D6: PORTUGUÊS - 3º Série - Ensino Médio
D6: Identificar o tema de um texto.
01
(SEDUC-GO).
Leia o texto e, a seguir, responda.
Tristeza do infinito
Cruz e Sousa
Anda em mim, soturnamente,
uma tristeza ociosa,
sem objetivo, latente,
vaga, indecisa, medrosa.
Como ave torva e sem rumo,
ondula, vagueia, oscila
e sobe em nuvens de fumo
e na minh'alma se asila.
Uma tristeza que eu, mudo,
fico nela meditando
e meditando, por tudo
e em toda a parte sonhando.
Tristeza de não sei donde,
de não sei quando nem como...
[...]
No fragmento de Cruz e Sousa, o tema predominante é
02
(SEDUC-GO).
Leia o texto e, a seguir, responda.
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
Gregório de Matos
O texto tem como tema
03
(SEDUC-GO).
Leia o texto e, a seguir, responda.
Acrobata da Dor
Cruz e Sousa
Gargalha, ri, num riso de tormenta, como um palhaço, que desengonçado, nervoso, ri, num riso absurdo, inflado de uma ironia e de uma dor violenta. Da gargalhada atroz, sanguinolenta, agita os guizos, e convulsionado salta, gavroche, salta clown, varado pelo estertor dessa agonia lenta ...
Pedem-se bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os músculos, retesa nessas macabras piruetas d'aço... E embora caias sobre o chão, fremente, afogado em teu sangue estuoso e quente, ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Gavroche — palavra francesa que significa “os garotos de Paris”
Clown — proveniente do inglês, “palhaço”.
Retesar — esticar, tornar rijo.
Estuoso — tempestuoso; agitado.
Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTU1MzUw/. Acesso em: 04/11/2013.
O tema do poema é
04
(SEDUC-GO).
Leia o texto e, a seguir, responda.
Família: como fazer
Lya Luft
Talvez sendo rigorosa, creio que nas escolhas importantes revelamos o que pensamos merecer. Casamento, trabalho, prazer, estilo de vida, nos cuidados ou nos descuidos — não importa. Mas a família, esse chão sobre o qual caminhamos por toda a vida, seja ele esburacado ou plano, ensolarado ou sombrio, não é uma escolha nossa. Porque lhe atribuo uma importância tão grande, para o bem e para o mal, ela tem sido tema recorrente de meu trabalho, em livros, artigos e palestras.
Pela família, com a qual eventualmente nem gostaríamos de conviver, somos parcialmente moldados, condenados ou salvos. Ela nos lega as memórias ternas, o necessário otimismo, a segurança — ou a baixa autoestima e os processos destrutivos. Esse pequeno território é nosso campo de treinamento como seres humanos. Misto de amor e conflito, ela é que nos dá os verdadeiros amigos e os melhores amores.
Para saber o que seria uma família positiva (não gosto do termo "normal"), deixemos de lado os estereótipos da mãe vitimizada, geradora de culpas e raiva; do pai provedor, destinado a trabalhar pelo sustento da família, sem espaço para ter, ele próprio, carinho e escuta; e dos filhos sempre talentosos e amorosos com seus pais. A boa família, na verdade, é aquela que, até quando não nos compreende, quando desaprova alguma escolha nossa, mesmo assim nos faz sentir aceitos e respeitados. É onde sempre somos queridos e onde sempre temos lugar.
Disponível em: http://www.escolafazendoarte.com.br/ ideias_det.asp?id_auto=13/>. Acesso em: 04 dez. 2015.
O tema do texto é:
05
(SAEPE).
Leia o texto abaixo e responda.
A hora de acelerar
A venda de computadores explodiu, mas o acesso à internet de alta velocidade não cresceu no mesmo ritmo. Falta um modelo.
Nos últimos anos, por conta do crescimento da economia e dos incentivos criados pelo governo federal, o Brasil conseguiu ampliar o número de computadores instalados e reduzir o fosso que o separava de outros países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas, no início de 2009, havia 60 milhões de máquinas, seja nas residências, seja nas empresas. Só em 2008, foram vendidos 12 milhões de unidades, três vezes mais do que em 2004.
