D9: PORTUGUÊS - 3º Série - Ensino Médio
D9: Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
01
(SEDUC-GO).
Leia o texto e, a seguir, responda.
A bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse "Legal!" Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à cura de alguma coisa.
— Como é que liga? - perguntou.
— Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
— Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
— Não precisa manual de instrução.
— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
— O quê?
— Controla, chuta...
— Ah, então é uma bola.
— Claro que é uma bola.
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê?
— Nada, não.
O garoto agradeceu, disse "Legal" de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Ball, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
— Filho, olha.
O garoto disse "Legal" mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa idéia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A bola. In: Comédias para se ler na Escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001).
Qual a ideia principal do texto?
02
(SEDUC-GO).
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Quem vai encarar o Facebook?
Felipe Vicilic
"Sua rede social é controlada por publicitários. Você é o produto comprado e vendido." Assim, com desmedido exagero, a startup americana Ello anunciou o lançamento de uma nova rede social online, de mesmo nome. O site pretende se consolidar como uma espécie de antiFacebook. Nas palavras da equipe: "Livre de propagandas. A Ello não vende dados sobre você". Parece utópico. Google e Facebook nasceram com proposta similar, mas logo abriram as portas para o bem-vindo dinheiro da publicidade, sem o qual ambos não sobreviveriam, muito menos se tornariam empresas bilionárias. Logo que foi lançada, em março, a Ello foi levada ao canto do ringue. A opinião geral era de que cederia. No mês passado, foi além, ao se tornar uma corporação de utilidade pública, categoria que nos Estados Unidos abrange empresas que se comprometem com metas sociais. Com isso, o compromisso de ser livre de anúncios e de não faturar com coleta de dados virou uma obrigação legal. [...]
VILICIC, Felipe. Quem vai encarar o Facebook? In: Revista Veja. Edição 2398. São Paulo: Editora Abril, 2014, p. 106.
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03
(SEDUC-GO).
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O direito à infelicidade
João Pereira Coutinho
Os manuais de autoajuda são exemplos de tirania. De pequenas tiranias consumidas por escravos dóceis e fiéis que acreditam em dois equívocos. O primeiro é conhecido: não existe manual de autoajuda que não apresente o infortúnio como um elemento estranho à condição humana. A tristeza é uma anormalidade, dizem. O fracasso não existe e, quando existe, deve ser imediatamente apagado, ordenam. Na sapiência dos manuais, a infelicidade não é um fato; é uma vergonha e uma proibição. O que implica o seu inverso: se a infelicidade é uma proibição, a felicidade é obrigatória por natureza. Obrigatória e radicalmente individual. Ela não depende da sorte, da contingência e da ação de terceiros: daqueles que fazem, e tantas vezes desfazem, o que somos e não somos. Depende, exclusiva, e infantilmente, de nós.
COUTINHO, João Pereira. O direito à infelicidade. Folha de S. Paulo, São Paulo, 30 ago. 2006, p. E2.
A ideia principal do texto é
04
(SEDUC-GO).
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Combater a dengue é tarefa de todos
É preciso que a população colabore na caçada aos transmissores, dentro de suas casas e quintais, locais de maiores propagações.
O verão, período mais propício à propagação da dengue, nem chegou, mas o país já se depara com número alarmante de óbitos. Nos oito primeiros meses do ano, foram registradas 693 mortes, 70% a mais do que no ano passado. O mesmo índice aplica-se ao Estado do Rio, que teve 10 óbitos no ano passado e até agora já soma 17. É a maior incidência desde que a doença começou a ser monitorada, em 1990. Portanto, já passa da hora de o poder público deflagrar medidas preventivas maciças contra o mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
Porque a guerra ao mosquito deve ser permanente, sem trégua ao transmissor. Se é sabido que os ovos do mosquito sobrevivem mais de doze meses, é imprescindível manter uma política permanente de controle o ano inteiro.
Mas ação do Estado só não basta. É preciso que a população colabore na caçada aos transmissores, dentro de suas casas e quintais, locais de maiores propagações. Para ganhar essa guerra, o combate ao mosquito tem que ser uma tarefa de todos.
Disponível em: http://odia.ig.com.br/noticia/ opiniao/2015-10-07/editorial-combater-a -dengue-e-tarefa-de-todos.html>. Acesso em: 19 abr. 2016.
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05
(SAEPE).
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Salve a música que nos salva
Caro Paulo,
O acelerador de partículas funcionou e não abriu o tal buraco negro que ia nos engolir a todos. Eu comemorei a conquista junto com os cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear. Mas, ao mesmo tempo, aumentou a intensidade da luz amarela que pisca no meu cérebro sem parar: nós, os seres humanos, estamos nos colocando numa posição de muito poder, para o bem e para o mal!
A ciência está chegando a um ponto de tamanha intimidade com a natureza que nós poderemos escolher se continuamos nossa evolução ou se damos um basta com um ponto-final na históna da humanidade. Nessa hora, eu peço socorro e inspiração à música.
A música é tão cultura como a ciência. Ambas são aprendizados que o homem tira da natureza. Só que, enquanto a ciência nos dá poder sobre a vida, a música nos aperfeiçoa como seres humanos.
"A música restaura nossa mente e nossa alma", dizia Bach. Nos faz seres humanos melhores, eu concluo.
GUIMARÃES, Ricardo. Trip. n 188. Fragmento.
A informação principal desse texto refere-se
06
(PAEBES).
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Nutricosméticos
Beleza de dentro para fora?
