quarta-feira, 1 de julho de 2020

D4 - Quiz por descritor - Port. 3ª Série

Quiz D4: PORTUGUÊS - ENSINO MÉDIO
D4: PORTUGUÊS - 3º Série - Ensino Médio

D4: Inferir uma informação implícita em um texto.

01
(SEDUC-GO).

Leia o texto e, a seguir, responda.

    Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma língua nativa australiana e quer dizer "Eu Não Sei". Segundo a lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altura, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu, "Eu não sei". Desconfiado que sou dessas divertidas origens, pesquisei em alguns dicionários etimológicos. Em nenhum dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia — numa outra versão. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia — numa outra versão. Definição precisa encontrei, como quase sempre, em Partridge: Kangarroo; wallaby.

    As palavras kanga e walla, significando saltar e pular, são acompanhadas pelos sufixos rôo e by, dois sons aborígines da Austrália, significando quadrúpedes.

    Portanto quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores. Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável lingüista e grande amigo de Aurélio Buarque de Holanda, Paulo gostou de saber da origem "real" do nome canguru. Mas acrescentou: "Que pena. A outra versão é muito mais bonitinha". Também acho.

Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gravata.com/millor.

Pode-se inferir do texto que:

A
B
C
D
E


02
(SEDUC-GO).

Leia o texto e, a seguir, responda.

GOLS DE COCURUTO

L. F. Veríssimo

    O melhor momento do futebol para um tático é o minuto de silêncio. É quando os times ficam perfilados, cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que lhes foi designado no esquema — e parados. Então o tático pode olhar o campo como se fosse um quadro negro e pensar no futebol como alguma coisa lógica e diagramável. Mas aí começa o jogo e tudo desanda. Os jogadores se movimentam e o futebol passa a ser regido pelo imponderável, esse inimigo mortal de qualquer estrategista. O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas cruelmente traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo. Tático exemplar, planejava todo o jogo numa mesa de botão. Da entrada em campo até a troca de camisetas, incluindo o minuto de silêncio. Foi um técnico de sucesso mas nunca conseguiu uma reputação no campo à altura de sua reputação no vestiário. Falava um jogo e o time jogava outro. O problema do Tim, diziam todos, era que seus botões eram mais inteligentes do que seus jogadores.

(L. F. Veríssimo, O Estado de São Paulo.)

Ao comparar o campo com um quadro negro, infere-se

A
B
C
D
E


03
(SEDUC-GO).

Leia o texto e, a seguir, responda.

BRAGA, Jorge. O Popular, Goiânia.

Infere-se do texto que o eleitor está

A
B
C
D
E


04
(SEDUC-GO).

Leia o texto e, a seguir, responda.

A idade da razão

    Para a maioria das pessoas, os primeiros fios brancos surgem entre os 30 e 45 anos. Mas cada um de nós tem um reloginho interno, programado para despertar (e desencadear a reação) desde o momento em que nasce.

    O processo pode demorar trinta anos ou mais; em outras pessoas, ocorre rapidamente. A meia-idade é, normalmente, associada ao fenômeno, mas em casos excepcionais encontramos septuagenários de cabeleira negra e adolescentes cheios de fios prateados — o que não significa vitalidade nem falta de saúde. Trata-se apenas de uma parte da herança de nossos ancestrais. E, como não foi legada em testamento, só nos cabe aceitá-la.

Saúde. fevereiro 1992. p. 42.

Nesse texto, as expressões "herança" e "testamento" foram empregadas para indicar que o surgimento dos fios brancos ocorre devido à

A
B
C
D
E


05
(SAEPE).

Leia o texto abaixo.

Segunda-feira, 15 de junho de 1942

    Minha festa de aniversário foi no domingo à tarde. O filme de Rin Tin Tin fez o maior sucesso entre minhas colegas de escola. Ganhei dois broches, um marcador de livros e dois livros.

    Vou começar dizendo algumas coisas sobre minha escola e minha turma, a começar pelos alunos.

    Betty Bloemendaal [...] mora numa rua que não é muito conhecida, no lado oeste de Amsterdã, e nenhuma de nós sabe onde fica. Ela se dá muito bem na escola, mas é porque estuda muito [...]. É muito quieta.

    Jacqueline van Maarsen é, talvez, minha melhor amiga, mas nunca tive uma amiga de verdade. No começo, achei que Jacque seria uma, mas estava redondamente enganada.[...]

    Henry Mets é uma garota legal, tem um jeito alegre, só que fala em voz alta e parece mesmo uma criança quando estamos brincando no pátio. [...]

    Hanneli Goslar [...] é meio estranha. Costuma ser tímida — expansiva em casa, mas reservada quando está perto de outras pessoas. Conta para a mãe tudo que a gente diz a ela. Mas ela diz o que pensa, e ultimamente passei a admirá-la bastante. [...]

    Nannie van Praag-Sigaar é pequena, engraçada e sensível. Apesar de só ter 12 anos, é a própria lady. Age como se eu fosse um bebê. Além disso, é muito atenciosa, e eu gosto dela. [...]

FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Rio de Janeiro: BestBolso, 2010. Fragmento.

De acordo com a autora desse texto, Nannie van Praag-Sigaar é

A
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C
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06
(SAEPE).

Leia o texto abaixo e responda.

Cultura dos sebos

    O administrador André Garcia tinha 26 anos quando abandonou uma promissora carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória.

    Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de oferta de usados na internet. Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas.

    Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura. “Elas têm de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é leitura”, diz com autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.

Língua Portuguesa, ano 4, nº 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento.

De acordo com esse texto, André Garcia é

A
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C
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07
(SAEPE).

Leia o texto abaixo e responda.