Se a venda de computadores deu um salto, o mesmo não se pode dizer do acesso à internet mais rápida, por meio da chamada banda larga, que ainda se expande em ritmo bem menor. No fim do ano passado, as conexões de alta velocidade eram utilizadas por aproximadamente 10 milhões de brasileiros, ante 7,7 milhões em 2007, conforme números apurados pela pesquisa anual Barômetro da Banda Larga, feita pelo IDC Brasil em parceria com a Cisco. Um número tímido quando comparado aos dos países que lideram essa corrida. Em 2008, a China contabilizava 81 milhões de conexões em banda larga. Os Estados Unidos, 79 milhões.
Uma das razões para este descompasso na popularização da banda larga no Brasil é justamente a ausência de um modelo definido de política para a universalização do acesso às conexões rápidas. Ao contrário do celular, um caso bem-sucedido de massificação e que tem hoje mais de 150 milhões de unidades em operação no País, nem o mercado nem o Estado ainda encontraram a fórmula capaz de prover de internet rápida a população de baixa renda e as cidades distantes dos grandes centros urbanos. Para parte dos especialistas, falta uma intervenção estatal mais clara. Para outros, o problema é a ausência de competição e regras pouco flexíveis, que, em alguns casos, criam monopólios virtuais. Enquanto a concepção de um modelo não avança, a União continua sentada sobre os cerca de 7 bilhões de reais do Fundo Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), criado na época da privatização do Sistema Telebrás.
Carta Capital, 4 de março de 2009. Fragmento.
Nesse texto, o tema desenvolvido é
06
(SAEPE).
Leia o texto abaixo e responda.
Em harmonia com a natureza
Todas as manhãs, Laila Soares, 17, entra na internet para ver qual é a lição de casa do dia. De dentro de sua casa no interior de Goiás, feita de barro, areia e palha, ela se comunica com seus professores na Austrália e discute com outros alunos os tópicos do fórum da semana. Além das aulas convencionais, como biologia e matemática, ela estuda mitologia e a condição da mulher na sociedade. À tarde, se dedica a tocar violão, pintar ou cuidar das plantas. Duas vezes por semana, ela visita escolas onde dá aula para alunos e professores com o intuito de promover a sustentabilidade.
Sustentabilidade significa gastar menos do que a natureza consegue repor. Este é o conceito por trás das ecovilas, comunidades nas quais as ações sustentáveis vão muito além da reciclagem do lixo. Ela mora no Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), uma ecovila a três quilômetros de Pirenópolis criada há dez anos por seu pai, brasileiro, e sua mãe, australiana.
Atualmente, há cerca de 20 pessoas morando no local. Mas na época dos cursos o número de residentes pode subir para 150. “Recebemos gente do mundo inteiro. Estou sempre conhecendo culturas novas e fazendo novos amigos.” Mas não é só no ecocentro que Laila expande seus horizontes. Frequentemente, acompanha os pais em trabalhos ao redor do mundo. “Por isso optamos pela escola a distância”, explica. “Assim, posso viajar e continuar estudando.”
Disponível em: http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/ search?updated-min =2011-01-01T00:00:00-03:00&updated-max=2012-01- 01T00:00:00-03:00&max-results=50>. Acesso em: 20 abr. 2012.
Qual é o assunto desse texto?
07
(PAEBES).
Leia o texto abaixo e responda.
Minha viagem
Cada um no seu quadrado.
Tenho quatro filhos. De vez em quando penso comigo: não parecem nem um pouco com a mãe. João, Gregório, Bárbara e Theodora têm estilos bem diferentes e cresceram com a minha maneira de lidar com eles, não só respeitando, mas valorizando isso.
Gregório nasceu sabendo tudo, leu sozinho, argumentava sobre qualquer assunto como um palestrante desde criancinha, mas nunca gostou de sair de casa. Os amigos iam e vinham e ele ficava aqui, recebendo. Era muito tímido quando pequeno, segurava a barra da minha saia, tinha pavor de monstros e palhaços e roía muito as unhas. Meu pai, que é psicanalista, um dia aconselhou:
— Matricula agorinha no teatro e no futebol, tem que botar um fio terra nesse menino.
