D10: PORTUGUÊS - 5° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL
D10: Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
01
(P.D. - SEDUC-GO).
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
Uma questão de ponto de vista
E lá estava o menino segurando o rabo do gato e o gato fazendo a maior algazarra. Chega sua mãe e diz:
— Pare de puxar o rabo desse gato, menino!
E ele responde sem se abalar:
— Eu não tô puxando, mãe, só estou segurando, quem tá puxando é ele...
Disponível em: http://sitededicas.ne10.uol.com.br/humor_ piadas2a.htm. Acesso: 26/11/2012.
No trecho “Eu não tô puxando, mãe, só estou segurando, quem tá puxando é ele...” as palavras sublinhadas são exemplos de linguagem
02
(P.D. - SEDUC-GO).
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
Meu trono
[...]
Essa é minha mãe. Como a gente sofre com mãe, né? Elas são, sem dúvida, tudo de bom na nossa vida, sem elas não estaríamos aqui, e coisa e tal, mas chega uma hora em que o inevitável é constatado; depois que a gente faz 15 anos, ir ao cinema com elas, comprar roupa com elas, estar em lugares públicos com elas, as coisas que a gente fazia até ontem na maior naturalidade viram o maior mico do mundo. E quando mãe pega a gente na escola? Uuui.
Já lhe pedi 375 vezes para ficar na rua de trás, mas ela ignora e fica bem na porta do colégio, pisca-pisca ligado, buzina apertada, Roberto Carlos nas alturas. Eu faço o possível para virar uma formiga e passar despercebida até o carro. Mas pensa que consigo? Ontem mesmo aconteceu uma cena que prefiro esquecer. Quando eu ainda me despedia das minhas amigas na porta da escola, ela anuncia sua mais nova aquisição aos urros, aos berros:
— Maria de Lourdes, u-uh! Achei aquele creme importado para espinha que você vivia me pedindo! Uma fortuna, mas acho que agora essas pipocas horrendas abandonam de vez a sua cara, filhota. Na força, na fé, upalelêê!
Upalelê???? Fala sério!
— Mãezinha, eu te amo, muito mesmo, mas a pior coisa do mundo é ver você me tratar em público exatamente como fazia 10 anos atrás. Já, já chega a tal da maturidade e aí voltaremos a ser amigas do tipo unha e cutícula, tá? Prometo.
Thalita Rebouças. Fala sério, mãe! Rio de Janeiro: Rocco, 2004. P. 100-101.
O trecho “Upalelê???? Fala sério!” é próprio de uma linguagem
03
(P.D. - SEDUC-GO).
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
O Dono da Bola
Ruth Rocha
Este é o Caloca. Ele é um amigo legal. Mas ele não foi sempre assim, não. Antigamente ele era o menino mais enjoado de toda a rua. E não se chamava Caloca.
O nome dele era Carlos Alberto.
E sabem por que ele era assim enjoado?
Eu não tenho certeza, mas acho que é porque ele era o dono da bola. Mas me deixem contar a história, do começo.
Caloca morava na casa mais bonita da nossa rua. Os brinquedos que Caloca tinha, vocês não podem imaginar! Até um trem elétrico ele ganhou do avô.
E tinha bicicleta, com farol e buzina, e tinha tenda de índio, carrinhos de todos os tamanhos e uma bola de futebol, de verdade. Caloca só não tinha amigos. Porque ele brigava com todo mundo. Não deixava ninguém brincar com os brinquedos dele. Mas futebol ele tinha que jogar com a gente, porque futebol não se pode jogar sozinho.
(...)
Disponível em: http://www.slideshare.net/Blogdodaniel /7315396-ruthrochaodonodabola. Acesso em 25/02/2013.
A forma de falar desse texto é exemplo de linguagem utilizada
04
(P.D. - SEDUC-GO).
Leia o texto e, a seguir, responda.
Jogo da Forca
Nesta brincadeira uma criança pensa em uma palavra. Em seguida, traça com um lápis em um papel quantas letras possui a palavra que pensou. A outra ou as outras crianças vão tentando adivinhar qual a palavra pensada pelo colega sugerindo as letras.
