segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Quiz 6: PORTUGUÊS 8° ANO

Quiz 06: PORTUGUÊS 8° ANO
QUIZ 06: PORTUGUÊS 8° ANO

01
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2018). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 01, 02, 03 e 04.

Pneu furado

Fernando Veríssimo

   O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha.

   Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo “Pode deixar”. Ele trocaria o pneu.

   − Você tem macaco? − perguntou o homem.

   − Não − respondeu a moça.

   − Tudo bem, eu tenho − disse o homem − Você tem estepe?

   − Não − disse a moça.

   − Vamos usar o meu − disse o homem.

   E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.

   Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar.

   Dali a pouco chegou o dono do carro.

   − Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.

   − É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.

   − Coisa estranha.

   − É uma compulsão. Sei lá.

Disponível em: http://simplesmenteportugues.com.br- 2015\06. Acesso em: 01 mar. 2018.

Quem conta essa história é o/a

A
B
C
D


02
O que deu origem à narrativa?
A
B
C
D


03
O clímax da história acontece no momento em que
A
B
C
D


04
Conforme o texto, ao trocar o pneu do carro, o homem teve a intenção de
A
B
C
D


05
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2018). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 05 e 06.

Enem: temas da atualidade são tão importantes quanto conteúdo aprendido em aula

   Fórmulas, teorias e regras gramaticais não devem ser o único foco de quem está se preparando para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova costuma abordar também assuntos do cotidiano, tanto em perguntas específicas como em textos que subsidiam as questões. Por isso, a sugestão dos professores é que os alunos acompanhem de perto os principais acontecimentos no Brasil e no mundo.

   “Para a prova do Enem, saber do mundo é tão importante quanto o que vemos em sala de aula. Os acontecimentos na nossa história atual têm a capacidade de nos questionar constantemente sobre o que significa ser humano e viver em sociedade”, diz a professora de história Alba Cristina, da plataforma de ensino Me Salva!

   O professor de Geografia e Atualidades do curso Anglo, Axé Silva, aconselha os alunos a fazerem uma autoavaliação crítica sobre seus conhecimentos em atualidades e aperfeiçoar o que não estiver com segurança. “Diante desses temas, eles devem pensar um pouco na essência de cada um deles, e se ele se sente seguro sobre cada assunto. O que atrapalha muito o candidato é ele não confiar nele mesmo, é ter algumas inseguranças sobre alguns assuntos”. Ele também alerta para o cuidado com as notícias falsas e orienta os alunos a procurar sempre as fontes primárias de informações, como órgãos oficiais.

   [...].

   Segundo ele, questões de política da atualidade podem ser abordadas como motivo para se referir a outros momentos da história.

   [...]

Disponível em: http: agenciabrasil.ebc.com.br/educação/noticia/2017-10.Acesso em: 01 mar.2018.

No trecho “Diante desses temas, eles devem pensar um pouco (...)” (3º parágrafo), a palavra “eles” refere-se a

A
B
C
D


06
No trecho “Diante desses temas, eles devem pensar um pouco na essência de cada um deles...”, o termo “deles” refere-se a
A
B
C
D


07
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2018). Leia o texto e, em seguida, responda.

Dia de sol

   Um dia sem sol

   é um dia sem açúcar

   nem sal.

   Um dia sem sol

   é picolé sem gelo,

   é noite sem lua,

   é história parada,

   é fada enfadada,

   é bruxa dorminhoca,

   é domingo sem mesada,

   é boletim com vermelha,

   é um galo mudo,

   é fantasma aposentado,

   é falta de graça em tudo.

   Um dia de sol

   é um presente dos céus!

Elias José. Amor adolescente. São Paulo: Atual, 2009. p. 41.

Na estrofe “Um dia sem sol/é um dia sem açúcar/nem sal.”, entende-se que um dia sem sol é

A
B
C
D


08
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2018). Leia o texto e, em seguida, responda as questões 8, 9, 10 e 11.

Nossos netos não vão comer pastéis!

   Pode ser ignorância nossa, mas não sabíamos que o novo vilão do planeta é o óleo de cozinha! Sim, aquele usado pra fritar pastel, bife à milanesa e batata frita! Sabíamos que jogar óleo usado na pia podia causar um grande entupimento. E que uma das opções era jogá-lo na privada. Mas, como não somos cozinheiras de mão cheia e sabemos que frituras fazem a maior sujeira, nunca pensamos muito sobre o assunto óleo.

