Quiz 06: PORTUGUÊS - 3ª Série (Ens. Médio)
01
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
Vinícius de Moraes
“Dizem, na minha família, que eu cantei antes de falar. E havia uma cançãozinha que eu repetia e que tinha um leve tema de sons. Fui criado no mundo da música, minha mãe e minha avó tocavam piano, eu me lembro de como me machucavam aquelas valsas antigas. Meu pai também tocava violão, cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o resto.”
Disponível em: http://www.aomestre.com.br/liv/autores /vinicius_moraes.htm>. Acesso em: 14 mar. 2010.
Nesse texto, a expressão “... cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o resto.” sugere que Vinícius
02
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
Cofrinho, a origem
A sensação que temos é que o mundo todo combinou de adotar a figura do porquinho como cofre de moedas. Não foi assim nem seria possível, mas do Brasil ao Japão esta forma é utilizada.
O porquinho virou moda a partir do século XVII e tudo começou na Idade Média, onde recipientes e utensílios para todos os fins eram produzidos de pygg, uma argila vermelho-escura, já que objetos feitos de metal eram coisa muito rara.
Os potes em geral eram chamados de pygg e as pessoas passaram a guardar jóias e moedas neles. Foi fator determinante a semelhança com a palavra pig – que em inglês significa porco.
Com o tempo, os materiais para a confecção dos cofrinhos se multiplicaram, mas para guardar moedas, sempre eram fabricados na forma de porquinhos.
MARVEL, Douglas. Curiosidades culturais chocantes. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2004. p. 54. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
Nesse texto, a expressão “para guardar moedas” expressa uma ideia de
03
. (SAEMS). Leia o texto abaixo.
Texto 1
Há um neandertal dentro de nós
Nossos primos mais próximos não se extinguiram por completo. Humanos e Neandertais acasalaram. Os europeus e asiáticos são seus descendentes.
Uma das mais importantes questões da antropologia foi respondida. Desde o século XIX se discute a identidade do homem de Neandertal. Quem era esse nosso primo em primeiro grau na família evolutiva humana? Os Neandertais, ou Homo neanderthalensis, eram maiores e mais fortes que os Homo sapiens, os homens modernos que evoluíram na África há 200 mil anos. Já os Neandertais habitaram a Europa e o Oriente Médio por 300 mil anos.
Eles conheciam o fogo, caçavam mamutes com lanças sofisticadas e se protegiam do frio com peles dos animais abatidos. Os Neandertais eram inteligentes. Seu cérebro era maior que o nosso. Era uma espécie magnificamente adaptada à sobrevivência nas duríssimas condições da Europa glacial. Mesmo assim, desapareceram. Após ceder progressivamente um continente inteiro aos invasores de nossa espécie, há 22 mil anos os últimos bandos remanescentes refugiaram-se nas cavernas do rochedo de Gibraltar, no extremo sul da Espanha. Era um beco sem saída. Do alto do rochedo avista-se a África, do outro lado do estreito de Gibraltar. Só 13 quilômetros de mar separavam os Neandertais da sobrevivência.
Mas essa não era uma opção. Eles nunca inventaram barcos. A espécie se extinguiu.
MOON, Peter. Época: 10 maio 2010. Fragmento.
Texto 2
Hominídeos: a família cresce
Duas descobertas recentes mostram que a família dos hominídeos pode ser maior do que se imaginava. A ela, foi agora acrescentado um ‘primo’ e um ‘bisavô’. A etiqueta recomenda que comecemos pelos mais velhos. Partes bem preservadas de dois esqueletos foram descobertas no sistema de cavernas de Malapa (África do Sul). Os restos são de uma mulher adulta e um jovem. Ambos foram classificados como espécimes de um novo hominídeo, batizado Australopithecus sediba, que viveu entre 1,95 milhão e 1,78 milhão de anos atrás. [...]
A segunda descoberta foi feita por um método bem diferente. Pedaço de osso de polegar foi achado na caverna de Denisova, no sul da Sibéria. Fragmentos dele foram moídos e tiveram seu material genético analisado. Aí, veio a surpresa: tratava-se de nova espécie de humano. Nem era Homo sapiens, nem era neandertal.
Ciência hoje: maio 2010, v. 45.
Comparando-se esses dois textos, constata-se que apresentam informações
04
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
O ESPERANÇA FUTEBOL CLUBE
Tartico era empreendedor. Conseguira preparar um campo decente, com arquibancada.
