QUIZ 01: PORTUGUÊS 7° ANO
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2012). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda às questões 01 e 02.
Alergia, alegria
São palavras parecidas
com sentido diferente:
uma coça e faz ferida,
a outra deixa contente.
A primeira só perturba,
dela a gente quer fugir.
A segunda é o contrário,
todo mundo quer sentir.
A primeira não tem jeito,
não deixa ninguém em paz.
A segunda é uma festança,
que bem a segunda faz!
Entre as duas, fique atento,
a diferença é total:
uma é doce sentimento,
outra só quer fazer mal.
A primeira é uma doença,
como custa para sarar!
A segunda é uma delícia,
dá vontade de cantar!
(AZEVEDO, Ricardo e outros. Um poema puxa o outro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002, p.31)
01
O poema retrata
03
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2012). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
O cara está jantando e a comida é tão ruim que ele não aguenta:
— Por favor, garçom, eu não consigo engolir esta comida. Chama o gerente.
— Não adianta. Ele também não vai conseguir.
(PINTO, Ziraldo Alves. As Últimas Anedotinhas do Bichinho da Maça. São Paulo: Melhoramentos, 1988, p. 20.)
O que torna o texto engraçado é o fato de
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2012). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda às questões 04, 05 e 06.
Chapeuzinho vermelho de raiva
— Senta aqui mais perto, Chapeuzinho. Fica aqui mais pertinho da vovó, fica.
— Mas vovó, que olho vermelho... E grandão... Que que houve?
— Ah, minha netinha, estes olhos estão assim de tanto olhar para você. Aliás, está queimada, heim?
— Guarujá, vovó. Passei o fim de semana lá. A senhora não me leva a mal, não, mas a senhora está com um nariz tão grande, mas tão grande! Tá tão esquisito, vovó.
— Ora, Chapéu, é a poluição. Desde que começou a industrialização do bosque que é um Deus nos acuda. Fico o dia todo respirando este ar horrível. Chegue mais perto, minha netinha, chegue.
— Mas em compensação, antes eu levava mais de duas horas para vir de casa até aqui e agora, com a estrada asfaltada, em menos de quinze minutos chego aqui com a minha moto.
— Pois é, minha filha. E o que tem aí nesta cesta enorme?
— Puxa, já ia me esquecendo: a mamãe mandou umas coisas para a senhora. Olha aí: margarina, Helmmans, Danone de frutas e até uns pacotinhos de Knorr, mas é para a senhora comer um só por dia, viu? Lembra da indigestão do carnaval?
— Se lembro, se lembro...
— Vovó, sem querer ser chata.
— Ora, diga.
— As orelhas. A orelha da senhora está tão grande. E ainda por cima, peluda. Credo, vovó!
— Ah, mas a culpada é você. São estes discos malucos que você me deu. Onde já se viu fazer música deste tipo? Um horror! Você me desculpe porque foi você que me deu, mas estas guitarras, é guitarra que diz, não é? Pois é; estas guitarras são muito barulhentas... Não há ouvido que aguente, minha filha. Música é a do meu tempo. Aquilo sim, eu e seu finado avô, dançando valsas... Ah, esta juventude está perdida mesmo.
— Por falar em juventude o cabelo da senhora está um barato, hein? Todo desfiado, pra cima, encaracolado. Que que é isso?
— Também tenho que entrar na moda, não é, minha filha? Ou você queria que eu fosse domingo ao programa do Chacrinha de coque e com vestido preto com bolinhas brancas?
Chapeuzinho pula para trás:
— E esta boca imensa???!!!
— avó pula da cama e coloca as mãos na cintura, brava:
— Escuta aqui, queridinha: você veio aqui hoje para me criticar é?!
(Mário Prata. Chapeuzinho Vermelho de raiva. Porto Alegre, Globo, 1970)
04
No fragmento “Por falar em juventude o cabelo da senhora está um barato, hein?” o termo sublinhado é
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2012). Leia o texto abaixo e, em seguida, responda às questões 08 e 09.
O homem do olho torto
No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador, meio vaqueiro, era cheio de conversas - falava cuspindo,- espumando como um sapo-cururu. O que mais chamava a atenção era o seu olho torto, que ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua. Pegou no sono no meio do mato e, quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma onça. No corre-corre, machucou-se com galhos de árvores e ficou sem um olho. Alexandre até que tentou colocar seu olho de volta no buraco, mas fez errado. Ficou com um olho torto.
(RAMOS, Graciliano. História de Alexandre. Editora Record. In Revista Educação, ano 11, n. 124, p. 14.)
08
Alexandre perdeu um olho porque
10
(SEDUCE-GO - 1ª P.D - 2012). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
Cidadezinha
Cidadezinha cheia de graça...
Tão pequenina que até causa dó!
Com seus burricos a pastar na praça...
Sua igrejinha de uma torre só...
Nuvens que venham, nuvens e asas,
Não param nunca nem um segundo...
E fica a torre, sobre as velhas casas,
Fica cismando como é vasto o mundo!...
Eu que de longe venho perdido,
Sem pouso fixo (a triste sina!)
Ah, quem me dera ter lá nascido!
Lá toda vida poder morar!
Cidadezinha... Tão pequenina
Que toda cabe num só olhar...
(Mario Quintana. Prosa e verso. São Paulo, Globo, 1989.)
No verso "Ah, quem me dera ter lá nascido!" O termo sublinhado dá ideia de
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(SARESP-2011). Leia o texto abaixo.
1 - Não empine perto da rede elétrica, em cima de lajes e telhados e em lugares movimentados;
2 - Nunca use cerol: machuca os motociclistas e corta a camada de borracha dos fios de eletricidade;
3 - Não use fios metálicos para empiná-las nem faça rabiolas de fita cassete: são condutores de energia e dão choques terríveis;
4 - Não tente pegar nenhuma pipa que esteja enroscada em um fio elétrico;
5 - Também não tente recuperá-las se tiverem caído em Estações Transformadoras de Distribuição (ETDs) ou em subestações da rede elétrica.
(Folha de S. Paulo. Folhinha, 19 de jul. de 2008)
O texto que você leu está sem título. Escolha abaixo o título mais adequado para ele.
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(SARESP-2011). Leia o texto abaixo.
AS ESTRELAS
Numa das noites daquele mês de abril estava Dona Benta na sua cadeira de balanço, lá na varanda, com olhos no céu cheio de estrelas. A criançada também se reunira ali.
Súbito, Narizinho, que estava em outro degrau da escada fazendo tricô, deu um berro.
– Vovó, Emília está botando a língua para mim!
Mas Dona Benta não ouviu. Não tirava os olhos das estrelas. Estranhando aquilo, os meninos foram se aproximando. E ficaram também a olhar para o céu, em procura do que estava prendendo a atenção da boa velha.
– Que é vovó, que a senhora está vendo lá em cima? Eu não estou enxergando nada. – disse Pedrinho.
Dona Benta não pôde deixar de rir-se. Pôs nele os óculos e puxou-o para o seu colo e falou:
– Não está vendo nada, meu filho? Então olha para o céu estrelado e não vê nada?
– Só vejo estrelinhas. – murmurou o menino.
– E acha pouco, meu filho?
(LOBATO, Monteiro. As estrelas. In: __. Viagem ao céu. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1971. Fragmento)
A história contada se passa