   Até agora começaram a pipocar notas sobre o “descarte do óleo”. Ou seja: como jogar aquele óleo usado fora!? Segundo os cientistas, o óleo dos pastéis pode ser o responsável por enchentes, morte dos fitoplânctons e até pelo aquecimento global! E não pense que isso não tem a ver com você para quem cozinha é ovo na manteiga. Porque, agora, comer uma coxinha é quase um crime contra o planeta, se você pensar bem.

   Deve ser por isso que algumas cozinheiras guardam o óleo velho e usado numa lata sinistra, geralmente embaixo da pia. Elas deixam lá até pensarem numa maneira melhor de jogar o tal óleo assassino de fitoplânctons. Devem ir acumulando latas e latas de óleo, em silêncio, por anos. E, depois, sem saber o que fazer, colocam tudo aquilo numa Kombi, desaparecem pelo mundo e passam a viver na clandestinidade, cheias de culpa.

   Os ecologistas recomendam que você entregue o óleo para ONGs que fazem reciclagem ou façam sabão caseiro. Sim, um sabão caseiro com o óleo velho! Que nem naquele filme Clube da luta, em que os sabonetes das madames eram feitos com a gordura da lipoaspiração. Eca! Só de pensar nisso já desistimos de comer qualquer coisa frita para sempre! Ou de usar sabonete.

   Uma coisa nos deixou tristes: o fato de que talvez nossos netos (se tivermos algum) nunca conhecerão o sabor de um delicioso bife à milanesa ou de um pastel de queijo. Pense nas feiras sem barraca do pastel. Certamente, ir à feira vai ficar mais triste.

   Porque, se a gente tiver que levar latas de óleos velhos para reciclagem ou usar sabão com odor de fritura, vamos adotar só alimentos cozidos. No vapor.

   A vida fica cada dia mais triste no planeta Terra. E, por enquanto, vamos nos entupir de pastel para esquecer isso.

   Momento de histeria.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/folhatee/fm1709200710.htm. Acesso em: 01 mar. 2018.

No trecho “... o óleo dos pastéis pode ser o responsável por enchentes...”, a expressão “ser o responsável” permite inferir que o óleo dos pastéis causa

A
B
C
D


09
No terceiro parágrafo, no trecho “colocam tudo aquilo numa Kombi...”, a expressão “tudo aquilo” é usada para substituir
A
B
C
D


10
No trecho “Mas, como não somos cozinheiras de mão cheia (...)”, a expressão “cozinheiras de mão cheia” significa que as cozinheiras são
A
B
C
D


11
Em “... vamos nos entupir de pastel para esquecer isso.”, a expressão “vamos nos entupir” significa que as narradoras vão
A
B
C
D


12
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2018). Leia o texto e, a seguir responda.

Disponível em: http://nakatiguria.blogspot.com.br/2012/05 /nesse-anuncio-publicitario-o-autor.html

Considerando o contexto do cartaz, a expressão “um gato” indica que, com o banho e a tosa, o cão sai

A
B
C
D




Quiz 5: PORTUGUÊS 8° ANO

Quiz 05: PORTUGUÊS 8° ANO
QUIZ 05: PORTUGUÊS 8° ANO

(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 01, 02, 03 e 04.

APRENDA A CHAMAR A POLÍCIA

Luiz Fernando Veríssimo

   Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.

   Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.

   Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço.

   Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.

   Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.

   Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!

   Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.

   Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.

   No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.

   Eu respondi: – Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/humor/1861951 . Acesso em: 24 nov. 2016.

01
No trecho “Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.”, a linguagem é
A
B
C
D


02
De acordo com o texto, o narrador afirmou que sua casa era segura e por isso
A
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C
D


03
O narrador dessa crônica é
A
B
C
D


04
No trecho “Eu respondi: – Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.”, o narrador quis ser
A
B
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(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 05, 06, 07, 08, 09 e 10.

Que medo de te perder!

