segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Quiz 5: PORTUGUÊS 8° ANO

Quiz 05: PORTUGUÊS 8° ANO
QUIZ 05: PORTUGUÊS 8° ANO

(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 01, 02, 03 e 04.

APRENDA A CHAMAR A POLÍCIA

Luiz Fernando Veríssimo

   Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.

   Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.

   Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço.

   Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.

   Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.

   Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!

   Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.

   Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.

   No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.

   Eu respondi: – Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/humor/1861951 . Acesso em: 24 nov. 2016.

01
No trecho “Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.”, a linguagem é
A
B
C
D


02
De acordo com o texto, o narrador afirmou que sua casa era segura e por isso
A
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C
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03
O narrador dessa crônica é
A
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C
D


04
No trecho “Eu respondi: – Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.”, o narrador quis ser
A
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(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda as questões 05, 06, 07, 08, 09 e 10.

Que medo de te perder!

Denise Mota

A maioria dos usuários se sente desprotegida e ansiosa ao perceber que está sem o celular; veja se o seu apego ao aparelho é preocupante

   

   Você sente o chão se abrir sob seus pés diante da suspeita de estar sem celular? Você e a maioria: 83% dos brasileiros usuários de smartphones disseram se sentir "perdidos", "nervosos" ou "ansiosos" ao perceber que saíram sem o aparelho.

   Na pesquisa, feita em oito países pela revista "Time" e pela Qualcomm, 35% dos brasileiros disseram consultar o celular a cada dez minutos ou menos; e 74% afirmaram dormir com ele perto da cama.

   Comportamentos do tipo vêm sendo grosseiramente enfeixados sob o termo "nomofobia" (derivado do inglês, "no mobile", medo da falta do celular). Mas especialistas pedem calma com isso.

   "A nomofobia é uma dependência patológica do celular – diferente de uma dependência normal, associada ao uso intenso por conta do trabalho ou por necessidades reais de comunicação", diz Anna Lucia Spear King, doutora em saúde mental e pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração da UFRJ.

   "É como qualquer outra fobia, com sintomas típicos de um transtorno de ansiedade", diz ela, que investigou o tema em sua tese de doutorado, defendida em março.

   King comparou pessoas consideradas sadias com pacientes de síndrome do pânico. Entre os "saudáveis", 34% afirmaram experimentar alto grau de ansiedade sem o telefone e 54% disseram ter "pavor" de passar mal na rua e não ter o celular.

   "Os sintomas são alteração da respiração, angústia, ansiedade e nervosismo provocados pela falta do aparelho."

   A pesquisa da "Time" ouviu 5.000 consumidores de tecnologias móveis no Brasil, nos EUA, na China, na Índia, na Indonésia, na Coreia do Sul, no Reino Unido e na África do Sul entre 29 de junho e 28 de julho. Do total de consultados, 79% afirmaram sentir-se incomodados sem o celular. Na China e na Indonésia, o índice chega a 90%.

   O Brasil aparece como o país de pais mais liberais: 11 anos foi a idade mínima indicada aqui para que uma criança tenha seu primeiro celular. A média internacional foi de 13 anos. A margem de erro da pesquisa é de 2,5%.

   [...]

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.brfsp/equilibrio/749 46-que-medo-de-te-perder.shtml. Acesso em: 23 nov. 2016.

05
Qual é a finalidade desta reportagem?
A
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06
A reportagem tem como tema o/a
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C
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07
No trecho “Cresce a popularidade do termo ‘nomofobia’, mas o distúrbio não é catalogado...”, a palavra “distúrbio” se refere a
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08
No trecho “Entre os ‘saudáveis’, 34% afirmaram experimentar alto grau de ansiedade sem o telefone e 54% disseram ter ‘pavor’ de passar mal na rua e não ter o celular.”, a expressão “na rua” dá ideia de
A
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09
No trecho “...35% dos brasileiros disseram consultar o celular a cada dez minutos ou menos; e 74% afirmaram dormir com ele perto da cama.”, qual é a relação estabelecida pelo conectivo “e”?
A
B
C
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10
Em qual dos trechos abaixo, o termo destacado estabelece uma relação de oposição?
A
B
C
D


11
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda.

O bicho

Manuel Bandeira

    Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.

Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/manuelbandeira03.html/. Acesso em: 28 jun. 2016.

No poema, a ordem dos versos “O bicho não era um cão”/ “Não era um gato”/ “Não era um rato” enfatiza que o eu lírico, diante da cena que presenciou, ficou

A
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C
D


12
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2017). Leia o texto e, a seguir, responda.

O menino

Chico Anysio

   Vou fazer um apelo. É o caso de um menino desaparecido.

   Ele tem 11 anos, mas parece menos; pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos.

   É um menino normal, ou seja: subnutrido, desses milhares de meninos que não pediram pra nascer; ao contrário: nasceram pra pedir.

   Calado demais pra sua idade, sofrido demais pra sua idade, com idade demais pra sua idade. É, como a maioria, um desses meninos de 11 anos que ainda não tiveram infância.

   Parece ser menor carente, mas, se é, não sabe disso. Nunca esteve na Febem, portanto, não teve tempo de aprender a ser criança-problema. Anda descalço por amor à bola.

   Suas roupas são de segunda mão, seus livros são de segunda mão e tem a desconfiança de que a sua própria história alguém já viveu antes.

   [...]

   Foi visto pela última vez com uma pipa na mão, mas é de todo improvável que a pipa o tenha empinado. Se bem que, sonhador do jeito que ele é, não duvido nada.

   Sequestrado, não foi, porque é um menino que nasceu sem resgate.

   Como vocês veem, é um menino comum, desses que desaparecem às dezenas todos os dias.

   Mas se alguém souber de alguma notícia, me procure, por favor, porque... ou eu encontro de novo esse menino que um dia eu fui, ou eu não sei o que vai ser de mim.

Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/um-autorretrato -inedito-de-chico-anysio-4428439. Acesso em: 12 ago. 2016.

No trecho “Ele tem 11 anos, mas parece menos; pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos.”, a repetição da expressão mas parece menos

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