Quiz 14: PORTUGUÊS - 2ª Série - Ensino Médio
Leia o texto abaixo e responda as questões 01, 02, e 03.
Terras de árvores gigantes
Pesquisadores de norte a sul do Brasil estão progredindo na identificação das raras árvores monumentais do país, que se destacam sobre a floresta e mantêm redes de interações com animais e outras plantas, e tentando entender as particularidades que lhes permitem atingir diâmetros quase do comprimento de um fusca e a altura de um prédio de 30 andares.
Com base em sobrevoos e sensores de luminosidade, pesquisadores de Minas Gerais, do Amapá e de São Paulo verificaram que a floresta Amazônica no oeste do Amapá e nordeste do Pará abriga pelo menos 20 exemplares de árvores com mais de 70 metros [...] de altura, dos quais seis com mais de 80 m, mais que o dobro da altura do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. São as chamadas árvores gigantes ou mega-árvores [...].
“Certamente existem muito mais árvores gigantes na Amazônia”, diz o engenheiro florestal Eric Gorgens, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e coordenador do estudo, publicado em maio [...]. Nesse trabalho, pesquisadores da UFVJM, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) analisaram 754 áreas de 375 hectares cada (1 hectare corresponde a 10 mil metros quadrados) por meio da técnica LiDAR (Light Detection and Ranging), que registra a velocidade de luz refletida pelas árvores. [...]
Gorgens viu pela primeira vez as árvores gigantes do leste da Amazônia no início da tarde de 16 de agosto de 2019. Era o segundo dia de uma expedição com 30 pessoas que subia o encachoeirado rio Jari, na Floresta Estadual do Paru, no Pará, na divisa com o Amapá. Às margens havia sumaúmas (Ceiba pentandra), parquias (Parquia pendula) e castanheiras (Bertholletia excelsa) com troncos de 2 a 3 m de diâmetro. No alto dos morros vizinhos reinavam os angelins (Dinizia excelsa), cujos ramos formam esferas de folhas semelhantes a pompons de lã. Medindo-as por meio de cordas lançadas do alto por um escalador, os pesquisadores encontraram algumas com 82 m de altura. [...]
À frente de outro levantamento regional, o engenheiro florestal Marcelo Scipioni, da Universidade Federal de Santa Catarina, viajou 7 mil km por terra desde 2012 e encontrou cerca de 50 grandes árvores, das quais 35 são araucárias (Araucaria angustifolia) com tronco de pelo menos 1,5 m de diâmetro, nos três estados da região Sul, São Paulo e Minas Gerais, registradas em seu site (www.arvoresgigantes.org). Em um artigo publicado em maio de 2019 na Scientia Agricola, ele apresentou uma araucária com um tronco de 3,2 m de diâmetro, 42 m de altura e estimados mais de mil anos de idade, no interior de Santa Catarina.
FIORAVANTI, Carlos. Terras de árvores gigantes. In: Pesquisa Fapesp. 2020. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp .br/terras-de-arvores-gigantes/. Acesso em: 19 abr. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.
01
(MEC-CAED - ADF).
A informação principal desse texto está no trecho:
Alternativa "A".
(Créditos da resolução: ??.)
Leia o texto abaixo e responda as questões 04 e 05.
Garotinho de 3 anos tenta vaga no Corpo de Bombeiros e consegue emprego para 2034
Oliver Lipinski é um garotinho de três anos cheio de autoconfiança. Tanto que a pouca idade não lhe pareceu um empecilho para disputar uma vaga no Corpo de Bombeiros da cidade de Parksville, no Canadá.
O menino estava passando em frente ao quartel com os pais quando contou sobre o interesse de se juntar aos bombeiros. Por sorte, uma campanha de recrutamento estava em andamento.
Courtney e Chris Lipinksi, pais de Oliver, ajudaram o filho a criar um currículo com detalhes sobre sua educação, experiência e grande interesse em combate a incêndios, tudo com base em informações fornecidas por ele.
Com o documento em mãos e o uniforme completo de bombeiro, o garotinho apareceu no quartel no último dia do processo seletivo e avisou o tenente Andrew Wiersma que queria um emprego. Impressionado com as competências de Oliver, Wiersma o convocou para uma entrevista.
“Oliver conhece carros de bombeiros e caminhões, pode listar a maioria das peças em um caminhão de bombeiros de escada, tem um conhecimento básico de hidráulica, não brinca com ‘mágica’ porque isso pode causar incêndios e reconhece a maioria das letras e os sons que elas fazem”, disse o Corpo de Bombeiros de Parksville em um comunicado.
Após uma bem-sucedida entrevista, o menino conseguiu o que queria: foi classificado para a turma de recrutas de 2034, como membro júnior dos bombeiros.
Como parte de seu treinamento, ele fez um tour pelo quartel e passeou em seu caminhão favorito. Também recebeu um capacete vermelho, um ursinho de pelúcia, biscoitos e um certificado reconhecendo seu status como membro júnior oficial.
G1. Garotinho de 3 anos tenta vaga no Corpo de Bombeiros e consegue emprego para 2034. 2022. Disponível em: http://glo.bo/3L0tTeM. Acesso em: 19 abr. 2022.
04
(MEC-CAED - ADF).
Infere-se desse texto que Oliver Lipinsk
Alternativa "D".
(Créditos da resolução: ??.)
06
(MEC-CAED - ADF).
Leia o texto abaixo e responda as questões 06, 07 e 08.
Texto chinês pode conter primeiro relato de aurora boreal, revela estudo
As auroras, fenômenos belíssimos que iluminam o céu nos polos do planeta, intrigam a humanidade há séculos. Pesquisadores identificaram em um antigo texto chinês, provavelmente do século 4 a.C., o que pode ser a referência mais antiga a uma aurora boreal.
