Quiz 13: PORTUGUÊS - 2ª Série - Ensino Médio
Leia o texto a seguir e responda as questões 01 a 05.
Humor em tiras
Foi por pouco que não perdemos Caco Galhardo para o cinema. Na década de 80, no auge de sua adolescência, o paulistano era frequentador assíduo do Cine Bijou, sala no centro da cidade que exibia filmes de arte. Assistindo a longas-metragens de Fellini e Godard, descobriu que os anos 60 seriam sua referência artística. “Os filmes do Truffaut mudaram a minha vida. Sonhava em fazer algo parecido”, diz o cartunista, no quintal arborizado de sua casa, na zona oeste de São Paulo, entre um gole e outro de café. Naquela época, levado por uma amiga, foi ser assistente de produção de vídeo em uma produtora, e ali começou a imaginar uma carreira como diretor de cinema. Percebeu, no entanto, que lhe faltavam algumas características. “Para ser um diretor, vi que precisava liderar uma equipe, mas não tinha essa capacidade. Não me sentia bem no set”, revela.
O perfil introspectivo, de fato, combinava mais com o ofício de cartunista, mas até então era improvável que fizesse do hábito de desenhar, cultivado na infância, sua profissão. Nascido em uma família de classe média, cresceu recebendo uma educação tradicional dos pais, um advogado e uma dona de casa. “Não tive uma formação artística em casa, a minha escola não deu asas, tudo corria dentro das normas. Sou um peixe fora d’água”, brinca ele, que pensou em prestar Artes Plásticas antes de decidir pelo curso Publicidade [...].
Caco passava os intervalos das aulas lendo as edições da Chiclete com Banana, revista de charges do Angeli. Mais para a frente, autores norte-americanos, como Robert Crumb, com seus quadrinhos subversivos, e Matt Groening, criador do Simpsons, tornaram-se referências [...]. “No começo, eu queria ser muito alternativo, só depois fui me dar conta de que os desenhos mais tradicionais, como os do Charles [Schulz], do Peanuts, e do próprio Millôr [Fernandes], eram os melhores”, conta ele, que começou a publicar seus quadrinhos em fanzines quando estava na faculdade. [...]
De lá para cá, são mais de 20 anos publicando diariamente [...]. A rotina do cartunista não mudou — Caco desenha todas as manhãs, no estúdio que fica em sua casa. [...]
SGANZERLA, Carol. Humor em tiras. In: Revista FAAP. Disponível em: https://bit.ly/3LHmr8o. Acesso em: 6 abr. 2022. Fragmento.
01
(MEC-CAED - ADF).
Nesse texto, no trecho “‘Sou um peixe fora d’água’...” (2º parágrafo), a expressão em destaque foi utilizada pelo cartunista Caco Galhardo para
Alternativa "C".
(Créditos da resolução: ??.)
Leia os textos abaixo e responda as questões 06 e 07.
Texto 1
“Veja como estão agradecidas...”
Quando chovia, meu pai gostava de se assentar num tamborete, [...] à janela da cozinha da casa velha. Os tomateiros, hortelãs e manjericão exalando seus perfumes. As folhas de couve e espinafre, brincando de juntar gotas de água, redondas e brilhantes. As árvores e os arbustos executando seus passos de dança, balançando as folhas sob os pingos que caíam.
Olhava, sorria, [...] e dizia: “Veja como estão agradecidas...”.
Como se cada ervinha se parecesse com ele e tivesse, secretamente, alegria de viver. [...]
ALVES, Rubem. O velho que acordou menino. São Paulo: Planeta, 2005. Fragmento.
Texto 2
Os anos 40
O pinheiro
Atrás da casa, havia um bosque de pinheiros. Era logo depois do terreirão de café e podia vê-los abrindo a janela do meu quarto. Com o luar ficavam todos meio iluminados.
Em frente à casa, porém, existia aquele isolado. Sempre o amei mais do que aos outros. Creio que os pavões, também, porque costumavam pairar a seu pé, atraídos por sua beleza.
Se chovia, viravam um pinheiro de Natal, pois as gotas d’água o guarneciam com minúsculas bolas prateadas. Uma leve brisa fazia com que se movesse suavemente. À luz da Lua, deixava de ser real. Era puro sonho.