A carta de Caminha nos dias de hoje

Alteza da galáxia,

    Peço humildes desculpas por ter de lhe enviar esta mensagem eletrônica neste dia, contudo, gostaria de relatar que após nossa saída do sistema Gregor, 200 bilhões de anos-luz atrás, chegamos a uma galáxia jamais explorada. Informo que esta vossa frota de naves encontrou num canto muito distante de vosso universo, perdido em uma galáxia de um só Sol, um pequeno planeta azul que resolvemos chamar de Água, pois este é o nome do líquido de cor bonita que mais existe neste lugar. Além de muita água, existe uma população de seres que se denominam “humanos”. […]

    Estes seres humanos são muito estranhos […]. Os povos são divididos pelo planeta em regiões de características topográficas e climáticas relativamente uniformes, delimitadas por fronteiras às quais os nativos dão o nome de países […]. Outra característica interessante destes seres é que são muito dóceis para conosco e aceitam nossa amizade e aproximação em troca de um simples diagramador estelar ou um rélis relógio atemporal. Penso que será fácil convencê-los de vossa santa intenção de trazer para este planeta nossa tecnologia que está a muitos bilhões de anos-luz a frente da que eles possuem. […]

    Estamos voltando e levando conosco um ser deste estranho e atrasado planeta para que possamos estudá-lo. Deixaremos aqui uma de nossas naves com tripulação para que outros povos saibam que este planeta pertence à Vossa Alteza.

    Desculpo-me mais uma vez pelo incômodo e termino minha mensagem com votos de longa vida ao Rei.

Disponível em: http://edinanarede.webnode.com.br/atividades>. Acesso em: 8 abr. 2012. Fragmento.

No final do Texto, pode-se concluir que os seres que chegaram ao planeta pretendiam

A
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C
D
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08
(SAEPE).

Leia o texto abaixo e responda.

A economia da felicidade

    Vivemos em tempos de altas ansiedades. Apesar de o mundo usufruir de uma riqueza total sem precedentes, também há ampla insegurança, agitação e insatisfação. Nos Estados Unidos, uma grande maioria dos americanos acredita que o país está “no caminho errado”. O pessimismo está nas alturas. O mesmo vale para muitos outros lugares.

    Tendo essa situação como pano de fundo, chegou a hora de reconsiderar as fontes básicas de felicidade em nossa vida econômica. A busca incansável de rendas maiores vem nos levando a uma ansiedade e iniquidade sem precedentes, em vez de nos conduzir a uma maior felicidade e satisfação na vida. O progresso econômico é importante e pode melhorar a qualidade de vida, mas só se o buscarmos junto com outras metas. [...]

SACHS, Jeffrey D.. Disponível em: http://zelmar.blogspot.com/2011 /08/economia-da-felicidade.html>. Acesso em: 18 nov. 2011. Fragmento.

Segundo esse texto, o que tem causado a alta ansiedade vivida no mundo é

A
B
C
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09
(SPAECE).

Leia o texto abaixo.

O Bicho

    Vi ontem um bicho

    Na imundície do pátio

    Catando comida entre os detritos.

   

    Quando achava alguma coisa,

    Não examinava nem cheirava:

    Engolia com voracidade.

   

    O Bicho não era um cão,

    Não era um gato,

    Não era um rato.

   

    O Bicho, meu Deus, era um homem.

BANDEIRA, Manuel. Poesias. Rio de Janeiro: José Olympyo, 1955.

Esse texto denuncia

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10
(SARESP).

Leia o texto abaixo.

TRABALHO ESCRAVO

Pior do que não conseguir trabalho é não conseguir sair dele.

   

    Trabalho escravo!

    Vamos abolir essa VERGONHA!

    Mais de 125 anos se passaram desde a Lei Áurea, e milhares de brasileiros continuam trabalhando em regime de escravidão.

    Homens, mulheres e crianças vivem em condições subumanas no campo, sem dignidade e sem liberdade. O Brasil vai dar um basta nisso.

Os elementos que ilustram a figura selecionada e a maneira como eles estão nela dispostos permitem relacionar o trabalho

A
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11
(BPW).

Leia o texto a seguir e, responda.

Terapia com animais ajuda a enfrentar algumas doenças, como depressão e paralisia cerebral

    As terapias que usam bichos já se contam às dezenas. A equoterapia usa cavalos para reabilitar pacientes com esclerose múltipla, paralisia cerebral e síndrome de Down, trabalhando o equilíbrio e a concentração. Animais aquáticos, como golfinhos e orcas, são utilizados para trazer crianças autistas para a realidade e ajudar depressivos a recuperar a alegria de viver. Até tetraplégicos já conseguem ter uma vida mais autônoma com a ajuda de macacos-prego treinados para buscar objetos e acionar botões.[...]

    A experiência com cães na prisão feminina de Purdy, Estados Unidos, vem sendo copiada em mais de 50 penitenciárias do mundo. O projeto era ocupar as detentas com o adestramento de cachorros. O resultado foi surpreendente. Os animais saíram preparados e as mulheres não voltaram a cometer crimes depois de soltas.

(Luciana Vicária, Época, 4/8/2003, p.91)

Da leitura do texto infere-se que

A
B
C
D


12
(SAEPE).

Leia o texto abaixo e responda.

Cinco minutos

Capítulo 5

    Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão triste de suas palavras.

    Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade, disse-me com um tom doce e melancólico:

    — Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?

    — Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que é cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte, apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um estranho por entre os prazeres que o cercam.

    — Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada! ...

    — E me pedias que te esquecesse!...

    — Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...

    — Não me fugirás mais?

    — Não. [...]

ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.

No trecho “É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um estranho por entre os prazeres que o cercam.” (4° parágrafo), o homem demonstra estar

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