Quiz 17: PORTUGUÊS - 3ª Série (Ens. Médio)
01
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Idioma ajuda a criar marcas de identidade
A língua é patrimônio de uma coletividade, seja ela a língua oficial de um Estado constituído, seja ela a língua materna de uma comunidade minoritária de imigrantes em um país estrangeiro, [...] e assim por diante. De qualquer modo, a língua constitui marca identitária da comunidade que a usa [...].
Entretanto, nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas, usadas sempre do mesmo modo por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada, sem variações, imutável. Aliás, imaginar uma língua que assim fosse é imaginar algo completamente impossível.
Uma língua cumpre suas funções em uma comunidade exatamente porque: ela é moldável, para satisfação dos propósitos da fala; ela é variável, para oferta às escolhas dos falantes; ela é dinâmica, para servir às necessidades de expressão nas diferentes situações, nos diferentes lugares, nos diferentes momentos. Só assim ela revela as identidades individuais que se constroem no espaço simbólico que ela própria identifica e marca, no conjunto. [...]
Significa isso que se esteja negando a existência de padrões? Não, pelo contrário. Nessa variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam “padrões” de uso, que, por sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina, identificam os próprios indivíduos.
NEVES, Maria Helena de Moura. Língua Portuguesa. Set. 2010. Fragmento.
No trecho “... que se constroem no espaço simbólico...” (3° parágrafo), a palavra destacada retoma o termo
02
(PAEBES). Leia o texto abaixo.
Amor Maior
Eu quero ficar só
Mas comigo só
Eu não consigo
Eu quero ficar junto
Mas sozinho só
Não é possível...
É preciso amar direito
Um amor de qualquer jeito
Ser amor a qualquer hora
Ser amor de corpo inteiro
Amor de dentro prá fora
Amor que eu desconheço...
Quero um amor maior
Um amor maior que eu
Quero um amor maior, yeah!
Um amor maior que eu... [...]
Então seguirei
Meu coração até o fim
Prá saber se é amor
Magoarei mesmo assim
Mesmo sem querer
Prá saber se é amor
Eu estarei mais feliz
Mesmo morrendo de dor, yeah!
Prá saber se é amor
Se é amor [...].
FLAUSINO, Rogério. Disponível em: http://letras.terra.com.br/jota-quest/68366. Acesso em: 26 mar. 2010. Fragmento.
Nesse texto, em relação à procura por um amor intenso, o eu lírico se caracteriza como
04
(SAEGO). Leia o texto abaixo.
Civilização play center
De acordo com o princípio da difusão dos sistemas técnicos, dos aparelhos e dos computadores e de acordo também com o princípio da realidade virtual e das possibilidades de o homem ter hoje mais acesso a ela, todas as experiências de emoção podem ser submetidas a sistemas de programação. Não me ocorre nenhuma outra analogia para descrever esta realidade que não seja a do parque de diversões. Nossa sociedade atual transformou-se num grande complexo de play centers, e isso não só pelo princípio de que tudo pode ser comprado, mas também pelo fato de que as emoções se tornam hoje administráveis.
Assim, tanto na sociedade em geral quanto no play center, tem-se emoções marcadas por tensão, medo, violência, angústia, aflição, mas ao mesmo tempo, seguras, rapidamente esquecíveis, sem reflexos traumáticos, sem desdobramentos psíquicos, que podem ser previamente adquiridas e sentidas no momento desejado.
FILHO, Ciro Marcondes. Sociedade tecnológica. São Paulo: Scipione, 1994, p. 92-93.
A tese defendida nesse texto é
05
(SEAPE). Leia o texto abaixo.
“A web está criando a geração mais inteligente de todas”
Você não precisa temer a internet. A mente da geração digital parece ser incrivelmente flexível, adaptável e ter um profundo conhecimento da mídia. A imersão em um ambiente digital e interativo fará as pessoas mais inteligentes do que a média dos sedentários que passam o tempo todo assistindo à TV no sofá. Em vez de simplesmente receberem as informações, eles interagem. Em vez de apenas acreditarem que um anunciante na TV está falando a verdade, avaliam minuciosamente a mistura de fatos contraditórios ou ambíguos.
A internet deu a oportunidade de tornar esta geração a mais inteligente da história. O que conta não é mais o que você sabe: é o que você pode aprender. Hoje, o importante é processar as informações novas o mais rápido possível. Nós estamos na era da informação, na qual, à medida que os empregos mudam, você não pode enviar seus empregados para outro treinamento. Nós precisamos aprender constantemente, pelo resto de nossas vidas.