Cada letra acertada é marcada no riscado correspondente a ela (traços já feitos no início da brincadeira). A cada letra errada desenha-se parte do corpo de um boneco (cabeça, tronco e membros) na forca.
Se o bonequinho for desenhado antes que o colega acerte a palavra, a vencedora é a criança que pensou na palavra. Caso a palavra seja descoberta antes que o desenho do boneco esteja pronto, a vencedora é a criança que sugeriu a letra ou adivinhou a palavra inteira.
Disponível em: http://alessandrataelp.blogspot .com.br/2010/10/genero-textual- instrucional_27.html>. Acesso em: 09 maio 2017.
Nesse texto, predomina uma linguagem
05
(SARESP).
Leia o texto abaixo.
LELÊ BATE PAPO COM CATARINA
A minha irmã, que se chama Catarina, ainda não veio para casa. É que ela nasceu antes do que tinha que nascer e agora tem que ficar um tempo no hospital.
Então eu fui lá visitar a minha irmã umas vezes. O chato é que não me deixam segurar a Catarina. E eu só posso encostar nela depois que eu lavo as mãos.
Bom, a Catarina teve uma coisa chamada icterícia e está meio amarela. Por isso ela ficou numa caixa transparente que tem umas luzes em volta. Eu achei aquilo o maior legal. Parece uma coisa do espaço.
E, como ela fica embaixo da luz, puseram uns oclinhos e um gorrinho nela. A Catarina parece um mano.
(Blog do Lelê. Disponível em: http://blogdolele.blog.uol.com.br/ arch2008-08-01_2008-08-31.html . Acesso em: 24 ago. 2008.)
Lelê, em um trecho do texto, usa uma gíria para falar sobre a situação de sua irmã. Esse emprego se encontra em
06
(3ª P.D SEDUC-GO).
Leia o texto abaixo e responda.
O caipira andava ao longo da estrada seguido de dez cavalos. Nisso vem um automóvel e o motorista grita para o caipira:
— Você tem dez. Mas eu tenho duzentos e cinquenta cavalos! — E — vrrrruuuu! — saiu em disparada!
O caipira continuou seu passo. E lá na frente estava o carro virado dentro do rio, ao lado da ponte.
Aí o caipira falou para o motorista:
— Oi, cumpade! Dando água pra tropa, é?
ZIRALDO. As Últimas Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 2008.
A expressão “Oi, cumpade!” é própria de falante
07
(Sobral – CE).
Leia o texto abaixo e responda.
Anedota
— Carlos! Por que você está me ligando de madrugada?
— Porque estou preso!
— Preso? Por quê?
— Sei lá! Eu não fiz nada! Acho que me confundiram com um bandido. Vem aqui me soltar?
— Eu não!
— Por quê?
— Porque se estão prendendo quem não fez nada, acabam me prendendo também.
(Domínio público)
No texto, existe um diálogo entre
08
(Sobral – CE).
Leia o texto abaixo e responda.
O socorro
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão — coveiro era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que, sozinho, não conseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado.
A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouvia um som humano, embora o cemitério estivesse cheio dos pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois da meia-noite é que lá vieram uns passos. Deitado no fundo da cova, o coveiro gritou. Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia: “O que é que ha?”
O coveiro, então, gritou, desesperado: “Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível!”. “Mas, coitado!” — condoeu-se o bêbado. “Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!”. E, pegando a pá, encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.
MORAL: Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela.
(Millôr Fernandes. Fábula fabulosa. 5. ed. São Paulo, Círculo do Livro, 1976. p. 13. )
O trecho que se percebe a fala do bêbado é
09
(SADEAM).
Leia o texto abaixo.
• Voz é emoção e expressão! Fique atento à voz de sua criança.
• A rouquidão constante não é normal. Ela não faz parte do desenvolvimento de uma criança sadia.
• A rouquidão pode acompanhar problemas de vias aéreas como rinite, sinusite, amigdalite, faringite e bronquite, porém é transitória e não deve durar mais do que 15 dias. Qualquer rouquidão que dure mais do que 15 dias deve ser avaliada por um especialista, seja um otorrinolaringologista, seja um fonoaudiólogo.