A escritura faz parte dos chamados Anais de Bambu (ou Zhushu Jinian, em mandarim), que descrevem a história da China desde os tempos lendários até o período em que foram fabricados. Sua análise está detalhada em estudo publicado na revista Advances in Space Research.
Os autores da pesquisa são o pesquisador canadense Marinus Anthony van der Sluijs e Hisashi Hayakawa, da Universidade de Nagoya, no Japão. A dupla acredita que os Anais citam uma possível aurora, três séculos antes do registro que se acreditava ser o mais antigo. Esse está presente em tábuas cuneiformes contendo inscritos de astrônomos assírios do período entre 679 e 655 a.C..
Outro possível registro primário de uma aurora é um pouco mais recente, de 567 a.C., e estava no diário astronômico do rei babilônico Nabucodonosor II.
Embora a crônica chinesa seja conhecida há muito tempo, os pesquisadores a analisaram com um novo olhar, encontrando a menção de uma “luz de cinco cores” vista ao norte do céu noturno, no final do reinado do rei Zhao, da dinastia Zhou.
O ano do ocorrido é incerto, mas a cronologia da China sugere que a aurora pode ter acontecido em 977 a.C. ou em 957 a.C., dependendo de como o reinado de Zhao é datado. Os cientistas apontam que o registro é consistente com o que teria sido uma enorme tempestade geomagnética. [...]
REDAÇÃO GALILEU. Texto chinês pode conter primeiro relato de aurora boreal, revela estudo. 2022. Disponível em: http://glo.bo/3uTFS8y. Acesso em: 19 abr. 2022. Fragmento.
Qual trecho desse texto apresenta uma opinião?
Alternativa "A".
(Créditos da resolução: ??.)
Leia o texto abaixo e responda as questões 09, 10 e 11.
Sem idade para recomeçar
O ócio que a terceira idade pode gerar assusta muita gente, a dependência de uma aposentadoria é outro item que pesa aos idosos. Na busca de fugir desses paradigmas, seu talento poderia ter passado batido [...]. Lupércio dos Anjos faz lamparinas artesanais com pinturas que carregam traços desenvolvidos por ele. As peças fazem sucesso na Europa, destino certo de parte do que é produzido.
Morador de Nobres, cidade de Mato Grosso conhecida por suas belezas naturais, Lupércio começou a desenvolver sua arte quando ainda morava em Cuiabá, no bairro Liberdade, nos anos 90. [...] Lupércio fez algumas unidades pra ele, logo os vizinhos viram e também pediram a lamparina.
Depois, Lupércio começou a fazer cestinhas com zinco, até que o feito chegou ao conhecimento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MT), que o procurou para contribuir com a comercialização das peças. Para ajudar no aperfeiçoamento das peças, seu Lupércio fez dois cursos. Então, registrou firma e seu trabalho já é reconhecido pela entidade.
O traçado em seus trabalhos é tão marcante que certa vez, Lupércio pediu ajuda a um amigo para dar conta do serviço. O amigo fez parte da pintura e Lupércio o acabamento. Mas as peças foram recusadas. Do episódio, Lupércio tirou a lição da importância e grandiosidade do seu trabalho. “Tive que raspar tudo. Peguei a lixadeira, limpei tudo e pintei de novo”, disse dando risada ao lembrar do fato.
Orgulhoso, Lupércio conta que já fez três vezes peças para a apresentadora Ana Maria Braga. Também conta com muita alegria das ligações que recebe do exterior com pedidos de encomendas de países como Alemanha e Itália.
ANDRADE, Thiago. Sem idade para recomeçar. In: A lente. 2017. Disponível em: https://alente.com.br/2017/03 /14/sem-idade-para-recomecar/. Acesso em: 19 abr. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.
09
(MEC-CAED - ADF).
Nesse texto, a expressão “dando risada” (4º parágrafo) foi utilizada para
Alternativa "C".
(Créditos da resolução: ??.)
12
(MEC-CAED - ADF). Leia o texto abaixo.
Uma edição antiga do prelado moderno
Situada no cimo do Morro do Castelo, onde o seu esqueleto ainda em pé campeia sobre a baía, e onde assentou-se a primitiva povoação, a Igreja de São Sebastião, símbolo da expulsão dos franceses e conquista da terra, tinha para o povo fluminense um caráter legendário. Aí estavam, naqueles muros, arquivadas as primeiras e gloriosas tradições da sua cidade. [...]
Com o incremento natural da população, foi a cidade descendo das encostas da colina e estendendo-se pelas várzeas que a rodeavam, sobretudo pela orla da praia que cinge o regaço mais abrigado da formosa bata, e corre em face à Ilha das Cobras.
Aí, fronteiro ao ancoradouro dos navios, com o fomento do comércio, se ergueram as tercenas e os cais, onde não tardaram a agrupar-se em volta das casas das alfândegas e dos contos as lojas e armazéns dos mercadores. Após essas, embora já mais arredadas da beira-mar, vinham as outras classes trazidas pelo desejo de estarem mais próximas ao centro do povoado, onde é mais ativo o tráfego.
À medida que a cidade abandonava as alturas para se espraiar na planície, a Matriz ia ficando longe para os moradores do bairro mais povoado. As ladeiras do Castelo, principalmente a do Beco do Cotovelo, primam no íngreme da rampa, talhadas como foram pelo molde das escadinhas e ziguezagues de Lisboa e Porto. [...]
ALENCAR, José de. O garatuja. In: Domínio Público. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br /download/texto/bv000133.pdf. Acesso em: 7 abr. 2022. Fragmento.
O contexto social retratado nesse texto é
Alternativa "C".
(Créditos da resolução: ??.)