TAPSCOTT, Don. Galileu. Agosto, 2010.
Nesse texto, a ideia de que a “imersão em um ambiente digital e interativo fará as pessoas mais inteligentes” é reforçada no trecho:
06
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
Rio Científico: inovação e memória
Por trás do Corcovado, do Pão de Açúcar e das outras muitas belezas naturais do Rio de Janeiro, há muito estudo e história. Desde o século 16, a cidade é palco de importantes desenvolvimentos científicos, cujos legados existem até hoje, na forma de quatro universidades federais, dois observatórios astronômicos e também de muitos símbolos da cidade, como a Floresta da Tijuca, a ponte Rio-Niterói e o Maracanã. Como uma espécie de guia turístico, o livro, comemorativo dos 30 anos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), mostra esse lado da cidade que os turistas – e mesmo os cariocas – pouco veem. Afinal, não é de conhecimento geral, por exemplo, a existência de um imenso hangar no bairro de Santa Cruz que serviu para pouso de zepelins, transporte de ligação entre o Brasil e a Europa na década de 1930.
Ciência Hoje. Rio de Janeiro: SBPC, n 275, out. 2010, p. 77.
A informação principal desse texto é
07
(SEAPE). Leia o texto abaixo.
Lindo como um deus
– Isabel! [...] Como você está crescida! Está uma mocinha! [...]
– E essa lindeza, quem é?
– É Rosana, minha amiga. Pensei que a senhora não se importaria se...
– Oh, mas é claro que eu não me importo! Você fez muito bem em trazê-la. Cristiano vai adorar mais uma menina bonita na festa. Mas entrem, entrem!
De fora, Isabel já podia ouvir o som ligado naquele volume chega-de-papo. [...] As dimensões do salão perdiam-se nos cantos escurecidos pela iluminação precária, cheia de clarões piscantes [...]. No meio do salão, corpos sacudiam-se ao ritmo de um som frenético, meio misturados numa massa multicor que formava um bloco único, anônimo [...].
Da massa confusa de dançarinos, uma figura destacou-se. Foi como se os mais ousados sonhos de Isabel tivessem tomado corpo e forma. [...] O sonho dos sonhos de Isabel.
Ele se aproximou, com aquela luz maluca fazendo brilhar seus dentes e o branco de seus olhos. E que dentes! E que olhos!
Tia Adelaide [...] apontava o rapaz [...]. Pouco ou nada dava para entender, por mais que a tia berrasse. Mas Isabel praticamente [...] leu nos lábios a palavra-chave daquele discurso:
–... Cristiano... Cristiano! Aquele era Cristiano!
Na memória de Isabel, só havia o registro distante de um primo entre outros, talvez um daqueles moleques [...] que só pensavam em futebol. Mas o moleque tinha se transformado.
Tia Adelaide berrava para o filho e apontava as duas amigas. Cristiano disse alguma coisa [...] e abraçou Rosana, apertadamente. Tia Adelaide sacudiu a cabeça [...] e indicou Isabel. O rapaz falou novamente, rindo sempre, e voltou-se para a garota certa. Isabel sentiu-se enlaçada por aqueles braços, e o rosto do rapaz colou-se ao dela. – Oi, prima. Como você ficou linda... [...]
– Linda?!
– sussurrou a menina, surpresa e enlevada.
– Eu? Sou linda? [...]
Mesmo colado a ela, Cristiano não entendeu o sussurro. E, como se fosse um confeiteiro colocando uma cereja como um toque final de gênio sobre a torta mais apetitosa, o rapaz beijou o rosto de Isabel com força [...]. As luzes, as cores e o sangue de Isabel misturaram-se numa vertigem gostosa, e o ímpeto da menina foi fechar os olhos e colocar-se na pontinha dos pés, oferecendo os lábios a Cristiano. Mas, em vez disso, o que fez foi rir alto, dizendo qualquer coisa, como se fosse a piada mais engraçada do mundo. [...]
BANDEIRA, Pedro. A marca de uma lágrima. São Paulo: Moderna, 1986. p. 6-7. Fragmento.
O clímax desse texto ocorre quando
08
(SAEPE). Leia o texto abaixo.
Chuva
Quando chovia, no meu tempo de menino, a casa virava um festival de goteiras. Eram pingos do teto ensopando o soalho de todas as salas e quartos. Seguia-se um corre-corre dos diabos, todo mundo levando e trazendo baldes, bacias, panelas, penicos e o que mais houvesse para aparar a água que caía e para que os vazamentos não se transformassem numa inundação. Os mais velhos ficavam aborrecidos, eu não entendia a razão: aquilo era uma distração das mais excitantes.
