Quiz 06: PORTUGUÊS - 1ª Série - Ensino Médio
Leia o texto e, a seguir, responda as questões 1, 2, 3 e 4.
Sermão de Santo Antônio
Vós, diz Cristo Senhor Nosso, falando com os Pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos que nela têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, e os Pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os Pregadores dizem uma coisa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem; ou é porque o sal não salga, e os Pregadores se pregam a si, e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal.
Disponível em: https://enem.estuda.com/questoes/?prova=537. Acesso em: 08 jun. 2018.
01
(MEC-CAED - ADF.)
O Sermão do Padre Antonio Vieira se vale de recursos metafóricos, como “o efeito do sal na terra” para abordar a temática. Nesse sentido, qual é o assunto principal do texto?
Alternativa "C".
(Créditos da resolução: ??.)
Alternativa "B".
(Créditos da resolução: ??.)
Leia o texto e, a seguir, responda as questões 05, 06 e 07.
A última crônica
Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um.
Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali.
A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho — um bolo simples, amareloescuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo.
O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração.
Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
Disponível em: http://www.releituras.com/i_samuel_fsabino.asp. Acesso em: 08 de jun. 2018.
05
(MEC-CAED - ADF.)
O cronista costuma ter sua atenção voltada para fatos do dia a dia ou veiculados em notícias de jornal e os registra com humor, sensibilidade, crítica e poesia. Ao proceder assim, qual dos seguintes objetivos o cronista espera atingir com seu texto?
Alternativa "E".
(Créditos da resolução: ??.)
Leia o texto e, a seguir, responda as questões 08, 09 e 10.
Paulo Leminski
Meus amigos
quando me dão a mão
sempre deixam
outra coisa
presença
olhar
lembrançacalor
meus amigos
quando me dão
deixam na minha
a sua mão
Disponível em: https://blogdocafil. files.wordpress.com/2009/04/ eminski-caprichos-e -relaxos-pdfrev.pdf. Acesso em: 11 jun. 2018.
08
(MEC-CAED - ADF.)
Na estrofe “presença/olhar/lembrançacalor”, o neologismo “lembrançacalor” foi criado pelo autor com a intenção de deixar evidente a sensação de
Alternativa "A".
(Créditos da resolução: ??.)
Leia o texto e, a seguir, responda as questões 11 e 12.
Cosplayers de super-heróis e Star Wars doam sangue e visitam ala de pediatria do Hugol, em Goiânia
Evento faz parte da ação ‘Junho Vermelho’, que visa fomentar a doação de sangue. Além da boa ação, grupo fez festa com crianças internadas na unidade.
Cosplayers de vários super-heróis e de personagens da saga Star Wars participaram de um evento para incentivar a doação de sangue, neste sábado (9), no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. A ação ocorre dentro da campanha “Junho Vermelho”, que visa fomentar as doações. Além disso, eles também visitaram as alas de pediatria da unidade.
O ato voluntário foi organizado pelo Conselho Jedi de Goiás e Grupo Cosplay Classe A. Representando vários personagens, eles, além das doações, fizeram a alegria das crianças internadas, com várias brincadeiras.
Alguns fãs de cosplayers aproveitaram o evento para também fazer uma boa ação e também doar sangue.
As doações vão abastecer o Banco de Sangue da unidade, que já recebeu mais de 19,4 mil doadores entre julho de 2015 e dezembro de 2017, dado mais atualizado do Hugol.
N este período de um ano, o hospital realizou mais de 25,7 mil transfusões. Apesar dos números, a instituição reforça que as doações devem permanecer frequentes para atender à demanda.
A unidade de coleta do Hugol tem capacidade para atender 100 doadores por dia e funcionar de segunda a sexta-feira das 7h às 18h30, e no sábado das 7h às 12h.
Disponível em: https://g1.globo.com/ go/goias/noticia/cospla yers-de-super-heroise- star-wars-doam-sangue -e-visitam-ala-de -pediatria-do-hugol -em-goiania.ghtml. Acesso em: 11 jun. 2018.
11
(MEC-CAED - ADF.)
O tema da notícia lida é o/a
Alternativa "E".
(Créditos da resolução: ??.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário