Quiz 12: PORTUGUÊS - 2ª Série - Ensino Médio
Leia os textos a seguir e responder as questões 01 a 04.
Texto 1
Um novo peixe é descoberto nas águas do rio Mamanguape, na Caatinga paraibana
Pesquisadores descobriram uma nova espécie de peixe no interior da Paraíba. O batismo da espécie foi feito ao som de forró e samba, com uma homenagem a Jackson do Pandeiro [...], compositor brasileiro natural do município de Alagoa Grande, situada na bacia do rio Mamanguape, uma das localidades onde o Parotocinclus jacksoni foi encontrado.
O pequeno peixe pertence ao grupo dos cascudos, também chamados de limpa-vidros, devido a sua bocarra em formato de ventosa. Um indivíduo adulto pode medir até 4,1 centímetros, menor que a palma da mão humana. O peixe, de coloração acinzentada, possui características singulares, como a ausência de manchas arredondadas, típicas em outras espécies da região, e a presença das pontas da nadadeira caudal transparentes.
Além da coleta feita em Alagoa Grande que rendeu o batismo científico-musical, o P. jacksoni também foi coletado em outros seis municípios paraibanos na bacia do rio Mamanguape, com uma área de ocorrência que os pesquisadores calculam em 118 km² . [...]
O gênero Parotocinclus, ao qual pertence o jacksoni, é o mais diverso da família dos cascudos (Loricariidae), com 14 espécies descritas apenas na última década. Apenas nos cursos de água doce da região nordeste há 21 espécies do gênero reconhecidas pela ciência.
MENEGASSI, Duda. Um novo peixe é descoberto nas águas do rio Mamanguape, na Caatinga paraibana. In: O Eco. 2021. Disponível em: https://bit.ly/3tppSdF. Acesso em: 21 mar. 2022. Fragmento.
Texto 2
Peixes também são bons em matemática
Experimento realizado na Alemanha revela que duas espécies de água doce têm dom para a aritmética
Peixes de água doce parecem ter boas habilidades matemáticas, como primatas, abelhas e pássaros já mostraram, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (31). [...]
O Maylandia zebra, pertencente à família Cichlidae, e raia motoro (Potamotrygon motoro), duas espécies de água doce, foram escolhidas para os testes.
Oito indivíduos de cada espécie foram submetidos a centenas de testes em grandes piscinas projetadas especificamente para observar seu comportamento.
O objetivo era que reconhecessem a cor azul como símbolo de adição e o amarelo de subtração.
Os cientistas colocaram na água cartões com um certo número de formas azuis ou amarelas e depois duas portas deslizantes, cada uma com um cartão com um número diferente de formas. Apenas uma dessas portas estava correta. [...]
Se o peixe passasse pela porta certa, recebia uma recompensa em comida. Resultado: Seis dos Maylandia zebra e quatro das raias conseguiram associar consistentemente azul com adição (+1) e amarelo com subtração (-1). [...]
Este estudo pode explicar por que ambas as espécies são capazes de reconhecer seus semelhantes por sua aparência, por exemplo, contando suas listras ou manchas, sugerem os cientistas.
FOLHA DE S. PAULO. Peixes também são bons em matemática. 2022. Disponível em: https://bit.ly/37FZtjr. Acesso em: 11 abr. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.
01
(MEC-CAED - ADF).
Esses textos são semelhantes, pois
Alternativa "A".
(Créditos da resolução: ??.)
Leia o texto a seguir e responda as questões 06, 07 e 08.
06
(MEC-CAED - ADF).
O Forró e a identidade nordestina contam muito da nossa história
O som do arrastado das sandálias de couro no chão batido ao se unir com o sentimento da sanfona, zabumba e triângulo faz palpitar o coração de muitos nordestinos. Essa é a identidade do Forró, ritmo que agora entra na lista de patrimônios imateriais deste imenso país plural chamado Brasil.
Tal reconhecimento é de extrema importância para a cultura do Nordeste, pois o gênero se faz presente em muitos aspectos dentro da região e, de alguma forma, conta a história deste povo que Euclides da Cunha chamou de “antes de tudo, um forte”.