Denise Mota

A maioria dos usuários se sente desprotegida e ansiosa ao perceber que está sem o celular; veja se o seu apego ao aparelho é preocupante

   

   Você sente o chão se abrir sob seus pés diante da suspeita de estar sem celular? Você e a maioria: 83% dos brasileiros usuários de smartphones disseram se sentir "perdidos", "nervosos" ou "ansiosos" ao perceber que saíram sem o aparelho.

   Na pesquisa, feita em oito países pela revista "Time" e pela Qualcomm, 35% dos brasileiros disseram consultar o celular a cada dez minutos ou menos; e 74% afirmaram dormir com ele perto da cama.

   Comportamentos do tipo vêm sendo grosseiramente enfeixados sob o termo "nomofobia" (derivado do inglês, "no mobile", medo da falta do celular). Mas especialistas pedem calma com isso.

   "A nomofobia é uma dependência patológica do celular – diferente de uma dependência normal, associada ao uso intenso por conta do trabalho ou por necessidades reais de comunicação", diz Anna Lucia Spear King, doutora em saúde mental e pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração da UFRJ.

   "É como qualquer outra fobia, com sintomas típicos de um transtorno de ansiedade", diz ela, que investigou o tema em sua tese de doutorado, defendida em março.

   King comparou pessoas consideradas sadias com pacientes de síndrome do pânico. Entre os "saudáveis", 34% afirmaram experimentar alto grau de ansiedade sem o telefone e 54% disseram ter "pavor" de passar mal na rua e não ter o celular.

   "Os sintomas são alteração da respiração, angústia, ansiedade e nervosismo provocados pela falta do aparelho."

   A pesquisa da "Time" ouviu 5.000 consumidores de tecnologias móveis no Brasil, nos EUA, na China, na Índia, na Indonésia, na Coreia do Sul, no Reino Unido e na África do Sul entre 29 de junho e 28 de julho. Do total de consultados, 79% afirmaram sentir-se incomodados sem o celular. Na China e na Indonésia, o índice chega a 90%.

   O Brasil aparece como o país de pais mais liberais: 11 anos foi a idade mínima indicada aqui para que uma criança tenha seu primeiro celular. A média internacional foi de 13 anos. A margem de erro da pesquisa é de 2,5%.

   [...]

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.brfsp/equilibrio/749 46-que-medo-de-te-perder.shtml. Acesso em: 23 nov. 2016.

05
Qual é a finalidade desta reportagem?
A
B
C
D


06
A reportagem tem como tema o/a
A
B
C
D


07
No trecho “Cresce a popularidade do termo ‘nomofobia’, mas o distúrbio não é catalogado...”, a palavra “distúrbio” se refere a
A
B
C
D


08
No trecho “Entre os ‘saudáveis’, 34% afirmaram experimentar alto grau de ansiedade sem o telefone e 54% disseram ter ‘pavor’ de passar mal na rua e não ter o celular.”, a expressão “na rua” dá ideia de
A
B
C
D


09
No trecho “...35% dos brasileiros disseram consultar o celular a cada dez minutos ou menos; e 74% afirmaram dormir com ele perto da cama.”, qual é a relação estabelecida pelo conectivo “e”?
A
B
C
D


10
Em qual dos trechos abaixo, o termo destacado estabelece uma relação de oposição?
A
B
C
D


11
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda.

O bicho

Manuel Bandeira

    Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.

Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/manuelbandeira03.html/. Acesso em: 28 jun. 2016.

No poema, a ordem dos versos “O bicho não era um cão”/ “Não era um gato”/ “Não era um rato” enfatiza que o eu lírico, diante da cena que presenciou, ficou

A
B
C
D


12
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda.

O menino

Chico Anysio

   Vou fazer um apelo. É o caso de um menino desaparecido.

   Ele tem 11 anos, mas parece menos; pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos.

   É um menino normal, ou seja: subnutrido, desses milhares de meninos que não pediram pra nascer; ao contrário: nasceram pra pedir.

   Calado demais pra sua idade, sofrido demais pra sua idade, com idade demais pra sua idade. É, como a maioria, um desses meninos de 11 anos que ainda não tiveram infância.

   Parece ser menor carente, mas, se é, não sabe disso. Nunca esteve na Febem, portanto, não teve tempo de aprender a ser criança-problema. Anda descalço por amor à bola.