O ser humano viveu por muito tempo em selvas e cavernas. Nesses tempos pré-históricos, era grande a dificuldade para obter os nutrientes necessários para que o organismo se mantivesse vivo e atuante, e os primeiros humanos recorriam à caça e à coleta de raízes, frutas e sementes para conseguir seu alimento. Eles não conheciam formas de armazenar a caça e os materiais coletados, que se estragavam com facilidade. A procura por alimento, portanto, era sua principal atividade.
Para suportar períodos em que o alimento era escasso, o corpo humano tinha a capacidade (provavelmente herdada de seus ancestrais, que a adquiriram ao longo da evolução) de formar um reservatório de energia na forma de gordura, tecnicamente chamado de tecido adiposo. Se a comida era abundante, os indivíduos comiam o quanto podiam e a energia vinda do alimento que não era imediatamente usada no metabolismo fi cava acumulada nesse tecido. Quando faltava alimento, os que tinham bastante energia acumulada no corpo podiam sobreviver até que as condições melhorassem, e os que não tinham muitas vezes pereciam. Essa reserva de gordura não é mais necessária para o homem moderno. Ao contrário, o acúmulo exagerado de gordura no corpo faz mal à saúde.
O modo como os humanos encaram os alimentos, bem como as suas funções, sofreu modificações com o passar do tempo.
CHORILLI, Marlus. Ciência hoje. março de 2010, vol. 45, Nº. 268. Fragmento.
A ideia principal desse texto é que
07
(SAERO).
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Diabetes sem freio
A respeitada revista médica inglesa “The Lancet” chamou a atenção, em editorial, para o crescimento da epidemia de diabetes no mundo. A estimativa é de que os atuais 246 milhões de adultos portadores da doença se transforme em 380 milhões em 2025. O problema é responsável por 6% do total de mortes no mundo, sendo 50% devido a problemas cardíacos — doença associada à diabetes.
Galileu, nº 204, jul. 2008, p. 14.
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08
(SAEPE).
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Escolas off-line têm desempenho inferior
Levantamento feito pelo Ministério da Educação (MEC) descobriu que as escolas que usam computadores sem conexão com a Internet não ganham em desempenho. Ao contrário, chegam a ter piores notas médias em provas oficiais. O estudo foi feito tomando por base as notas obtidas por alunos brasileiros de 4ª série no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A conclusão do trabalho é que o acesso à rede mundial melhora os resultados dos estudantes em 5,5 pontos.
NOVA ESCOLA. São Paulo: Abril. n. 208. dezembro, 2008.
A informação principal desse texto é
09
(SAEPE).
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Educação ambiental: uma alternativa?
A educação ambiental é uma alternativa que parece não ter efeito. Isso acontece porque muita gente entende educação ambiental como verdismo, simplesmente passear em parques, visitar animais, promover e/ou participar de campanhas de separação de lixo. Mas isso é muito superficial. Isso é uma forma de separar a natureza em sua dimensão natural da sua dimensão interna. É como separar o mundo externo do mundo da sua própria casa, ou da instituição da escola. Então, educação ambiental é ressensibilização, tomada de consciência existencial, de como podem ser criados modos de ser, modos de vida, onde o cultivo das emoções positivas, dos valores, da vida simples, do que a nossa tradição herdou.
Essas tradições eram sustentáveis em termos de alimentação, de medicação natural. Por exemplo, o que os índios nos legaram. Só que tomamos um rumo chamado progresso que nos levou a essa situação de crise.
Disponível em: http://www.mundojovem.pucrs.br/-06-2009.php>. Acesso em: 22 dez. 2011. Fragmento.
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10
(SAEPE).
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Saiba: Carboidratos funcionam melhor misturados
Carboidratos simples, como frutas e geleias, aumentam sua energia. Os complexos, como pães e cereais integrais, ajudam a mantê-la alta.
Ovos: bombas de colesterol
Ovos são ótima fonte de proteína, mas seu consumo deve ser limitado a menos de 300 miligramas por dia – 200 miligramas se você tiver alguma doença cardíaca. Um ovo grande tem cerca de 215 miligramas. Sua omelete; um ovo inteiro mais duas ou três claras.
A gordura não é de todo má
É verdade. Ela tem muita caloria, mas também o faz sentir-se saciado. Espalhe um pouco de gordura boa, como pasta de amendoim, na primeira torrada, e é menos provável que você coma a segunda. E, não, manteiga comum não é gordura boa.
Go Outside Equilíbrio Total. 2008, p.70. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
A ideia principal desse texto é:
11
(SAEPI).
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DIABETES SEM FREIO
A respeitada revista médica inglesa “The Lancet” chamou a atenção, em editorial, para o crescimento da epidemia de diabetes no mundo. A estimativa é de que os atuais 246 milhões de adultos portadores da doença se transformem em 380 milhões em 2025. O problema é responsável por 6% do total de mortes no mundo, sendo 50% devido a problemas cardíacos — doença associada à diabetes.
Galileu. nº 204, jul. 2008, p. 14.
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(SPAECE).
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O aquecimento global
O aquecimento global é outro elemento que está merecendo bastante atenção entre os ambientalistas da África. Para muitos cientistas, o continente africano será, nos próximos 15 anos, um dos mais afetados com aumento da temperatura média da Terra. As monções procedentes do Oceano Atlântico e responsáveis pela chuva e pela umidade do ar não poderão ser apreciadas com tanta frequência nos próximos anos, em face dos desequilíbrios climáticos. O processo de evaporação da água será mais rápido, o que resultará na baixa umidade do solo que levará ao atrofiamento lento e gradual de toda vegetação da savana. Com esta possível alteração climática, inúmeras espécies de animais estarão na lista de extinção.
Mãe Terra. Ano I, n. 3, p. 29.
Em relação ao aquecimento global, a principal informação desse texto diz respeito