• Podem existir problemas vocais de nascença (congênitos) que justifiquem o fato de uma criança apresentar, desde pequenina, até mesmo no choro, uma voz rouca, fina ou grossa demais.
Nesses casos, a criança também deverá ser avaliada por um especialista. [...]
Disponível em: http://www.qdivertido.com.br/ verartigo.php?codigo=50 . Acesso em: 14 fev. 2011. Fragmento.
Esse texto é direcionado a
10
(Saerj).
Leia o texto abaixo.
O juiz
Houve uma reunião do Moreirão e do Moreirinha comigo e com o Orlandinho, três dias antes do jogo, para tratar de um assunto importante. Quem seria o juiz? Quem apitava os jogos do Universal, normalmente era o seu Bruno, da farmácia. Mas o seu Bruno da farmácia não era de confiança. Às vezes se distraía, uma vez saíra no meio do jogo, dizendo “Continuem, continuem”, para ir à farmácia dar uma injeção, e confessava que não gostava de marcar pênalti. “Não sou de dar pênalti”, dizia, como se fosse uma prova de bom caráter. Dava injeção sem dó, mas não dava pênalti. O seu Bruno da farmácia não servia.
Propus o coronel Demétrio que gostava de assistir aos jogos no campinho, parecia conhecer as regras de futebol e, como militar, imporia respeito dos dois lados.
— O quê?! — disse o Moreirão. — O coronel Demétrio mal pode caminhar!
— Ele não precisa se mexer muito.
— Duvido que ele ainda possa soprar um apito!
— Está certo — concedi.
O coronel Demétrio também foi vetado.
— E o Lúcio? [...]
Também foi vetado.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. O juiz. In: O cachorro que jogava na ponte esquerda. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2010. p. 40-42. Fragmento.
Nesse texto, os nomes “Moreirão”, “Moreirinha” e “Orlandinho” no aumentativo e no diminutivo são exemplos de linguagem
11
(SAEPE).
Leia o texto abaixo.
Ângela,
[...] Ontem eu ganhei duas tartaruguinhas daquelas que ficam na água. Arranjei uma bacia com água e algumas pedras para elas subirem para tomar Sol. De tarde, o Tonhão veio aqui e a gente achou que as tartarugas estavam muito fracas, porque estavam nadando meio devagar. Elas estavam precisando de um pouco de ginástica. Na mesma hora nós começamos a fazer exercícios de abrir e fechar as patinhas da frente, depois as de trás, plantar bananeira, como a gente aprende na aula de Educação Física da escola.
Elas ficaram tão cansadas, que depois encolheram as patinhas e a cabeça dentro da casca e ficaram dormindo em cima das pedras.
O Fábio disse que desse jeito nós vamos matar as tartarugas, mas eu nem liguei. Cobri as duas com uns paninhos para elas dormirem melhor. [...]
Um beijo da Marisa
STAHEL, Monica. Tem uma história nas cartas de Marisa. Belo Horizonte: Formato Editorial, 1996. p. 5. Fragmento.
Quem disse a frase “Ontem eu ganhei duas tartaruguinhas daquelas que ficam na água.” (1° parágrafo) foi
12
(SAEMI - PE).
Leia o texto abaixo.
Esmeralda
Meu nome é Esmeralda.
Antes de nascer, eu era [...] um ovo! Depois de um tempo, quebrei a casca e saí de dentro [...].
Aí, eu vi que tinha muitos irmãos patinhos. E todos eles gostam de banho de Sol pela manhã. Eu também!
Então, eu fico com muita sede. Mas sou desastrada e muitas vezes caio na tigela ao tomar água.
Os patos gostam de se refrescar nadando no lago. É uma aventura muito divertida. Certa vez, os gansos correram atrás de mim. Acho que eles não gostam de patinhos [...].
Os patos adultos comem milho junto com os marrecos. Mas eu sou pequena, por isso, como farelo de fubá com água para não engasgar.
No final da tarde, mamãe pata fica contente ao ver seus filhotes em fila atrás dela, voltando para casa.
Disponível em: www.tudodiversao.com.br . Acesso em: 29 maio 2014. Fragmento.
Quem conta essa história?