   Suas roupas são de segunda mão, seus livros são de segunda mão e tem a desconfiança de que a sua própria história alguém já viveu antes.

   [...]

   Foi visto pela última vez com uma pipa na mão, mas é de todo improvável que a pipa o tenha empinado. Se bem que, sonhador do jeito que ele é, não duvido nada.

   Sequestrado, não foi, porque é um menino que nasceu sem resgate.

   Como vocês veem, é um menino comum, desses que desaparecem às dezenas todos os dias.

   Mas se alguém souber de alguma notícia, me procure, por favor, porque... ou eu encontro de novo esse menino que um dia eu fui, ou eu não sei o que vai ser de mim.

Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/um-autorretrato -inedito-de-chico-anysio-4428439. Acesso em: 12 ago. 2016.

No trecho “Ele tem 11 anos, mas parece menos; pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos.”, a repetição da expressão mas parece menos

A
B
C
D




Quiz 4: PORTUGUÊS 8° ANO

Quiz 04: PORTUGUÊS 8° ANO
QUIZ 04: PORTUGUÊS 8° ANO

(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2016). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questões 01, 02, 03, 04, 05 e 06.

Peladas

Armando Nogueira

   Esta pracinha sem aquela pelada virou uma chatice completa: agora, é uma babá que passa, empurrando, sem afeto, um bebê de carrinho, é um par de velhos que troca silêncios num banco sem encosto.

   E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de menino, de sol, de bola, de sonho: “Eu jogo na linha! eu sou o Lula!; no gol, eu não jogo, tô com o joelho ralado de ontem; vou ficar aqui atrás: entrou aqui, já sabe”. Uma gritaria, todo mundo se escalando, todo mundo querendo tirar o selo da bola, bendito fruto de uma suada vaquinha.

   Oito de cada lado e, para não confundir, um time fica como está; o outro joga sem camisa.

   Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova, seja velha, é um ser muito compreensivo que dança conforme a música: se está no Maracanã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com um ar dramático, mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas mãos de um gandula.

   Em compensação, num racha de menino ninguém é mais sapeca: ela corre para cá, corre para lá, quica no meio-fio, para de estalo no canteiro, lambe a canela de um, deixa-se espremer entre mil canelas, depois escapa, rolando, doida, pela calçada. Parece um bichinho.

   Aqui, nessa pelada inocente é que se pode sentir a pureza de uma bola. Afinal, trata-se de uma bola profissional, um número cinco, cheia de carimbos ilustres: “Copa Rio-Oficial”, “FIFA – Especial”. Uma bola assim, toda de branco, coberta de condecorações por todos os gomos (gomos hexagonais!), jamais seria barrada em recepção do Itamaraty.

   No entanto, aí está ela, correndo para cima e para baixo, na maior farra do mundo, disputada, maltratada até, pois, de quando em quando, acerta-lhe um bico, ela sai zarolha, vendo estrelas, coitadinha.

   Racha é assim mesmo: tem bico, mas tem também sem-pulo de craque como aquele do Tona, que empatou a pelada e que lava a alma de qualquer bola. Uma pintura. Nova saída.

   Entra na praça batendo palmas como quem enxota galinha no quintal. É um velho com cara de guarda-livros que, sem pedir licença, invade o universo infantil de uma pelada e vai expulsando todo mundo. Num instante, o campo está vazio, o mundo está vazio. Não deu tempo nem de desfazer as traves feitas de camisas.

    O espantalho-gente pega a bola, viva, ainda, tira do bolso um canivete e dá-lhe a primeira espetada. No segundo golpe, a bola começa a sangrar. Em cada gomo o coração de uma criança.

    Os melhores da crônica brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977.

Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/ biblioteca/literatura/artigo/455/coletanea-de -textos-do-caderno-a-ocasiao-faz-o-escritor-peladas.