BYINGTON, Olívia. In: O Globo. 31 jan. 2010, p. 46.
O assunto desse texto é a
08
(PROEB).
Leia o texto abaixo e responda.
Tempestade
A noite se antecipou. Os homens ainda não a esperavam quando ela desabou sobre a cidade em nuvens carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais, no Farol das Estrelas não brilhavam ainda as lâmpadas pobres que iluminavam os copos [...], muitos saveiros ainda cortavam as águas do mar quando o vento trouxe a noite de nuvens pretas.
AMADO, Jorge. Mar morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. Fragmento.
O assunto tratado nesse texto é
09
(SAEPE).
Leia o texto abaixo e responda.
Retratos brasileiros
Terra Brasil. Araquém Alcântara, Ed. TerraBrasil, 248 págs., R$ 149.
Esse livro é uma reedição ampliada do original lançado em 1998 e que ainda hoje é considerado um dos maiores best-sellers da área de fotografia do Brasil, com 82 mil exemplares vendidos em 11 edições. Como também é o primeiro registro visual de todos os parques nacionais brasileiros, tornou-se referência entre fotógrafos, ambientalistas e viajantes.
Na época do seu primeiro lançamento, o Brasil abrigava 35 parques nacionais. Agora, essa nova edição, além de abrangê-los, apresenta ainda a exuberância de regiões privilegiadas de nosso país, de nossa fauna e da nossa flora. Para produzir esse livro, o fotógrafo nascido em Santos, litoral sul do Estado de São Paulo, percorreu 300 mil quilômetros e produziu mais de 30 mil imagens dos parques nacionais, em uma jornada que consumiu 11 anos em viagens, sendo seis meses ininterruptos na Amazônia, e mais três anos até que Alcântara conseguisse editá-lo.
Com 152 fotografias, sendo a metade delas inéditas, a publicação bilíngue (português e inglês) mantém as apresentações do original assinadas por Carlos Moraes e Rubens Fernandes Jr. Como também a capa, na qual uma onça olha fixamente para a objetiva.
Considerado entre os críticos como um dos mais importantes fotógrafos de natureza do país da atualidade, Araquém Alcântara lançou vários livros ao longo de seus quase 40 anos de trajetória profissional nos quais retratou a beleza das paisagens brasileiras, de nossa fauna, da nossa flora e de nossa gente. São imagens deslumbrantes e que quase sempre vêm acompanhadas por denúncias sobre os maus-tratos com o meio ambiente.
Planeta, abr. 2011.
O tema explorado nesse texto é
10
(BPW).
Leia o texto e responda a questão.
PARE DE FUMAR
O hábito de fumar pode ser considerado uma toxicomania? Se definirmos a toxicomania como “uma tendência irresistível de consumir uma substância tóxica”, o fumante inveterado deve ser classificado como um toxicômano.
Foram os espanhóis, no século XVI, que introduzirem o tabaco na Europa, a principio consumido por soldados e marinheiros, que mascavam a erva ou fumavam em cachimbo. No inicio do século XX, o hábito de fumar difundiu-se por todos os países, em todos os níveis sociais, tornando-se autêntica toxicomania, apesar das advertências dos males que seu uso poderia provocar. É uma droga que mata.
A diferença entre as toxicomanias clássicas (cocaína, heroína, morfina, maconha, anfetaminas, álcool) está no fato de que o tabaco não modifica a personalidade do usuário e, embora possa produzir efeitos estimulantes ou relaxantes, jamais afeta o equilíbrio mental. O uso continuado causa efeitos orgânicos irreversíveis, que são leais, e o índice de mortalidade é proporcional ao número de cigarros consumidos, sobretudo na faixa entre os 45 e 50 anos de idade.
A sociedade tem pago um tributo elevadíssimo pelo hábito de fumar: mortes prematuras, doenças crônicas incapacitantes, diminuição de rendimento no trabalho.