E me divertia a valer quando uma nova goteira aparecia, o pessoal correndo para lá e para cá, e esvaziando as vasilhas que transbordavam, os diferentes ruídos das gotas d’água retinindo no vasilhame, acompanhados do som oco dos passos em atropelo nas tábuas largas do chão, formavam uma alegre melodia, às vezes enriquecida pelas sonoras pancadas do relógio de parede dando horas.
Passado o temporal, meu pai subia ao forro da casa pelo alçapão, o mesmo que usávamos como entrada para a reunião de nossa sociedade secreta. Depois de examinar o telhado, descia, aborrecido. Não conseguia descobrir sequer uma telha quebrada, por onde pudesse penetrar tanta água da chuva, como invariavelmente acontecia. Um mistério a mais naquela casa cheia de mistérios.
SABINO, Fernando. Chuva. In: O menino no espelho.
De acordo com esse texto, a correria pela casa era provocada
09
(PAEBES). Leia o texto abaixo.
Dr. Google e seus bilhões de pacientes
Regina Elizabeth Bisaglia, em mais uma consulta de rotina, indicava ao paciente a melhor maneira de cuidar da pressão. Ao mesmo tempo, observava a expressão introspectiva do homem a sua frente. A cardiologista não entendia ao certo a desconfiança em seu olhar, mas começava a presumir o motivo. Logo, entenderia o porquê.
Depois de uma explicação um pouco mais técnica, o senhor abriu um sorriso e o olhar tornou-se mais afável. A médica acabara de falar o que o paciente queria ouvir e, por isso, passava a ser merecedora de sua confiança.“Entendi. O senhor andou consultando o doutor Google, certo?”, disse, de modo espirituoso, Bisaglia.
A médica atesta: muitas vezes os pacientes chegam ao consultório com o diagnóstico já pronto e buscam apenas uma confirmação. Ou mais: vão ao médico dispostos a testar e aprovar (ou não) o especialista.
“Não adianta os médicos reclamarem. Os pacientes vão à internet pesquisar e isso é um caminho sem volta. Informação errada existe em todos os meios, mas eu diria que muitas vezes é interessante que a pessoa procure se informar melhor”, diz a cardiologista, com mais de 30 anos de profissão.
“Há momentos em que o paciente não confia no que o médico diz ou se faz de desentendido. Nessas horas, é muito importante que ele perceba que existem mais pessoas falando a mesma coisa e passando pelo mesmo problema e que, portanto, é fundamental se cuidar. Nada melhor do que a conversa na rede para isso”, completa a médica.
CAMELO, Thiago. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br /noticias/2011/02/dr.-google-e- seus-sete-bilhoes-de-pacientes. Acesso em: 16 fev. 2011.
No trecho “... portanto, é fundamental se cuidar.” (último parágrafo), a conjunção destacada introduz uma informação
12
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Areia é mais suja do que a água no litoral de São Paulo
A qualidade do mar das praias do litoral de São Paulo vem melhorando, aponta estudo da Cetesb (Agência Ambiental do Estado). Mas não adianta fugir da água e ficar na areia para tentar se ver livre de micro-organismos que provocam doenças.
Levantamento realizado no ano passado em oito praias do litoral norte e da Baixada Santista inclui testes também na areia, que foi “reprovada” em todos. [...]
A contaminação da areia tem origem na própria água do mar, nos rios e córregos que desembocam na orla, no lixo e na chuva que lava as ruas e chega às praias.
A Cetesb escolheu para o estudo praias muito frequentadas, como Pitangueiras (Guarujá), muito sujas, como Gonzaguinha (São Vicente), e também mais distantes da cidade e limpas, caso do Sino, em Ilhabela e do Tenório, em Ubatuba.
Embora não exista um padrão máximo de coliformes na areia, em todos os testes a água tinha menores concentrações de microrganismos nocivos.
Segundo Claudia Lamparelli, do setor de águas litorâneas da Cetesb, a areia seca fica mais suja do que a úmida porque, onde o mar avança sobre a praia, existe uma lavagem natural.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br /cotidiano/776005-areia-e-mais -suja-do-que-a-agua-no -litoral-de-sao-paulo.shtml. Acesso em: 26 out. 2012. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.
Texto 2
Disponível em: http://enquantoeuisso.blogspot .com.br/2010/07/o-rio-de-janeiro -lindo-praia-suja.html. Acesso em: 1 ago. 2012.
Qual é a informação comum a esses textos?
Obrigado pelo trabalho que vem fazendo, gostou muito Ronald Lopes
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