01
De acordo com o texto a pracinha fervia, respectivamente, de
A
B
C
D


02
No trecho “[...] ainda ontem, isso aqui fervia de menino, [...]”, a expressão sublinhada substitui
A
B
C
D


03
No trecho “[...] E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de menino, [...]”, a palavra destacada significa que a pracinha era
A
B
C
D


04
Em “[...] Aqui, nessa pelada inocente é que se pode sentir a pureza de uma bola. Afinal, trata-se de uma bola profissional, [...], o termo destacado estabelece, nesse trecho, relação de
A
B
C
D


05
No trecho “[...] Afinal, trata-se de uma bola profissional, uma número cinco, cheia de carimbos ilustres: “Copa Rio-Oficial”, “FIFA – Especial”. [...]” o efeito de sentido produzido pela gradação que ocorre nos termos sublinhados sugere
A
B
C
D


06
Em qual dos trechos está expressa uma opinião do narrador do texto?
A
B
C
D


07
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2016). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

Como os campos

Marina Colasanti

   Preparavam-se aqueles jovens estudiosos para a vida adulta, acompanhando um sábio e ouvindo seus ensinamentos. Porém, como fizesse cada dia mais frio com o adiantar-se do outono, dele se aproximaram e perguntaram:

   — Senhor, como devemos vestir-nos?

   — Vistam-se como os campos - respondeu o sábio.

   Os jovens então subiram a uma colina e durante dias olharam para os campos. Depois se dirigiram à cidade, onde compraram tecidos de muitas cores e fios de muitas fibras. Levando cestas carregadas, voltaram para junto do sábio.

   Sob o seu olhar abriram os rolos de sedas, desdobraram as peças de damasco, e cortaram quadrados de veludo, e os emendaram com retângulos de cetim. Aos poucos, foram recriando em longas vestes os campos arados, o vivo verde dos campos em primavera, o pintalgado da germinação. E entremearam fios de ouro no amarelo dos trigais, fios de prata no alagado das chuvas, até chegarem ao branco brilhante da neve. As vestes suntuosas estendiam-se como mantos. O sábio nada disse.

   Só um jovem pequenino não havia feito sua roupa. Esperava que o algodão estivesse em flor, para colhê-lo. E quando teve os tufos, os fiou. E quando teve os fios, os teceu. Depois vestiu a sua roupa branca e foi para o campo trabalhar.

   Arou e plantou. Muitas e muitas vezes sujou-se de terra. E manchou-se do sumo das frutas e da seiva das plantas. A roupa já não era branca, embora ele a lavasse no regato. Plantou e colheu. A roupa rasgou-se, o tecido puiu-se. O jovem pequenino emendou os rasgões com fios de lã, costurou remendos onde o pano cedia. E quando a neve veio, prendeu em sua roupa mangas mais grossa para se aquecer.

   Agora a roupa do jovem pequeno era de tantos pedaços, que ninguém poderia dizer como havia começado. E estando ele lá fora uma manhã, com os pés afundados na terra para receber a primavera, um pássaro o confundiu com o campo e veio pousar no seu ombro. Ciscou de leve por entre os fios, sacudiu as penas. Depois levantou a cabeça e começou a cantar.

   Ao longe, o sábio que tudo olhava, sorriu.

Disponível em: http://contoselendas.blogspot.com .br/2004/04/como-os-campos.html . Acesso em: 26 nov. 2015.

No desfecho do texto fica evidente que

A
B
C
D


08
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2016). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/…0tXo/s1600/charge+bio.jpg. Acesso em: 27 nov. 2015.

No texto o fato de o homem ter atitude contrária àquilo que diz, sugere

A
B
C
D


(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2016). Leia os textos abaixo e, a seguir, responda as questões 09 e 10.

Texto I

Disponível em: https://sandromeira12.wordpress.com/category/meio-ambiente/page/2/. Acesso em: 03 dez. 2015.

Texto II

Aquecimento Global

   Ultimamente, o aquecimento global virou assunto nos mais diversos meios de comunicação, a população está preocupada com o que poderá acontecer com o nosso planeta.

   Como o próprio nome já diz, aquecimento global é a elevação da temperatura do planeta, gerando sérias complicações como: furacões, secas, enchentes, extinção de milhares de animais e vegetais, derretimento dos polos e vários outros problemas que o homem não tem condições de enfrentar ou controlar.

   Há muitos anos, o homem destrói o planeta (matando e poluindo) e os pesquisadores alertam sobre as consequências graves desses atos.