Alcançara um auxílio da Câmara, interessara aos fazendeiros e, depois de fundado o Esperança, até surgira um jornalzinho, como os jornais dos grandes centros, dedicado quase exclusivamente à reportagem futebolística, com os seus “mais uma estonteante vitória do Esperança F.C.”, “mais um glorioso marco na história da falange alvinegra”...
A vila era toda do clube.
– Vamo vê domingo...
– O Amparense? Coitado... Nem dá pra saída...
– Dizem que são campeão...
– Campeão uma chimarra! Pode sê campeão lá, aqui eu quero vê! Pensa que Buriti dá confiança?
– Ah! lá isso é. O Tartico leva tudo no salame...
– É capaz de entrá de “bola-e-tudo.”
– Isso é canja. Se alembra do Santa Cruz? Só o Chiquinho marcô três!
– E não é só, seu compadre! O gol do Nantinho não tem esse topetudo que vare! Em seis méis só comeu três bola!
– E assim mesmo, uma foi de ofessaide...
– E teve uma de penalty também.
– De uma coisa eu tô convencido: pra vencê o Esperança, só mesmo São Paulo!
Buritizal continuava a sonhar. Já não lhe bastava a glória de campeão da zona.
Convencera-se da sua invencibilidade. E quase se desinteressava quando um time comum, sem grande passado e verdadeira fama, aparecia por lá.
– Num vale a pena trocê. Bastava o Tartico, a defesa e as duas extrema...
LESSA, Orígenes. O Esperança Futebol Clube. In: Madrugada. São Paulo: Moderna, 1981. p. 22-23. Fragmento.
No trecho “Só o Chiquinho marcô três!” (10° parágrafo), o ponto de exclamação indica
05
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
A melhor opção
Todos começaram a dizer que o ouro é a melhor opção de investimento. Fernão Soropita deixou-se convencer e, não tendo recursos bastantes para investir na Bolsa de Zurique, mandou fazer uma dentadura de ouro maciço.
Substituir sua dentadura convencional por outra, preciosa e ridícula, valeu-lhe aborrecimentos. O protético não queria aceitar a encomenda; mesmo se esforçando por executá-la com perfeição, o resultado foi insatisfatório. O aparelho não aderia à boca.
Seu peso era demasiado. A cada correção diminuía o valor em ouro. E o ouro subindo de cotação no mercado internacional.
O pior é que Fernão passou a ter medo de todos que se aproximavam dele. O receio de ser assaltado não o abandonava. Deixou de sorrir e até de abrir a boca.
Na calçada, a moça lhe perguntou onde ficava a Rua Gonçalves Dias. Respondeu, inadvertidamente, e a moça ficou fascinada pelo brilho do ouro ao sol. Daí resultou uma relação amorosa, mas Fernão não foi feliz. A jovem apaixonara-se pela dentadura e não por ele. Mal se tornaram íntimos, arrancou-lhe a dentadura enquanto ele dormia, e desapareceu com ela.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/ 33121119/Projeto-hora-Do-Conto. Acesso em: 12 jan. 2011.
Fernão deixou de sorrir, porque
06
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
Diferenças entre deuses e homens
Os gregos vivem com seus deuses, reconhecem sua força e poder peculiar, porém não esperam milagres de sua parte. O motivo: é verdade que os olímpicos e outros deuses são mais fortes que os homens, mas também o seu poder não é sem limites. Infelizmente eles têm a vantagem de conhecer o futuro e transportar-se rapidamente de um lugar para outro.
Segundo a crença grega, ambos – deuses e homens – são filhos da Terra. Mesmo sendo os celestiais representados à semelhança dos homens e dessa forma apresentados pela arte e pela pintura, existem diferenças enormes: ao contrário dos homens, os olímpicos são poupados de imperfeições, da velhice e da morte. Eles possuem força e beleza imortais. Por tudo isso são recebidos com veneração e respeito.
Quero saber: mitologia da antiguidade. Tradução Constantino Kouzmin-Korovaeff. São Paulo: Escala, 2009. p. 11
No trecho “O motivo: é verdade que os olímpicos e outros deuses são mais fortes que os homens,...”, a palavra destacada introduz uma ideia de
07
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
AIDS pode ter vindo dos tigres.
Cientistas da Universidade de Rochester, nos EUA, encontraram fragmentos de um vírus chamado FIV, que destrói o sistema imunológico dos gatos, no código genético do vírus da AIDS. Por isso, eles acreditam que o vírus tenha surgido em tigres pré-históricos, passado para os macacos e sofrido mutações até virar o HIV.
Superinteressante, mar. 2010, p. 21.