Nelson Smith, JB. Caderno 1, p. 11
O texto tem como tema
11
(PAEBES).
Leia o texto abaixo.
Altamente confidencial
Quem observa o trabalho de um hacker hoje pode ter a impressão de que a arte de inventar e quebrar códigos secretos é algo extremamente moderno... Ledo engano! O jogo das mensagens cifradas já desafiava a imaginação pelo menos desde a Idade Média.
Nessa época, a troca de mensagens era assunto delicado, como mostra o bispo Gregório de Tours, que no século VI escreveu uma história do reino dos francos. Segundo ele, em pleno alvorecer da Idade Média, dois mensageiros de um certo Godovaldo, que reivindicava o trono, foram presos e torturados por homens do rei Gontrão ao tentarem transmitir uma mensagem secreta.
O caso mostra que nesse período a escrita era uma forma muito vulnerável de comunicação. Uma carta podia parar com facilidade em mãos inimigas, e, por isso, os emissários não apenas levavam consigo documentos oficiais manuscritos, mas também decoravam mensagens que transmitiam oralmente aos destinatários. Os poucos registros deixados pela diplomacia medieval não facilitaram em nada o trabalho dos historiadores, e por isso é preciso ter cuidado quando se fala das técnicas de codificação utilizadas na Europa medieval.
No século XVI, o abade alemão Johannes Trithemius, autor de uma das primeiras grandes obras de criptografia do Ocidente, afirmou que reis francos como Faramundo e Carlos Magno já utilizavam alfabetos secretos em suas correspondências. Por mais fascinantes que sejam esses códigos, porém, eles parecem ter saído da imaginação do próprio Trithemius. Carlos Magno mal sabia ler e escrever, e é pouco provável que tenha inventado novos alfabetos. [...]
Disponível em: http://www2.uol.com.br/historiaviva/ reportagens/altamente_confidencial.html>. Acesso em: 15 jun. 2010. Fragmento.
O tema desse texto é
12
(PAEBES).
Leio o texto abaixo.
Minhocas aliadas
Apesar de inofensivas, as minhocas não despertam muita simpatia na maioria das pessoas, não é mesmo? O que você faria se encontrasse uma em seu jardim? Espero que não tenha nojo, pois esses pequenos animais [...] são de grande ajuda para que a qualidade do solo esteja sempre em dia!
[...] Há séculos a presença de minhocas nas lavouras é considerada um indicador de qualidade do solo — agrônomos italianos escreveram sobre isso ainda no século 17 [...].
Entretanto, ainda não se sabia exatamente por que esses anelídeos acabavam sendo benéficos para a terra. É aí que entra em cena um estudo feito por cientistas da Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, e da Universidade do Norte do Arizona, nos Estados Unidos, em parceria com o ecólogo brasileiro George Brown [...].
Eles conduziram um tipo de pesquisa que chamamos de revisão bibliográfica — é quando o pessoal reúne tudo que já foi descoberto sobre o assunto e, a partir disso, tenta tirar conclusões gerais sobre o tema. E veja que audacioso: a equipe de George analisou praticamente tudo que já havia sido escrito sobre minhocas em 53 artigos científicos, publicados entre 1910 e 2013. [...]
Depois de tanto trabalho, eles concluíram que as minhocas fazem mesmo muito bem para a terra. Um exemplo disso é o fato de que a presença delas tende a aumentar a produção de grãos em 25%. Bastante, não é mesmo? [...]
Mas atenção: elas não fazem milagre. Para desfrutar dos benefícios da presença delas na terra, o agricultor também deve ser aliado das minhocas e evitar o uso excessivo de agrotóxicos. Esses venenos podem fazer um mal danado para as minhoquinhas — podem matá-las ou mesmo impedir que elas deem aquela força para o solo. [...]
TOSCANO, Gabriel. Minhocas aliadas. In: Ciência Hoje das Crianças. 2014. Disponível em: http://chc.org.br/minhocas-aliadas/>. Acesso em: 5 fev. 2018. Fragmento.
Qual é o tema desse texto?