segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Quiz 4: PORTUGUÊS 8° ANO

Quiz 04: PORTUGUÊS 8° ANO
QUIZ 04: PORTUGUÊS 8° ANO

(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2016). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questões 01, 02, 03, 04, 05 e 06.

Peladas

Armando Nogueira

   Esta pracinha sem aquela pelada virou uma chatice completa: agora, é uma babá que passa, empurrando, sem afeto, um bebê de carrinho, é um par de velhos que troca silêncios num banco sem encosto.

   E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de menino, de sol, de bola, de sonho: “Eu jogo na linha! eu sou o Lula!; no gol, eu não jogo, tô com o joelho ralado de ontem; vou ficar aqui atrás: entrou aqui, já sabe”. Uma gritaria, todo mundo se escalando, todo mundo querendo tirar o selo da bola, bendito fruto de uma suada vaquinha.

   Oito de cada lado e, para não confundir, um time fica como está; o outro joga sem camisa.

   Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova, seja velha, é um ser muito compreensivo que dança conforme a música: se está no Maracanã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com um ar dramático, mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas mãos de um gandula.

   Em compensação, num racha de menino ninguém é mais sapeca: ela corre para cá, corre para lá, quica no meio-fio, para de estalo no canteiro, lambe a canela de um, deixa-se espremer entre mil canelas, depois escapa, rolando, doida, pela calçada. Parece um bichinho.

   Aqui, nessa pelada inocente é que se pode sentir a pureza de uma bola. Afinal, trata-se de uma bola profissional, um número cinco, cheia de carimbos ilustres: “Copa Rio-Oficial”, “FIFA – Especial”. Uma bola assim, toda de branco, coberta de condecorações por todos os gomos (gomos hexagonais!), jamais seria barrada em recepção do Itamaraty.

   No entanto, aí está ela, correndo para cima e para baixo, na maior farra do mundo, disputada, maltratada até, pois, de quando em quando, acerta-lhe um bico, ela sai zarolha, vendo estrelas, coitadinha.

   Racha é assim mesmo: tem bico, mas tem também sem-pulo de craque como aquele do Tona, que empatou a pelada e que lava a alma de qualquer bola. Uma pintura. Nova saída.

   Entra na praça batendo palmas como quem enxota galinha no quintal. É um velho com cara de guarda-livros que, sem pedir licença, invade o universo infantil de uma pelada e vai expulsando todo mundo. Num instante, o campo está vazio, o mundo está vazio. Não deu tempo nem de desfazer as traves feitas de camisas.

    O espantalho-gente pega a bola, viva, ainda, tira do bolso um canivete e dá-lhe a primeira espetada. No segundo golpe, a bola começa a sangrar. Em cada gomo o coração de uma criança.

    Os melhores da crônica brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977.

Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/ biblioteca/literatura/artigo/455/coletanea-de -textos-do-caderno-a-ocasiao-faz-o-escritor-peladas.

01
De acordo com o texto a pracinha fervia, respectivamente, de
A
B
C
D


02
No trecho “[...] ainda ontem, isso aqui fervia de menino, [...]”, a expressão sublinhada substitui
A
B
C
D


03
No trecho “[...] E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de menino, [...]”, a palavra destacada significa que a pracinha era
A
B
C
D


04
Em “[...] Aqui, nessa pelada inocente é que se pode sentir a pureza de uma bola. Afinal, trata-se de uma bola profissional, [...], o termo destacado estabelece, nesse trecho, relação de
A
B
C
D


05
No trecho “[...] Afinal, trata-se de uma bola profissional, uma número cinco, cheia de carimbos ilustres: “Copa Rio-Oficial”, “FIFA – Especial”. [...]” o efeito de sentido produzido pela gradação que ocorre nos termos sublinhados sugere
A
B
C
D


06
Em qual dos trechos está expressa uma opinião do narrador do texto?
A
B
C
D


07
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2016). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

Como os campos

Marina Colasanti

   Preparavam-se aqueles jovens estudiosos para a vida adulta, acompanhando um sábio e ouvindo seus ensinamentos. Porém, como fizesse cada dia mais frio com o adiantar-se do outono, dele se aproximaram e perguntaram:

   — Senhor, como devemos vestir-nos?