Estava nele contida a minha visão do mundo. Quando deixei a casa, nunca mais o vi. Lembro-me dele como uma coisa viva. E dói esse lembrar.
JARDIM, Rachel. Os anos 40. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1973.
06
(MEC-CAED - ADF).
No último parágrafo do Texto 1, a palavra “secretamente ” foi utilizada para
Alternativa "C".
(Créditos da resolução: ??.)
Leia o texto a seguir e responda as questões 08 a 11.
Como os músculs mudam com a idade (e como mantê-los em forma à medida que envelhecemos)
[...] Eu lidero uma equipe de cientistas que estuda os benefícios para a saúde do exercício, do treinamento de força e da alimentação para idosos.
Investigamos como as pessoas mais velhas respondem ao exercício e tentamos entender os mecanismos biológicos subjacentes que fazem com que os músculos aumentem em tamanho e força após treinamentos de resistência ou força.
Os idosos e os jovens ganham músculo da mesma maneira. Mas à medida que você envelhece, muitos dos processos biológicos que convertem o exercício em músculo se tornam menos eficazes.
Isso faz com que seja mais difícil para os idosos ganhar força, o que torna ainda mais importante para todo mundo continuar se exercitando à medida que envelhece. [...]
O exercício que estudo é do tipo que te deixa mais forte. [...]
Quando você faz treinamento de força, com o passar do tempo, os exercícios que a princípio pareciam difíceis se tornam mais fáceis à medida que seus músculos aumentam em força e tamanho – um processo chamado hipertrofia. [...]
O que meus colegas e eu descobrimos em nossa pesquisa é que, no músculo jovem, um pouco de exercício produz um sinal forte para os vários processos que desencadeiam o crescimento muscular.
Nos músculos das pessoas mais velhas, em comparação, o sinal que diz aos músculos para crescerem é muito mais fraco para uma determinada quantidade de exercício.
Estas mudanças começam a ocorrer por volta dos 50 anos — e se tornam mais pronunciadas à medida que o tempo passa. [...]
Mas esta realidade não deve desencorajar as pessoas mais velhas a fazer exercício. Pelo contrário, deve nos incentivar a nos exercitar mais à medida que envelhecemos. [...]
O trabalho que meus colegas e eu fizemos mostra claramente que, embora as respostas ao treinamento diminuam com a idade, elas não são reduzidas a zero. [...]
Então, da próxima vez que você estiver suando durante uma sessão de exercício, lembre-se de que você está desenvolvendo a força muscular que é vital para manter a mobilidade e a boa saúde ao longo da vida.
FIELDING, Roger. Como os músculos mudam com a idade (e como mantê-los em forma à medida que envelhecemos). In: BBC News. 2022. Disponível em: . Acesso em: 6 abr. 2022. Fragmento.
08
(MEC-CAED - ADF).
Nesse texto, no trecho “... as pessoas mais velhas respondem ao exercício...” (2º parágrafo), a palavra em destaque tem o mesmo significado de
Alternativa "E".
(Créditos da resolução: ??.)
12
(MEC-CAED - ADF). Leia o texto abaixo.
Tratava-se agora de construir: e construir um ritmo novo.
Para tanto, era necessário convocar todas as forças vivas da Nação, todos os homens que, com vontade de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, num tempo novo, um novo Tempo.
E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da imensa pátria os trabalhadores [...], e que, [...] por todas as formas possíveis e imagináveis, começaram a chegar de todos os lados da imensa pátria, sobretudo do Norte; foram chegando do Grande Norte, do Meio Norte e do Nordeste, em sua simples e áspera doçura; foram chegando em grandes levas do Grande Leste, da Zona da Mata, do Centro-Oeste e do Grande Sul [...]; foram chegando de tantos povoados, tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria... [...]
Locutor n. 1
— Cruz Alta...
Locutor n. 2
— Que foram chegando de todos os lados da imensa pátria...
Locutor n. 1
— Para construir uma cidade [...]
MORAES, Vinicius de; JOBIM, Antonio Carlos. A chegada dos candangos. In: Vinicius de Moraes. Disponível em: https://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/musica/cancoes/chegada-dos-candangos. Acesso em: 13 abr. 2022. Fragmento.
A qual contexto histórico esse texto faz referência?
Alternativa "C".
(Créditos da resolução: ??.)