   Existem várias evidências que a temperatura do planeta aumentou: os termômetros subiram 0,6ºC desde o meio do século XIX, o nível dos oceanos também subiu e as regiões glaciais do planeta estão diminuindo. Os cientistas também consideram prova do aquecimento global, a diferença de temperatura entre a superfície terrestre e a troposfera (zona atmosférica mais próxima do solo).

   A maioria dos cientistas climáticos acredita que o aumento da quantidade de gases estufa (gás carbônico, metano, etc.) lançados na atmosfera provoca uma elevação da temperatura, a emissão desses gases (fruto do desmatamento e da queima de combustíveis fósseis) formam uma barreira impedindo que o calor se propague aumentando a temperatura da terra.

   [...]

   O Brasil já contribui para mudar esse triste quadro, aqui já existe o desenvolvimento de matrizes energéticas de origens vegetais (etanol, biodiesel).

   Em 2005, entrou em vigor o Protocolo de Kyoto que conta com a participação de centenas de nações que se comprometeram a reduzir as emissões de gás na atmosfera; porém, os EUA ainda não assinaram o acordo.

   Os cientistas climáticos alertam que as consequências do aquecimento global terão dimensões imensas, a maioria deles prevê a falta de água potável, mudanças nas condições de produção de alimentos e aumento do número de mortes causado pelas várias catástrofes (inundações, calor, secas, etc.), além do aumento do nível do mar e a extinção de várias espécies animais e vegetais. Há uma grave probabilidade de a malária causar a morte de mais de 1 milhão de pessoas ao ano.

   Provavelmente, as nações mais prejudicadas serão aquelas que não têm muitas condições de combater esse problema, pois não possuem recursos financeiros, tecnológicos e científicos.

Disponível em: http://www.infoescola.com/geografia/o-que-e-aquecimento-global/. Acesso em: 27 nov. 2015.

09
Esses dois textos falam do/a
A
B
C
D


10
A finalidade do texto II é
A
B
C
D


(SEDUCE-GO). Leia os textos e, a seguir, responda as questões 07 e 08.

Texto I

   Título: A culpa é das Estrelas

   Autor: John Green

   Editora: Intrínseca

   Páginas: 288

   A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um grupo de Apoio para Crianças com câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer – a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, “A culpa é das estrelas” é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

Disponível em: http://www.blogmaedeprimeiraviagem.com/2013/12/ resenha-dica-livro-culpa-e-dasestrelas.html. Acesso em: 11 ago. 2016 [Adaptado].

Texto II

A Culpa é das Estrelas

   [...]

   A Culpa é das Estrelas conta a história de Hazel, uma jovem que foi diagnosticada com câncer aos 13 anos. Vou confessar que antes de começar a ler o livro, eu já estava pronta para me emocionar profundamente, chorar e contar a todos que aquela era minha nova história predileta. Bem, não foi bem assim que aconteceu.

   O livro é muito bem escrito e John Green me fez acreditar na trama, é quase como se ele tivesse vivido uma experiência similar, mas para mim o livro estava bem normal até a metade. A história é linda, sim, mas eu não estava sentindo aquilo de "esse livro é perfeito". Para ser sincera, estava começando a ficar decepcionada, pensando que eu era a única que não ia gostar tanto do livro. E então chegam as últimas 70 páginas e John consegue virar meu mundinho de cabeça para baixo.

   “A Culpa é das Estrelas” emocionou tantas pessoas pois sua história parece ser real. O autor pode tentar nos enganar e dizer que este é um livro de ficção, mas eu estou aqui afirmando que é mentira. Por meio de uma trama 'fictícia', John nos mostra os problemas e a realidade de milhares de adolescentes que tentam viver suas vidas após praticamente receber uma sentença de morte. A história me tocou do início ao fim e eu me sinto uma pessoa levemente diferente após ter lido esse livro. [...]

Disponível em: http://www.fomedelivros.com/2012/08 /resenha-culpa-e-das-estrelas.html. Acesso em 11 ago. 2016 [Adaptado].

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Os dois textos referem-se ao livro “A Culpa é das Estrelas”, mas apenas o texto I
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No texto II, o uso do diminutivo mundinho no trecho “E então chegam as últimas 70 páginas e John consegue virar meu mundinho de cabeça para baixo.”, sugere que a autora do texto, em relação ao mundo em que vive, sentia-se
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