   — Vistam-se como os campos - respondeu o sábio.

   Os jovens então subiram a uma colina e durante dias olharam para os campos. Depois se dirigiram à cidade, onde compraram tecidos de muitas cores e fios de muitas fibras. Levando cestas carregadas, voltaram para junto do sábio.

   Sob o seu olhar abriram os rolos de sedas, desdobraram as peças de damasco, e cortaram quadrados de veludo, e os emendaram com retângulos de cetim. Aos poucos, foram recriando em longas vestes os campos arados, o vivo verde dos campos em primavera, o pintalgado da germinação. E entremearam fios de ouro no amarelo dos trigais, fios de prata no alagado das chuvas, até chegarem ao branco brilhante da neve. As vestes suntuosas estendiam-se como mantos. O sábio nada disse.

   Só um jovem pequenino não havia feito sua roupa. Esperava que o algodão estivesse em flor, para colhê-lo. E quando teve os tufos, os fiou. E quando teve os fios, os teceu. Depois vestiu a sua roupa branca e foi para o campo trabalhar.

   Arou e plantou. Muitas e muitas vezes sujou-se de terra. E manchou-se do sumo das frutas e da seiva das plantas. A roupa já não era branca, embora ele a lavasse no regato. Plantou e colheu. A roupa rasgou-se, o tecido puiu-se. O jovem pequenino emendou os rasgões com fios de lã, costurou remendos onde o pano cedia. E quando a neve veio, prendeu em sua roupa mangas mais grossa para se aquecer.

   Agora a roupa do jovem pequeno era de tantos pedaços, que ninguém poderia dizer como havia começado. E estando ele lá fora uma manhã, com os pés afundados na terra para receber a primavera, um pássaro o confundiu com o campo e veio pousar no seu ombro. Ciscou de leve por entre os fios, sacudiu as penas. Depois levantou a cabeça e começou a cantar.

   Ao longe, o sábio que tudo olhava, sorriu.

Disponível em: http://contoselendas.blogspot.com .br/2004/04/como-os-campos.html . Acesso em: 26 nov. 2015.

No desfecho do texto fica evidente que

A
B
C
D


08
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2016). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/…0tXo/s1600/charge+bio.jpg. Acesso em: 27 nov. 2015.

No texto o fato de o homem ter atitude contrária àquilo que diz, sugere

A
B
C
D


(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2016). Leia os textos abaixo e, a seguir, responda as questões 09 e 10.

Texto I

Disponível em: https://sandromeira12.wordpress.com/category/meio-ambiente/page/2/. Acesso em: 03 dez. 2015.

Texto II

Aquecimento Global

   Ultimamente, o aquecimento global virou assunto nos mais diversos meios de comunicação, a população está preocupada com o que poderá acontecer com o nosso planeta.

   Como o próprio nome já diz, aquecimento global é a elevação da temperatura do planeta, gerando sérias complicações como: furacões, secas, enchentes, extinção de milhares de animais e vegetais, derretimento dos polos e vários outros problemas que o homem não tem condições de enfrentar ou controlar.

   Há muitos anos, o homem destrói o planeta (matando e poluindo) e os pesquisadores alertam sobre as consequências graves desses atos.

   Existem várias evidências que a temperatura do planeta aumentou: os termômetros subiram 0,6ºC desde o meio do século XIX, o nível dos oceanos também subiu e as regiões glaciais do planeta estão diminuindo. Os cientistas também consideram prova do aquecimento global, a diferença de temperatura entre a superfície terrestre e a troposfera (zona atmosférica mais próxima do solo).