Misturando também sons estrangeiros vindo de nossos colonizadores como o Xaxado, Baião e Merengue, surge também o nosso queridinho Forró, que parece ser um elo de interlocução de muitos sons que o nordestino passou a se sentir representado em seus muitos aspectos literomusicais. [...]
Como já escrevi, o Brasil até meados dos anos 1940 tinha mais preconceitos musicais do que nos tempos atuais, tudo era muito centralizado no Eixo Rio-São Paulo, e as demais localidades eram esquecidas pelas grandes gravadoras de discos.
Rompendo com esse mercado, surge nesse período um “sanfoneiro arretado” que viria a ser chamado de Rei do Baião. Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em Exu, Pernambuco, na juventude foi morar no Rio de Janeiro. Nas noites cariocas se rendeu ao Tango e ao Foxtrote, mas seu caminho mudou de rumo e o Nordeste pulsou em suas veias.
Mesclando vários ritmos nossos, inclusive o Forró, Gonzagão ganhou o mundo com seu Gibão de couro e seu chapéu que remetia ao sertão de onde veio. Mesmo que, aí, possamos afirmar que já existe um estereótipo da figura do Nordestino, temos de concordar também que é uma quebra em tudo que havia como preconcebido dentro da nossa música. [...]
O ritmo traz uma alegria tão característica do Nordestino, em suas mais diversas formas, que é impossível não o abraçar com carinho e afeto diante da passagem do tempo costurada por nomes como Dominguinhos, Anastácia, Sivuca, Marinês, Genival Lacerda, Bastinho Calixto e tantos outros. [...]
Ainda que seja confundido muitas vezes por outros ritmos que se apropriam da nomenclatura “Forró”, o Nordeste tem muito o que referenciar a nomeação do gênero como um patrimônio imaterial brasileiro. [...]
DIPOGENES, Luã. O Forró e a identidade nordestina contam muito da nossa história. In: Diário do Nordeste. 2021. Disponível em https://bit.ly/3vcpEGA. Acesso em: 13 abr. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.
Para defender a ideia de que o Forró representa a história do povo nordestino, o autor desse texto utiliza como argumento o trecho:
Alternativa "B".
(Créditos da resolução: ??.)
09
(MEC-CAED - ADF).
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Lições de gato
[...] No final de 2020, tomei a decisão de adotar um gato depois de tanto meu filho pedir. [...] O pedido pela adoção era quase diário. [...]
Moramos só eu e meu filho, temos um espaço grande só para nós dois e comecei a imaginar o quanto seria bom dividir com um gatinho. Não sabia praticamente nada sobre gatos, mas já estava decidida. [...]
No dia 16 de janeiro de 2021, atravessei a cidade para ir até o local onde os gatinhos estavam. Cheguei lá, sentei, peguei um, depois outro. Os dois que vi assim que cheguei eram irmãos. Superbrincalhões, carinhosos e amigos. [...]
Tico e Carmele transformaram nossa vida e nossa casa. Eles nos alegram, nos fazem felizes e nos ensinam demais. Cada um com sua personalidade, preferências e manias. [...]
Os maiores ensinamentos partem do que é comum aos dois, aos gatos. O ar de mistério quando ainda não nos conhecem, usado como forma de defesa até que a confiança nos humanos seja estabelecida, é um deles. É a capacidade de observação para conhecer melhor. A inteligência dos gatos é realmente admirável. [...]
Até a capacidade do gato de não fazer nada nos ensina. Quando eles estão descansando, não fazem outra coisa. Não ficam pensando mil coisas como nós, humanos. Isso nos leva a pensar sobre a importância de também esvaziar a mente em alguns momentos, e não separar corpo e mente como muitas vezes fazemos quando o corpo está parado e a cabeça não. [...]
Os gatos inspiram. Os gatos nos mostram que devemos levar uma vida mais leve, sem nos consumirmos pelas preocupações a ponto de adoecermos. [...]
