra José Alencar Faleiros, de Varginha, explica que atualmente os casos da doença reduziram bastante em função das vacinas, mas mesmo assim ainda preocupam. Isso porque, uma vez instalada, a catapora requer cuidados, principalmente quando surge acompanhada de febre. Os anti-inflamatórios e vacinas não devem ser ministrados para não interferir no processo normal da doença. Nos casos de febre, analgésicos à base de dipirona são os mais aconselháveis.
Para diminuir a coceira, banhos com permanganato.
Jornal Hoje em dia, 03 set. 2009.
Esses dois textos tratam de
07
(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:
O homem que entrou pelo cano
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.
Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (4° parágrafo), o verbo empregado representa, no contexto, uma marca de:
08
(PAEBES). Leia o texto abaixo.
Texto 1
Quanto bicho no Brasil!
Tem a onça e o veado,
tem também tamanduá.
Tem a anta, tem a paca,
papagaio e carcará.
Tem mico-leão-dourado,
tem calango e jabuti,
ararinha-azul-pequena
e o meu cachorro Tupi.
Dizem que essa bicharada
pode desaparecer.
Que perigo, vejam só!
Eu já sei o que fazer:
esses bichos são bonitos
e precisam de carinho.
Vou tomar muito cuidado
e esconder meu cachorrinho!
BANDEIRA, Pedro. Mais respeito, eu sou criança. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2002. p. 75.
Texto 2
Procura-se
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma festa
onde o homem não mate
nem bicho nem homem
e deixe em paz
as árvores na floresta.
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma dança
e mesmo as pessoas mais graves
tenham no rosto um olhar de criança.
MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2004. p. 22-23.
O que esses textos têm em comum é que os dois
09
(PAEBES). Leia os textos abaixo e responda.
Texto 1
A vespa
A vespa faz parte da ordem dos himenópteros. É um inseto que possui dois pares de asas membranosas, dos quais o posterior é menor. A vespa caça diferentes insetos, como as lagartas, para alimentar suas próprias larvas, o que acaba sendo benéfico para as plantas. Por outro lado, atraída pelo odor das nossas refeições, ela vem nos incomodar e nos amedrontar no verão, por causa de suas picadas doloridas. Mas ela só ataca quando se sente ameaçada. E faz isso com a ajuda de um ferrão existente na extremidade do abdome e ligado a uma glândula de veneno. Ao contrário das abelhas, a vespa guarda o ferrão assim que pica alguém e, assim, é capaz de picar várias vezes seguidas.
Existem mais de 9 mil espécies de vespas, cujo tamanho pode variar de 1 a 2 cm de comprimento. Seu abdome, normalmente listrado de amarelo e preto, pode também ser preto e vermelho. Todas possuem um par de olhos compostos e três ocelos. Entre as inúmeras espécies, algumas são solitárias (caçadoras), outras são sociais e vivem em grupo num ninho chamado vespeiro.
DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol Brasil Edições Ltda, 2008. p.12.
Texto 2
A abelha
Assim como as vespas, as abelhas fazem parte da ordem dos himenópteros. Existem 20 mil espécies de abelhas, das quais mil são sociais, como a abelha-europeia.
Insetos extremamente úteis, elas nos proporcionam mel e cera e desempenham um importante papel ecológico para as plantas. A abelha se alimenta de néctar e também de pólen que, espalhado sobre seu corpo, é transportado de uma flor para outra. Isso favorece a polinização das plantas.
As abelhas são espetaculares na organização de sua sociedade e de seus comportamentos sociais. Em seu ninho, chamado colmeia, existem inúmeros indivíduos, cada um com um importante papel a desempenhar. A rainha põe os ovos (até 2.500 por dia); milhares de operárias recolhem o néctar que, colocado nos alvéolos, dará o mel, com o qual elas se alimentam. Dependendo da idade, uma operária também se ocupa da postura (ovos, larvas e ninfas), faz a aeração, arruma e repara a colmeia.
Quando sai à procura de alimento, uma abelha é capaz de comunicar às companheiras a exata localização do “banquete”, indicando o caminho por meio de danças.
DE BECKER, Geneviéve (trad.). Insetos. São Paulo: Girassol Brasil Edições Ltda, 2008. p. 14. *Adaptado: Reforma Ortográfica
O objetivo desses dois textos é
10
(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.
O gelo na Antártica está aumentando ou diminuindo?
[...] o gelo da Antártica está aumentando e diminuindo ao mesmo tempo. Explica-se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápida. “No entanto, isso representa menos de 2% do volume de gelo do continente. Enquanto isso, o gelo do manto, muito frio, algumas vezes abaixo de – 40 oC, está aumentando.
Conforme a atmosfera e o oceano estão aquecendo, mais água evapora e chega como neve ao interior do continente. Ou seja, um aquecimento global levará ao aumento de gelo na maior parte da Antártica. O ativista, Guarany Osório, coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele cita o caso da plataforma de gelo Wilkins, de cerca de 14 mil km2, que está prestes a se depreender da Península Antártica.
Atualmente, o bloco – “do tamanho da Jamaica”, compara Osório – é mantido por uma faixa de gelo de apenas 40 km de largura.
Galileu. abr. 2009 n. 213, p. 33.
Esse texto é um exemplo de
11
(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.
O gelo na Antártica está aumentando ou diminuindo?
[...] o gelo da Antártica está aumentando e diminuindo ao mesmo tempo. Explica-se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápida. “No entanto, isso representa menos de 2% do volume de gelo do continente. Enquanto isso, o gelo do manto, muito frio, algumas vezes abaixo de – 40 oC, está aumentando.
Conforme a atmosfera e o oceano estão aquecendo, mais água evapora e chega como neve ao interior do continente. Ou seja, um aquecimento global levará ao aumento de gelo na maior parte da Antártica. O ativista, Guarany Osório, coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele cita o caso da plataforma de gelo Wilkins, de cerca de 14 mil km2, que está prestes a se depreender da Península Antártica.
Atualmente, o bloco – “do tamanho da Jamaica”, compara Osório – é mantido por uma faixa de gelo de apenas 40 km de largura.
Galileu. abr. 2009 n. 213, p. 33.
No trecho “Explica-se: a camada que está...” (1° parágrafo), os dois pontos foram empregados para
12
(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.
FUGA
Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.
– Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.
Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas; não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.
– Pois então para de empurrar a cadeira.
– Eu vou embora – foi a resposta.
Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? – a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.
A calma que baixou na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão.
– Viu um menino saindo desta casa? Gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
– Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele. [...]
Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a despensa.
– Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
– Fico, mas vou empurrar esta cadeira.
E o barulho recomeçou.
SABINO, Fernando. Fuga. In: Para gostar de ler. V. 2 Crônicas. São Paulo: Ática, 1995. p. 18-19.
O conflito gerador desse texto tem início, quando o menino
Oi
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