   A maioria dos cientistas climáticos acredita que o aumento da quantidade de gases estufa (gás carbônico, metano, etc.) lançados na atmosfera provoca uma elevação da temperatura, a emissão desses gases (fruto do desmatamento e da queima de combustíveis fósseis) formam uma barreira impedindo que o calor se propague aumentando a temperatura da terra.

   [...]

   O Brasil já contribui para mudar esse triste quadro, aqui já existe o desenvolvimento de matrizes energéticas de origens vegetais (etanol, biodiesel).

   Em 2005, entrou em vigor o Protocolo de Kyoto que conta com a participação de centenas de nações que se comprometeram a reduzir as emissões de gás na atmosfera; porém, os EUA ainda não assinaram o acordo.

   Os cientistas climáticos alertam que as consequências do aquecimento global terão dimensões imensas, a maioria deles prevê a falta de água potável, mudanças nas condições de produção de alimentos e aumento do número de mortes causado pelas várias catástrofes (inundações, calor, secas, etc.), além do aumento do nível do mar e a extinção de várias espécies animais e vegetais. Há uma grave probabilidade de a malária causar a morte de mais de 1 milhão de pessoas ao ano.

   Provavelmente, as nações mais prejudicadas serão aquelas que não têm muitas condições de combater esse problema, pois não possuem recursos financeiros, tecnológicos e científicos.

Disponível em: http://www.infoescola.com/geografia/o-que-e-aquecimento-global/. Acesso em: 27 nov. 2015.

09
Esses dois textos falam do/a
A
B
C
D


10
A finalidade do texto II é
A
B
C
D


(SEDUCE-GO). Leia os textos e, a seguir, responda as questões 07 e 08.

Texto I

   Título: A culpa é das Estrelas

   Autor: John Green

   Editora: Intrínseca

   Páginas: 288

   A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um grupo de Apoio para Crianças com câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer – a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, “A culpa é das estrelas” é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

Disponível em: http://www.blogmaedeprimeiraviagem.com/2013/12/ resenha-dica-livro-culpa-e-dasestrelas.html. Acesso em: 11 ago. 2016 [Adaptado].

Texto II

A Culpa é das Estrelas

   [...]

   A Culpa é das Estrelas conta a história de Hazel, uma jovem que foi diagnosticada com câncer aos 13 anos. Vou confessar que antes de começar a ler o livro, eu já estava pronta para me emocionar profundamente, chorar e contar a todos que aquela era minha nova história predileta. Bem, não foi bem assim que aconteceu.

   O livro é muito bem escrito e John Green me fez acreditar na trama, é quase como se ele tivesse vivido uma experiência similar, mas para mim o livro estava bem normal até a metade. A história é linda, sim, mas eu não estava sentindo aquilo de "esse livro é perfeito". Para ser sincera, estava começando a ficar decepcionada, pensando que eu era a única que não ia gostar tanto do livro. E então chegam as últimas 70 páginas e John consegue virar meu mundinho de cabeça para baixo.

   “A Culpa é das Estrelas” emocionou tantas pessoas pois sua história parece ser real. O autor pode tentar nos enganar e dizer que este é um livro de ficção, mas eu estou aqui afirmando que é mentira. Por meio de uma trama 'fictícia', John nos mostra os problemas e a realidade de milhares de adolescentes que tentam viver suas vidas após praticamente receber uma sentença de morte. A história me tocou do início ao fim e eu me sinto uma pessoa levemente diferente após ter lido esse livro. [...]

Disponível em: http://www.fomedelivros.com/2012/08 /resenha-culpa-e-das-estrelas.html. Acesso em 11 ago. 2016 [Adaptado].

11
Os dois textos referem-se ao livro “A Culpa é das Estrelas”, mas apenas o texto I
A
B
C
D


12
No texto II, o uso do diminutivo mundinho no trecho “E então chegam as últimas 70 páginas e John consegue virar meu mundinho de cabeça para baixo.”, sugere que a autora do texto, em relação ao mundo em que vive, sentia-se
A
B
C
D




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