A tese defendida pelos cientistas da Universidade de Rochester nos EUA é que
08
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
Texto 1
Achei muito interessante e de bom gosto a edição Especial Mulher (junho de 2007), principalmente a reportagem “10 coisas para ter antes de morrer”. A revista novamente nos brindou com um excelente presente. Parabéns pelo trabalho.
Marcos Cesar Mattedi, Eunápolis, BA .
Texto 2
Interessante a edição especial Mulher, com reportagens esclarecedoras e atuais, mostrando, principalmente a quem viaja com frequência, novidades para comprar.
Apenas achei as últimas páginas desnecessárias (“10 coisas para ter antes de morrer”). Poderiam ter aproveitado melhor o espaço. Há tantas coisas que uma mulher contemporânea gostaria de saber e sobre as quais gostaria de ser informada.
Rosiclér Bondan, Novo Hamburgo, RS. Disponível em: http://veja.abril.com.br /060607/cartas.shtml. Acesso em: 3 fev. 2011.
Sobre a reportagem “10 coisas para ter antes de morrer”, esses textos apresentam opiniões
09
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
O remédio é dançar
A aula do professor Tales de Carvalho na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) começa de maneira convencional. Especialista em medicina e cardiologia do esporte, Carvalho leciona diante de um auditório, até que casais de dançarinos surgem no palco e transformam a aula em um espetáculo. O show tem um propósito: mostrar como a hipertensão pode ser combatida com prazer. A dança é capaz de reduzir a pressão arterial do praticante verificada logo após a atividade. Segundo dados do Ministério da Saúde, a hipertensão atinge 35% da população brasileira acima de 40 anos. Um estudo conduzido por Carvalho, que também é médico, mostra que a dança pode oferecer ao organismo os mesmos benefícios físicos que um exercício convencional, como uma caminhada rápida ou corrida. Carvalho avaliou os efeitos da dança como parte do tratamento de cerca de 80 pacientes do Programa de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica da Udesc, que atende hipertensos, diabéticos, obesos e pessoas com problemas cardíacos. Segundo o médico, os batimentos cardíacos dos pacientes, quando dançam samba, bolero e forró, costumam ser similares aos observados na prática de exercício na esteira ou bicicleta ergométrica. [...]
Carvalho explica que a dança é um anti-hipertensivo natural muito eficaz. Ela libera no organismo óxido nítrico e outras substâncias com potente efeito vasodilatador, que reduz a pressão arterial. Com a melhora da condição física, diminui a necessidade de consumo de remédios. [...] Segundo o médico, o sistema nervoso simpático também é favorecido pela prática da dança. Esse grupo de neurônios é responsável por estimular ações (como a aceleração dos batimentos cardíacos e o aumento da pressão arterial) que permitem ao organismo responder a situações de estresse.
VENTURA, Bruna. Ciência Hoje On-line. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/ noticias/2011/01/o-remedio-e-dancar#. Acesso em: 19 jan. 2011. Fragmento.
Qual é o assunto desse texto?
10
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
Café expresso
Café expresso – está escrito na porta.
Entro com muita pressa. Meio tonto, por haver acordado tão cedo...
E pronto! Parece um brinquedo...
cai o café na xícara pra gente maquinalmente.
E eu sinto o gosto, o aroma, o sangue quente de São Paulo
Nesta pequena noite líquida e cheirosa
Que é minha xícara de café.
A minha xícara de café é o resumo de todas as coisas que vi na fazenda e me vêm à memória apagada...
Na minha memória anda um carro de bois a bater as porteiras da estrada...
Na minha memória pousou um pinhé gritando: crapinhé!
[...]
Mas acima de tudo aqueles olhos de veludo da cabocla [...] a olhar pra mim como dois grandes pingos de café que me caíram dentro da alma e me deixaram pensativo assim...
Mas eu não tenho tempo pra pensar nessas coisas!
Estou com pressa, muita pressa.
RICARDO, Cassiano. Seleta em prosa e verso. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975. Fragmento.
Nesse texto, está implícito que o eu lírico
11
(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.
Tempestade
A noite se antecipou. Os homens ainda não a esperavam quando ela desabou sobre a cidade em nuvens carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais, no Farol das Estrelas não brilhavam ainda as lâmpadas pobres que iluminavam os copos [...], muitos saveiros ainda cortavam as águas do mar quando o vento trouxe a noite de nuvens pretas.
AMADO, Jorge. Mar morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. Fragmento.
No trecho “...muitos saveiros ainda cortavam as águas do mar...”, a palavra destacada tem o sentido de
Nenhum comentário:
Postar um comentário