Temos muito o que aprender com os gatos.
VERAS, Elda. Lições de gato. In: Diário do Nordeste. 2022. Disponível em: https://bit.ly/3vgLUQN. Acesso em: 12 abr. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.
Texto 2
Gato que brincas na rua
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
PESSOA, Fernando. Gato que brincas na rua. In: Arquivo Pessoa. Disponível em: https://bit.ly/38rJs0A. Acesso em: 12 abr. 2022.
Esses textos são semelhantes, pois ambos
Alternativa "D".
(Créditos da resolução: ??.)
10
(MEC-CAED - ADF). Leia o texto abaixo.
Não somos os mesmos LEITE, Pedro. Não somos os mesmos # 174. In: Sofia e Otto. 2021. Disponível em: https://sofiaeotto2.blogspot.com/search/label/Amizade. Acesso em: 25 abr. 2022.
Infere-se desse texto que os amigos
Alternativa "B".
(Créditos da resolução: ??.)
11
(MEC-CAED - ADF). Leia o texto abaixo.
Leitura nos torna protagonistas do interminável diálogo com a tradição
É sempre muito interessante quando descobrimos certa relação entre as obras de dois ou mais autores que admiramos.
Gosto de quando abro um livro e me deparo com imagens, enredos e ideias que remontam a experiências de leitura anteriores, dando-me a sensação de que não há nada de mais saudável na vida de um leitor do que tentar estabelecer associações entre textos de autores distintos, pois é a partir desse exercício que aprendemos a reconhecer o que há de realmente contrastante entre eles. [...]
É a partir do momento em que descobrimos e começamos a procurar entender as relações entre os autores que compõem a nossa biblioteca, que tomamos consciência de que o pensamento nunca é uma atividade solitária.
Trata-se, em verdade, de algo diferente do que costumamos imaginar quando caracterizamos a figura do autor ou do intelectual como sendo alguém que vive encerrado em seu gabinete ou em sua zona de conforto, sem jamais se permitir entrar em contato com outras mentes, como se ele tivesse receio de que tal contato pudesse colocar em risco o valor e a originalidade das suas próprias ideias.
A verdade é que, se refletirmos mais demoradamente sobre essa questão, acabaremos chegando à conclusão de que a atividade intelectual muito se assemelha ao drama amoroso retratado por Heinrich Heine em um dos seus mais célebres versos:
“O rapaz ama uma jovem/Que deseja outro rapaz;/Este de outra se enamora,/Lá se vão ao juiz de paz./A donzela então decide/Desposar, só por despeito,/O primeiro que ela avista;/O rapaz ficou desfeito./É uma história tão antiga,/Mas que sempre se renova;/E quem já passou por isso/Pôs seu coração à prova”.
Versos que, talvez, sirvam de base para um poema de Carlos Drummond de Andrade [...] — “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém...” — e cujo desfecho complementa a mensagem de Heine, emprestando ainda mais força à ideia de que, embora não passemos de um simples elemento em uma rica teia de relações, o que importa não é exatamente o conjunto dessas relações em si, mas a maneira através da qual nos apropriamos delas para tentar pensar sobre as nossas trajetórias. [...]
Ainda que a leitura não seja responsável por inaugurar esse diálogo de um indivíduo consigo mesmo, percebo que, além de nos dotar de conhecimento, o seu exercício acaba desempenhando um papel fundamental ao nos revelar que também somos capazes de pensar, principalmente quando o que estamos lendo nos provoca a refletir sobre os pormenores das várias relações de influência que podemos estabelecer entre os mais diversos autores.
ALBUQUERQUE, Juliana de. Leitura nos torna protagonistas do interminável diálogo com a tradição. In: Folha. 2022. Disponível em: https://bit.ly/3vfOCWO. Acesso em: 25 abr. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.
Em qual trecho desse texto a autora apresenta um argumento para sustentar a ideia de que é importante refletir sobre as relações de influência estabelecidas entre diversas obras?
Alternativa "C".
(Créditos da resolução: ??.)